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31/08/2011 - 07:26

Mercado de Venture Capital aposta no crescimento do País

Edição 2011 da pesquisa “Tendências Globais em Venture Capital”, da Deloitte, mostra que o foco dos investimentos se concentra em duas áreas: infraestrutura e consumo.

A Deloitte, uma das maiores organizações de consultoria e auditoria do mundo, divulga a edição 2011 do estudo “Tendências Globais em Venture Capital” realizado em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) no Brasil. A pesquisa detectou que o foco de investimentos desses fundos, no Brasil, está hoje na área de infraestrutura e consumo, devido ao crescimento econômico e aos investimentos previstos para a Copa do Mundo e Olimpíadas que ocorrerão nos próximos anos.

Para os próximos cinco anos, as áreas prioritárias para investimentos são produção de bens de consumo, tecnologias limpas, indústria de software, novos serviços em telecomunicações e serviços de saúde. “A tendência converge para os setores tocados na produção de bens e prestação de serviços para o crescente mercado interno. Adicionalmente, com o aumento da renda e expectativa de vida da população, temos na área de serviços de saúde um mercado promissor”, revela José Paulo Rocha, sócio-líder da área de finanças corporativas da Deloitte.

Um total de 81% dos respondentes aplicam seus investimentos exclusivamente no país e 50% deles pretendem ampliar ainda mais essa participação nos próximos cinco anos. “Os indicadores da indústria de PE/VC no Brasil vêm se destacando positivamente, e o país se apresenta para os investidores nacionais e estrangeiros como oportunidade real de investimentos para obter retornos diferenciados no longo prazo e na diversificação de seus aportes”, afirma Sidney Chameh, presidente da ABVCAP.

Segundo dados levantados pela pesquisa 56% das empresas participantes têm foco primário de investimento em Venture Capital e 44% em Venture Capital e Buyout. “Este é um fenômeno brasileiro. A economia familiar ainda é bastante forte aqui e existe um número muito grande de pequenas e médias empresas em crescimento, o que representa um cenário mais propício para operações de Buyout”, destaca Rocha. Nos demais países participantes do estudo, os investimentos em Buyout são menores (média de 20%).

Em países, como Índia e China, com perfis econômicos semelhantes ao Brasil, as áreas de Consumer Business e prestação de serviços, como telecomunicações, novas mídias e serviços financeiros são os alvos do setor. Já nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa os segmentos que despertam mais interesse são os ligados à indústria de software, computação em nuvem e equipamentos médicos.

IPO no Brasil- Quando questionados sobre os aspectos mais importantes que um mercado de IPO pode proporcionar à indústria de Venture Capital, 29% responderam que é oferecer melhores retornos aos sócios. Outros 29% destacaram o acesso de capital necessário para competitividade no mercado global.

“Além do capital, a gestão de um fundo de Private Equity e venture capital contribui na profissionalização da empresa, aplica estruturas de governança corporativa, aprimora a qualidade da gestão, tornando-a melhor preparada para acessar o mercado de capitais”, destaca Chameh.

Sobre os principais fatores para se ter um mercado de IPO saudável e dinâmico, 94% apontaram para a estabilidade da economia e 69% ficaram com a necessidade de ter uma comunidade bancária competitiva para IPOs.

“O IPO é o caminho natural para o venture capital e Private Equity quando o mercado apresenta uma estrutura previsível, rentável e em crescimento, elementos hoje presentes no Brasil”, avalia Rocha.

O Brasil é um mercado ativo e emergente de IPO, mas ainda tem muito espaço para exploração. Para 63% dos entrevistados o nível de atividade de IPO está abaixo do necessário no país; 31% afirmaram que está adequado. Apenas 6% acreditam que está superior ao necessário para dar suporte à saúde da indústria de Venture Capital.

A pesquisa apurou ainda quais serão as principais bolsas da indústria de Venture Capital no Brasil nos próximos cinco anos. As respostas foram: BM&F Bovespa (94%), Nasdaq (56%) e New York Stock Exchange (50%).

Ao considerar todos os países, esse quadro fica da seguinte forma: Nasdaq (87%), New York Stock Exchange (39%) e Shangai Stock Exchange (33%). A BMF&Bovespa foi citada por 5% dos entrevistados. Isso mostra que as pessoas votaram nas opções locais. Ainda não se trata se um mercado internacional aberto às empresas. “As pessoas investem naquilo que conhecem”, resume Rocha.

Amostra do estudo- A pesquisa “Tendências Globais em Venture Capital” de 2011 contou com a participação de 347 empresas de todo o mundo – incluindo 16 companhias brasileiras, que operam em fundos ativos, em sua maior parte, entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões. O levantamento contou com o apoio da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP). Os países envolvidos foram EUA, Reino Unido, China, França, Canadá, Índia, Brasil, Alemanha e Israel.

Perfil-A Deloitte completa, em 2011, 100 anos de atuação no Brasil. A instituição é responsável por disseminar novos conhecimentos para a sociedade e contribuir para o aprimoramento constante do ambiente de negócios do País, onde atua desde 1911. Hoje, os seus cerca de 4.500 profissionais são reconhecidos pela integridade, competência e habilidade em transformar suas experiências em soluções para os clientes. Suas operações cobrem todo o território nacional, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

A instituição oferece serviços nas áreas de Auditoria, Consultoria Tributária, Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais, Corporate Finance, Consultoria Empresarial e Outsourcing para clientes dos mais diversos setores. Com uma rede global de firmas-membro em mais de 140 países, a Deloitte reúne habilidades excepcionais e um profundo conhecimento local para ajudar seus clientes a alcançar o melhor desempenho, qualquer que seja o seu segmento ou região de atuação.

ABVCAP-Fundada em 2000, a ABVCAP é uma instituição sem fins lucrativos, que fomenta o investimento de longo prazo no Brasil. Durante os seus 10 anos de atuação, a ABVCAP tem ajudado a promover as melhores práticas que estão alinhadas com os padrões da indústria internacional, e tem atuado como facilitador no relacionamento entre os integrantes da comunidade de investimentos de longo prazo no Brasil.

A Associação possui 170 membros, que representam os principais players da indústria de private equity e venture capital, incluindo os maiores fundos de pensão brasileiros, gestores nacionais e internacionais, prestadores de serviços, entre outros. [ www.deloitte.com].

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