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18/08/2007 - 12:36

Guerra das farinhas

Argentina deve elevar imposto de exportação do trigo e manter o percentual para farinha de trigo, o que pode prejudicar cadeia produtiva no Brasil

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) alerta o governo brasileiro para mais um duro golpe que a Argentina deve realizar em relação às exportações de trigo e farinha de trigo, que podem ser drasticamente sentidas de maneira negativa em toda cadeia produtiva do Brasil.

O governo argentino estuda aumentar os impostos de exportação sobre o trigo de 20% para 30%, mas não houve, até o momento, qualquer menção para o aumento da atual alíquota de 10% para farinha de trigo. “Caso a Argentina aumente seu imposto de exportação do trigo, ela tem de aumentar o da farinha de trigo para os mesmos 30%. Caso isso não ocorra, será uma medida para destruir a indústria nacional Brasileira, pois seremos obrigados a comprar farinha de trigo do país vizinho, fechando postos de trabalho e tornando o País dependente da farinha argentina para nosso pão, macarrão e bolachas”, afirma Samuel Hosken, presidente da Abitrigo.

A entrada da farinha argentina no Brasil, além de estabelecer uma competição desigual com o produto nacional, também contribui para afetar o desenvolvimento da indústria de moagem brasileira, considerada uma das mais eficientes e modernas do mundo. A indústria de moagem de trigo do Brasil, segundo a Abitrigo, tem capacidade para moer 14 milhões de toneladas/ano de farinha de trigo, porém utiliza apenas cerca de 60% deste potencial.“É preciso que o governo brasileiro fique atento para não permitir esta agressão comercial ao produtor de trigo, à indústria nacional e ao consumidor, que dependerá do humor dos fornecedores argentinos”, conclui Hosken.

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