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01/09/2011 - 10:56

Governo do Rio de Janeiro lança o programa Rio Capital da Energia


Objetivo é tornar Rio referência em inovação e sustentabilidade na área energética.

O governador Sérgio Cabral, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, lançaram, no dia 31 de agosto (quarta-feira), o programa Rio Capital da Energia. A iniciativa tem como objetivo tornar o estado fluminense referência em racionalização, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental na área energética. Na ocasião, também foi oficializada a criação de um comitê estratégico. O lançamento do programa e a formalização do grupo de trabalho aconteceram em reunião fechada, realizada no Palácio Guanabara, com executivos de grandes empresas, secretários e representantes de universidades.

No encontro foram estabelecidas medidas como um convênio com a Ampla e a Light para implantar sistemas de racionalização de energia em escolas, hospitais e em todas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), e a desoneração de equipamentos solares e eólicos. Também foram anunciados investimentos em Ciência e Tecnologia, com recursos da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), e linhas de financiamento da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro, a Investe Rio.

- Fechamos um convênio com a Ampla e com a Light para fazer a avaliação dos sistemas elétricos em escolas e hospitais. A ideia é começarmos com 20 escolas e cinco hospitais, para que a gente possa realizar eficiência energética. O governador também anunciou medidas para fomentar a energia limpa, como linhas de financiamento para incentivar empresários. O dono de uma padaria vai poder, por exemplo, trocar o forno elétrico por um forno a gás.

Além disso, vamos estabelecer linhas de financiamento para pesquisa e faremos a desoneração do ICMS para equipamentos solares e eólicos – contou o secretário Julio Bueno.

O Rio Capital da Energia prevê, ainda, ações para massificar o conceito de uso racional de energia, inclusive campanhas de comunicação.

- Queremos que as pessoas, quando forem comprar uma televisão, uma geladeira, o façam de acordo com o consumo de energia, que este item seja levado em conta – acrescentou.

Presente à reunião, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, destacou a importância do programa, lembrando que o estado sediará o evento Rio + 20.

- Ano que vem temos a Rio + 20. Somos sede do petróleo, do gás e do nuclear e também seremos o lugar das energias renováveis, da sustentabilidade. O governador decidiu adotar esta política – disse.

O Comitê Estratégico do Rio Capital da Energia oficializado nesta quarta-feira é composto por: secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico – responsável pela Secretaria Executiva do programa –, do Ambiente e de Ciência e Tecnologia, além de ACRJ, ANP, BR Distribuidora, CEG/CEG Rio, EBX, EDF/UTE, Eletrobras, Eletronuclear, Endesa/Ampla, EPE, Fecomercio, Firjan, Furnas, IBP, Light, Neo Energia, OGX, ONS, Petrobras, PUC, Uerj e UFRJ.

Também participaram do encontro o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli; o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto; o presidente de Furnas, Flavio Decat de Moura; o diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva; o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto; o empresário Eike Batista; e os secretários de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner; e de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, entre outros.

Rio de Janeiro: polo energético-O estado do Rio conta hoje com 85 empreendimentos geradores de energia, entre hidrelétricas, termelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). É no Rio que estão situadas duas usinas nucleares do país (Angra 1 e Angra 2) e o projeto da terceira (Angra 3), já em andamento. Atualmente, o Rio produz 8.600 MW e haverá oferta de outros 3.700 MW nos próximos anos, com sete novos projetos em execução.

A produção de petróleo fluminense representa 85% da nacional, em torno de 1,8 milhão de barris diários. No estado, são extraídos ainda 28 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o equivalente a 45% do total nacional. Números que serão ampliados, nos próximos anos, já que 70% da área do pré-sal estão em território fluminense.

O mercado e a tradição energética fazem do Rio o epicentro do setor, atraindo s empresas como a Petrobras e todas as companhias nacionais e estrangeiras petrolíferas que atuam no país, além das principais entidades representativas, como a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). O mesmo se dá com a energia elétrica. É o caso de Furnas Centrais Elétricas, Eletrobras, Eletronuclear, Operador Nacional do Sistema (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O Governo do Estado também mudou, recentemente, a legislação e passou a exigir contrapartidas ambientais para empresas que queiram instalar termelétricas, visando contribuir para a sustentabilidade da matriz energética. O Rio saiu na frente também com a criação da Secretaria de Economia Verde, a primeira do país. Subordinada à Secretaria do Ambiente, seu objetivo é contribuir para o que o estado desenvolva uma economia mais limpa, moderna e forte.

No primeiro semestre, o Rio lançou o primeiro ônibus flex (diesel/GNV) do mundo, capaz de rodar com até 90% de gás natural veicular (GNV), que emite 20% menos CO2 em comparação com o diesel. Atualmente, o estado conta com 750 mil veículos leves movidos a GNV, a maior frota do país, e mais de 500 postos de abastecimento. A oferta do combustível, que já é abundante, crescerá com a produção do pré-sal, sendo suficiente para garantir o abastecimento do sistema de transporte, além da indústria, dos serviços e do comércio. | Julia de Brito.

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