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30/08/2011 - 11:33

Aumento da meta do superávit primário como instrumento de pressão

O governo anunciou hoje o aumento da meta do superávit primário para este ano em R$ 10 bilhões, dando melhores condições para o país pagar os juros da dívida pública em 2012.

Segundo o ministro Guido Mantega, programas sociais e os considerados prioritários pelo governo não serão atingidos, mas a decisão impede o aumento de gastos provenientes de decisões tomadas pelo Congresso Nacional. Ainda segundo ele, “estamos falando em não aumentar gastos, não em cortar gastos”.

Ao dizerque, por meio dessa medida, o Banco Central poderá responder ao agravamento da crise financeira mundial com a redução da taxa de juros, sem abrir mão do controle da inflação, pois o que o Brasil quer é “mais política monetária (entenda-se corte de juros) e menos política fiscal (entenda-se corte de tributos)”, observa-se uma forte pressão do governo na semana em que teremos mais uma reunião do Copom.

O Brasil vem constantemente batendo recordes de arrecadação e, embora tenha mudado atendência de crescimento da dívida pública, deixa claro que não quer cortar gastos. Sua expectativa em diminuir a taxa de juros como um elemento importante para a preparação da economia no atual cenário de desaceleração da economia mundial põe nas mãos do Copom uma decisão que deixa de ser meramente técnica, tendo dimensões estratégicas e políticas. Em poucos dias saberemos que consequências o dia de hoje trouxe.

.Por: Constantino Carbonar Neto, coordenador do curso de Administração da Faculdade Santa Marcelina.

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