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23/08/2011 - 10:02

Projeto Equoterapia completa 10 anos

Toda quinta feira, Maria José Stolf Herling passa manhã e tarde na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ). Com 82 anos, Dona Zezé, como é conhecida, realiza trabalho de voluntariado ensinando artesanato às mães de praticantes do Projeto Equoterapia.

Desde 2001, ESALQ desenvolve esse projeto, uma iniciativa pioneira dentro das Universidades Públicas, que oferece tratamento terapêutico e educacional complementar que utiliza o cavalo como instrumento de reabilitação de pessoas com deficiência física e/ou mental para melhorar o desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social. Por acontecer ao ar livre, a equoterapia mostra-se lúdica, prazerosa e pode acelerar a evolução do tratamento. As oscilações e o movimento do cavalo estimulam reações de equilíbrio e fornecem às crianças condições básicas para facilitar e desenvolver sua capacidade motora, intelectualidade, cognição e socialização.

Para comemorar os 10 anos do Projeto Equoterapia, a Dona Zezé, bem como os profissionais das áreas de saúde e educação que auxiliam os cerca de 65 praticantes semanalmente, serão homenageados na próxima terça-feira, 23/08, às 16h, no Setor de Equinocultura do Departamento de Zootecnia (LZT) da ESALQ. Em ato simbólico, será feito um balanço das ações do projeto e ocorrerá descerramento de placa comemorativa.

O projeto - Desenvolvido no LZT, sob coordenação do professor Claudio Maluf Haddad, conta com profissionais nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, equitação e voluntários da graduação e pós-graduação, com atendimento às 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feiras. Atende cerca de 65 praticantes, com diagnóstico de paralisia cerebral, síndromes genéticas (ex: síndrome de Down), microcefalia, autismo, traumatismo craneoencefálico, traumatismo raquimedular, acidente vascular encefálico, parkinson, deficiência visual, esquizofrenia, hiperatividade e outras. É filiado e reconhecido pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE Brasil) e, em 2005, foi reconhecido pela USP, entre as 60 ações da Universidade, o 2º melhor projeto envolvendo atendimento à população carente em conjunto com atividades de Ensino e Pesquisa. “Desde 2001, foram realizados cerca de 80 mil atendimentos, uma média de 8 mil por ano. Além disso, entre 25 e 30 trabalhos científicos foram publicados a partir de estudos desenvolvidos por profissionais das áreas mais diversas. E aproximadamente 500 pessoas formaram-se em cursos de equoterapia, ou seja, completamos o ciclo de ensino, pesquisa e extensão”, relata o coordenador do projeto.

Além do atendimento aos portadores de necessidades especiais, o projeto forma interessados em desenvolver núcleos de Equoterapia em outras regiões, por meio de cursos de difusão cultural realizados anualmente pela equipe interdisciplinar. Conta também com a prestação de serviço voluntariado, aberto a todas as pessoas, de quaisquer profissões e também com o trabalho de estudantes das áreas afins, que aprimoram seus conhecimentos a partir de estágios.

Segundo Claudio Haddad, dez anos são significativos e fazem refletir sobre desafios e perspectivas. “É importante salientar que o Projeto possibilita que Universidade preste contas para sociedade. Temos a consciência de que fizemos algo importante e temos o reconhecimento dos praticantes e seus familiares. O desafio é ampliar o serviço prestado e darmos um salto de qualidade, mas posso afirmar que, passados dez anos, a vontade continua a mesma, o carinho dos profissionais para com os praticantes e a certeza de que estamos no caminho certo”, conclui. |Telefone (19) 3429 4102 ou no site www.zootecnia.esalq.usp.br/equinos.html.

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