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24/08/2011 - 09:25

Varizes: não apenas um problema de saúde, um rombo nos cofres públicos (que pode ser minimizado)

As varizes não são apenas um problema de saúde, os custos para o Governo com o tratamento pelo método tradicional (cirurgia) chegam à casa das dezenas de milhões de dólares.

Dados do Data-SUS de 2006, referentes ao período de 2003 a 2005, registraram 284.355 internações para cirurgia de varizes em hospitais públicos, dos quais 22,1% já apresentavam úlcera (ferida). O custo para o Governo com estas internações foi de R$ 137.056.895 (US$ 62.250.563, na cotação da época). Isso sem levar em conta os prejuízos “colaterais”, tanto para as empresas quanto para os pacientes, advindos da utilização do método tradicional.

A necessidade de repouso no pós-operatório afasta a pessoa do trabalho, em média, por um mês após a cirurgia. Para os que são operados durante o período normal de trabalho, é prejuízo para a empresa, que fica sem seu funcionário; para os que são operados nas férias, é prejuízo pessoal, já que perderão seu tempo livre com o repouso do pós-operatório. Além disso, são muitos os casos de aposentadoria precoce em virtude de problemas com varizes, quando elas chegam a um grau severo.

Estimativas feitas no Centro de Saúde Escola de Botucatu revelam que 35,5% da população têm varizes, sendo 15,8% os casos intensos ou moderados. Devido ao grande número de pessoas que sofrem com as varizes e necessitam de tratamento, as filas do SUS muitas vezes chegam a anos de espera. Enquanto isso, os casos mais simples podem se tornar graves e os mais graves, gravíssimos.

A escleroterapia com espuma é um tratamento tão eficaz quanto a cirurgia tradicional. Além de ser de simples execução, barato, não necessitar de internação hospitalar, anestesia e nem repouso no pós-operatório, o método não retira a pessoa a ser tratada de suas atividades de trabalho e lazer, e, caso implementado em larga escala, geraria uma economia de milhões aos cofres públicos todos os anos.

O que é espuma? É o aperfeiçoamento da escleroterapia, método baseado na injeção de medicamento nas veias doentes com a intenção de provocar inflamação da parede desta veia, inflamação esta que destrói a veia, transformando-a numa cicatriz imperceptível.

Várias substâncias são utilizadas com este intuito. No Brasil são muito usadas as soluções de glicose (crioescleroterapia) ou misturadas a outras substâncias como o oleato de etanolamina.

Algumas drogas usadas para escleroterapia podem ser transformadas em espuma de microbolhas (micrespuma ou espuma densa). As mais usadas para este fim são o polidocanol e tetradecil-sulfato de sódio. O polidocanol já é usado no Brasil sob forma líquida para tratamento de vasinhos e tem o nome comercial Aethoxysclerol®. Obtém-se a espuma densa a partir da mistura do polidocanol com gás (ar ambiente, gás carbônico). Esta espuma aumenta o tempo de ação do princípio ativo em contato com a parede da veia e garante maior eficácia no tratamento, possibilitando acabar com varizes de qualquer grau.

Dados levantados na Europa confirmam que esse tratamento tem eficácia semelhante à da retirada da veia por cirurgia. O método já é usado em outros centros com sucesso, como na University of Califórnia, San Diego, em La Jolla (EUA), em que o método é usado para tratamento da insuficiência venosa crônica grave. Em vários centros como Alemanha, Portugal e também na América do Sul (Chile), a escleroterapia com espuma vem sendo adotada para tratamento das varizes e suas complicações.

O método usado na Spaço Vascular® foi desenvolvido na Itália e é chamado método Tessari. Outros pioneiros como Monfreux, na França e Cabrera, na Espanha, aperfeiçoaram o método.

Por: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar - diretor da Spaço Vascular® e pioneiro da escleroterapia com espuma no Brasil - é membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - SBACV - (foi Diretor Científico da Regional de São Paulo da SBACV) e da International Union of Angiology. Formou-se em 1972 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fez Residência em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da FMUSP e iniciou sua pós-graduação pelo Mestrado, seguido do Doutorado. Neste período tornou-se Professor do Departamento de Cirurgia FMUSP, foi aprovado no concurso à Livre-Docência e chegou a Professor Associado da Disciplina de Cirurgia Vascular do Departamento de Cirurgia da FMUSP. Deixou a carreira universitária em 2004 e dedica-se à Spaço Vascular® desde então. [www.spacovascular.com.br].

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