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30/08/2011 - 11:33

Faxina ética no Brasil - será?

Já faz tempo que todos os dias nos deparamos com notícias em diversos meios de comunicação sobre escândalos na política. E este ano, ocorreu então, um fenômeno "nunca antes visto na história do país", a chamada "faxina" dos Ministérios, feita pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff. A partir daí, algumas perguntas surgem.

Por que esperamos tanto para ver Ministros acusados de corrupção, o excelentíssimo que viu sua família enriquecer na ordem de 86.000% e o menos competente cujo patrimônio elevou-se "apenas" vinte vezes serem afastados? Ela perdeu o controle sobre o seu time (hipótese em que a consideramos com menor autoridade frente a seus antecessores), ou está fazendo o que muitos já deveriam ter feito no passado (opção que mostra eficiência da nossa presidente no combate contra os corruptos)? O que está acontecendo exatamente e por quê agora?

O fato é que quatro grandes autoridades do país saíram e mostraram, por um motivo ou outro, que não estavam aptos a ocupar os seus cargos.

A base aliada defende o pulso forte nas decisões, mas ao mesmo tempo teme uma relação menos cordial de Dilma, quando a comparamos com o seu "padrinho" Lula. Os opositores dizem que o pulso está fraco na verdade, mas sabem que as medidas desestabilizam o Governo a seu favor, a ponto de discutirmos hoje, no 2º semestre de governo Dilma e há três anos para as próximas eleições presidenciais, sua possível ou impossível reeleição. Certamente não seria o momento em outras épocas!

Muitos criticam a discussão Oposição x Situação, afirmando que existem coisas mais importantes para os governantes se preocuparem. Basta olhar para a recente crise da dívida americana, sobre a qual Democratas e Republicanos, em uma verdadeira briga de foices, esqueceram de seus representados em prol dos interesses dos respectivos partidos. As críticas são válidas, mas não muito aplicáveis no Brasil. Há muito tempo o governo (base e oposição) tem o consenso em muitos pontos como por exemplo, o de que o país deve fugir a qualquer custo da inflação, ou de que vamos crescer com o fortalecimento da classe média como estamos crescendo hoje e como foi nos mesmos Estados Unidos nas décadas de 50 e 60. A prova disso é a estabilização dos preços e o enriquecimento dos menos favorecidos, tanto no governo FHC, quanto no governo Lula e a continuidade deste pensamento no governo Dilma.

Se em Brasília há um "macro-consenso" e a economia vai bem comparada a dos EUA, e principalmente da Europa, nos ocorre outra pergunta: O que está faltando?

O Brasil simplesmente não pode aceitar pessoas despreparadas e sem o profissionalismo necessário para administrar um país de dimensões continentais; não pode cobrar a mesma carga de impostos da Noruega, se os serviços públicos prestados nos dois países são incomparáveis (afinal, para onde vai todo esse dinheiro?); deve-se aplicar punições severas aos corruptos; todos os brasileiros, governantes ou civis, devem se mobilizar contra a corrupção, a exemplo dos indianos.Em suma, devemos basear nossas ações em princípios éticos. "Não existe a maneira certa de se fazer o errado!"

Enquanto a cultura do nosso país não se fortalece para o bem comum estaremos, simplesmente, a mercê dos que não pensam assim.

.Por: Pedro Venturini ,Diretor Executivo do Virtvs, Pedro Venturini é Diretor Executivo do Virtvs Club e Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi Gerente de Novos Negócios na Agência de Comunicação Atelier de Criação, onde também colaborava com o planejamento e atendimento da empresa e Coordenador de Marketing de Relacionamento, Trainee e Líder de Equipe da Área Comercial do World Trade Center Business Club.

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