Cerca de 30% dos fabricantes de fios e cabos operam com produção no limite

Pesquisa exclusiva do Sindicel e da ABC mostra que mais da metade da indústria do cobre no Brasil tem capacidade ociosa entre 20% a 40%.

Mais da metade dos fabricantes de fios, cabos e semimanufaturados de cobre e suas ligas tem folga de 20% a 40% na capacidade produtiva, segundo dados verificados em relação ao desempenho industrial do setor no segundo trimestre de 2007. As informações são de levantamento exclusivo do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel) e da Associação Brasileira do Cobre (ABC).

A instabilidade das cotações de metais, a continuidade da retração de investimentos no programa “Luz para Todos”, o ritmo lento do PAC, o alto valor do dólar e a voraz carga tributária, principalmente no segmento de telecomunicações, são apontados como fatores que prejudicam um maior nível de utilização da capacidade instalada da indústria.

Entretanto, 30% da indústria do cobre opera no limite, ou seja, acima de 80% da capacidade de produção. Apenas 6% dos fabricantes utilizaram menos de 60% de sua capacidade fabril. “Tudo indica que o setor não precisará fazer significativos investimentos no parque industrial neste ano”, explica Sérgio Aredes, presidente do Sindicel. “Porém, se a velocidade de crescimento se mantiver acima de 10%, logo a ampliação se tornará necessária”, conclui Aredes.