Projeto multimodal entre Aliança e MRS agiliza logística de exportação da ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo

Mensalmente, são movimentados 50 TEUs com destino aos Estados Unidos e Europa.

São Paulo – A ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo, uma das maiores fabricantes de componentes para a indústria automotiva do mundo, desde 2004 realiza um processo logístico multimodal de exportação dos produtos produzidos na fábrica de Campo Limpo Paulista (SP) em parceria com a Aliança Navegação e Logística e a MRS Logística.

Com o intuito de agilizar o processo, a empresa passou a utilizar o modal ferroviário em parceria com o marítimo para movimentar a produção do interior paulista rumo aos mercados dos Estados Unidos e Europa.

Segundo Carsten Gelhaus, gerente de Logística e Multimodal da Aliança Navegação e Logística, em parceria com a MRS foi criado um corredor expresso de transporte ferroviário de contêineres entre um terminal intermodal localizado na cidade de Jundiaí (SP) e o Porto de Santos.

“O terminal funciona como um hub para entrega e coleta das cargas, que são despachadas via ferrovia para o complexo portuário santista, o que garante facilidade de acesso a Santos aliada à administração dos estoques com um melhor escoamento da produção”, explica.

Mensalmente, são movimentados em torno de 50 TEUs. “A ThyssenKrupp concentra parte da carga de exportação no terminal de Jundiaí. De lá, segue por ferrovia até o Porto de Santos para ser embarcada semanalmente nos navios da Aliança”, comenta Gelhaus.

O gerente comercial da MRS Logística, Daniel Salcedo, afirma que o transit time ferroviário entre o terminal multimodal e o Porto de Santos é de 10 a 12 horas. “Os trens expressos circulam todos os dias da semana, no período noturno, possibilitando que o fluxo de coleta rodoviária de contêineres ocorra sempre no período diurno, atendendo as janelas de expedição na fábrica do cliente”, diz.

De acordo com o executivo, o serviço é extremamente seguro, com nível zero de avaria da carga, boa regularidade e previsibilidade, oferecendo vantagens competitivas ao cliente. “O nosso desafio é aumentar ainda mais o volume movimentado”, ressalta.

Para Fabiana Ciola Fonseca, 6 Sigma Black Belt da ThyssenKrupp, o principal motivo da parceria multimodal é a melhora da performance operacional em relação ao lead time. Conforme a executiva, quando o processo é realizado via rodoviária, os contêineres são solicitados com dois dias de antecedência. Com o armazenamento dos contêineres vazios no terminal de Jundiaí e a movimentação por ferrovia, a solicitação pode ser feita com 12 horas de antecedência ou até no mesmo dia.

“A parceria entre Aliança, MRS e ThyssenKrupp garante uma maior rapidez em todo o processo. Utilizando o ramal ferroviário, não enfrentamos filas no terminal portuário e há agilidade na prontidão de carga”, afirma.

Segundo ela, a empresa estuda a possibilidade de escoar a produção da fábrica de Santa Luzia (MG) também pelo modal ferroviário, utilizando a malha férrea da MRS e embarcando os produtos nos portos de Santos e Rio de Janeiro.

Perfil da Aliança Navegação e Logística - Fundada no início da década de 50, a Aliança foi consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passando a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg-Süd, empresa alemã fundada em 1871.

Com faturamento de US$ 920 milhões em 2006, a Aliança Navegação e Logística tem forte atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou cerca de 460 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 12 portos nacionais e possui 15 escritórios próprios no Brasil.