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25/08/2011 - 10:14

Desempenho do setor de papel deve ser alavancado pelas vendas de papel tissue e de embalagens

Crescimento da economia e demanda das classes de menor renda sustentam as vendas no mercado interno. Segundo a Pöyry, o desafio do setor, para manter competitividade, é investir em tecnologia e buscar inovações.

Investir mais fortemente na renovação de equipamentos e no desenvolvimento de novos produtos, além de inovar seu modelo de negócios, é o desafio da indústria brasileira de papel para manter o ritmo de crescimento em 2011, alerta Carlos Farinha e Silva, vice-presidente da Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia.

Apesar do consumo moderado de papel no mercado internacional, o crescimento econômico do País, em boa parte impulsionado pela melhoria de renda das classes emergentes, tem assegurado um bom desempenho nos segmentos de papel tissue (utilizado para fins sanitários) e de papel para embalagens. “O grande termômetro do mercado de papel para embalagens e tissue é o mercado interno, e a tendência é esses segmentos acompanharem o desempenho da economia e a mudança no hábito de consumo da população de menor renda”, observa Carlos Farinha e Silva.

Em 2011, segundo estimativa da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), o mercado de papelão ondulado deverá acompanhar o desempenho da produção industrial, com crescimento entre 3% e 3,5%. Segundo o presidente da ABPO, Ricardo Trombini, esse desempenho é puxado principalmente pelos produtos alimentícios, químicos, hortifrutigranjeiros e pelo setor de avicultura. A demanda de papelão na área de alimentos, por exemplo, deve se situar em torno de 5% acima de 2010.

O papelão ondulado, na base de disponibilidade no mercado interno nacional, tem participação de 47,5% entre todos os tipos de papel, e 89% dentro do segmento de embalagens, segundo dados da Bracelpa (Associação Brasileira de Papel e Celulose) de 2008 e 2009, os últimos divulgados pela entidade.

Já o segmento de papel de imprimir e escrever, ou off-set, vem sofrendo em função da concorrência do produto importado - principalmente aquele que ingressa ilegalmente - e do desvio do papel imune, ou seja, papéis que se beneficiam do incentivo fiscal previsto para livros didáticos, mas que, ao final, são desviados para outro uso comercial, constituindo concorrência desleal.

Embora o papel off-set seja o que mais sente o impacto da concorrência internacional, todos os segmentos devem investir para se tornarem mais competitivos, inclusive com vistas à exportação. Segundo Farinha e Silva, algumas empresas já retomaram os investimentos, caso da Rigesa, mas outras ainda precisam avançar para melhorar sua competitividade.

A MWV Rigesa iniciou um projeto para duplicação a capacidade da sua fábrica até 2012, com a implantação de novo maquinário que irá produzir 300 mil ton/ano de papel kraftliner para uso em embalagens. O projeto, cujo gerenciamento está sob a responsabilidade da Pöyry, irá promover o rápido crescimento do negócio de embalagens de papelão ondulado da empresa, lembra Farinha e Silva.

“No longo prazo, o setor de papel deverá passar por uma consolidação e renovação de máquinas e equipamentos, inovar no modelo de negócios e buscar soluções próprias para os produtos”, afirma o VP da Pöyry. “É preciso redobrar os esforços para ter tecnologia de ponta na área industrial, investindo em pesquisa e desenvolvimento e buscando inclusive acordos com universidades.”

Perfil-A Pöyry é uma empresa global de consultoria e engenharia, dedicada a um modelo de sustentabilidade equilibrada - balanced sustainability – e gestão responsável. Com atuação focada em qualidade e integridade, oferece aos clientes serviços de excelência em consultoria, soluções completas, design e supervisão. A ampla experiência da empresa abrange os segmentos de energia, indústria, urbanismo e transporte, água e meio ambiente. A Pöyry conta com a experiência de 7.000 especialistas e uma rede de escritórios locais em cerca de 50 países.

Empresa de capital aberto, com ações na Bolsa de Helsinque, a Pöyry vem registrando crescimento médio de 12% ao ano nos últimos 10 anos. Em 2010, obteve faturamento de 682 milhões de euros.

No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Com uma posição de liderança na área de engenharia, a Pöyry aumentou o seu escopo de atuação no ciclo de vida completo do investimento, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, a Pöyry conta com mais de 800 colaboradores no País e atende mais de 50 diferentes clientes de diversos setores.

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