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20/08/2011 - 07:51

Estudo brasileiro revela eficácia das varizes para extração de células reparadoras

O biólogo Radovan Borojevic constatou que, se as células quando ativadas, podem inclusive tratar as próprias veias dilatadas.

Persistentes, incômodas e em muitos casos, cirúrgicas. Assim podem ser classificadas as varizes, veias dilatadas que se desenvolvem na superfície da pele, geralmente nas pernas. A ciência, porém, encontrou uma utilidade muito particular e importante para elas: fonte de células reparadoras, conhecidas também como células-tronco adultas (CTAs), que se criopreservadas (armazenadas parta uso terapêutico) podem ser utilizadas em tratamentos médicos.

O estudo foi realizado recentemente pelo biólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Radovan Borojevic. “As paredes dos vasos sanguíneos são ricas em células–tronco mesenquimais, o tipo que se utilizado em processos de regeneração, é capaz de se diferenciar em outros tipos celulares, permitindo o uso médico para a solução de diversos problemas de saúde”, explica.

“Logo, podemos considerar que as “paredes das varizes” são extremamente ricas, pois contam com uma grande quantidade destas células que se ativadas através da manipulação, podem inclusive resolver o próprio problema de veias dilatadas já instaladas”, acrescenta Radovan que também atua como diretor-científico da Excellion, o único Centro de Tecnologia Celular (CTC) de nível 2 (o mais alto) do Brasil, credenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde (MS), apto para coletar, processar, cultivar e acondicionar células reparadoras adultas para pesquisa clínica e terapia. O credenciamento foi concedido através da Resolução – RDC nº 9, de 14 de março de 2011/Anvisa/MS.

Ainda segundo Radovan, diversos estudos da aplicação das células reparadoras na terapia em membros inferiores, mostraram grande capacidade de prevenir e curar lesões graves nestas áreas, como necroses e úlceras crônicas, problemas desconfortáveis e difíceis de serem tratados, especialmente em diabéticos, que possuem uma dificuldade de cicatrização. Segundo ele, a grande quantidade de células mesenquimais presentes nas veias, está relacionada à própria má circulação, que faz com que elas se aglomerem em determinados pontos e ainda, ao estresse ao qual a população está submetida, que também interfere no fluxo sanguíneo.

O pesquisador constatou que mais de 70% das células obtidas no tecido vascular mostram características de células mesenquimais. “O que nos prova que as varizes são excelente fonte de células para criopreservação, já que este é o tipo que tem capacidade de se multiplicar em diversos tipos, o que as torna importantes para diversas terapias de regeneração, como no caso de traumas de ossos e lesões em órgãos. A pesquisa a cerca deste tipo de tratamento é fundamental para que os avanços nos permitam utilizar as ferramentas do próprio corpo humano para garantir nossa qualidade de vida e saúde”, lembra ele.

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