Usina de Quixadá tem capacidade duplicada

Em três anos, a produção de 57 milhões de litros de biodiesel por ano, passou em novembro de 2009 por adequações no projeto e nos processos e teve sua capacidade aumentada para 108,6 milhões de litros anuais.

A usina de biodiesel de Quixadá (CE), que acaba de completar três anos de operação em 20 de agosto, recebeu a visita do presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, no dia 1º de setembro (quinta-feira). A unidade foi a segunda a ser inaugurada pela empresa com capacidade inicial de produção de 57 milhões de litros de biodiesel por ano. Em novembro de 2009, passou por adequações no projeto e nos processos e teve sua capacidade aumentada para 108,6 milhões de litros anuais.

A usina integra o parque produtor de biodiesel da empresa, incluindo usinas próprias e unidades em parceria, que juntas têm capacidade total de produzir cerca de 700 milhões de litros/ano. Para o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, a usina de Quixadá é parte do projeto de desenvolvimento do grande potencial brasileiro de produção de biocombustíveis e energia limpa. “O Brasil tem um outro pré-sal de energia renovável, e esta unidade tem contribuído para que a Petrobras Biocombustível possa seguir na sua rota de crescimento”, destaca o presidente.

Localizada na região central do Ceará, a usina atende o Estado e parte do nordeste brasileiro. Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba também são abastecidos pelo biodiesel produzido em Quixadá. Para o diretor de Biodiesel, Alberto Fontes, a usina de Quixadá tem um papel importante no atendimento do mercado nordestino de biodiesel. “E por estar localizada em uma região de sertão, contribui ainda para o desenvolvimento regional”, acrescenta.

O gerente da usina, Francisco de Assis Bezerra, reitera a importância da unidade para Quixadá e redondezas. “A instalação e o funcionamento da usina criaram novo alento, movimentando a região em termos de recursos, materiais e humanos”, diz sobre a unidade que conta com uma força de trabalho formada por 56 empregados e 125 prestadores de serviço.

Com avançada tecnologia de produção, o parque de biodiesel da usina de Quixadá, bem como o das outras unidades da companhia, possui modernos sistemas de automação, elétrico e de segurança existentes no mercado, permitindo às usinas processar diversos tipos de matéria-prima.

Agricultura familiar incluída na cadeia do biodiesel-A estratégia de suprimento agrícola da Petrobras Biocombustível conta com 40 mil agricultores familiares cadastrados nos estados que fazem parte da área de atuação da usina de Quixadá. A companhia fornece sementes certificadas e assistência técnica, além de garantir a compra da produção. Essas ações incrementam o processo de transferência de conhecimento e tecnologia, agregando valor e renda para as atividades dos parceiros.

A Petrobras, em parceria com a subsidiária Petrobras Biocombustível, iniciou este ano o Programa de Estruturação Produtiva Agrícola, a fim de ampliar a participação da agricultura familiar. Em busca do aumento da produtividade e da produção de oleaginosas, a companhia, por meio de ações de correção do solo, espera aumentar em 35% a produção.

O diretor de Suprimento Agrícola, Jânio Rosa, destaca a importância do incentivo à agricultura familiar na região da usina. “A unidade de Quixadá e o Suprimento Agrícola tem promovido mudanças importantes na região. O crescimento da produção aumenta a renda e melhora as condições de vida dos agricultores familiares”, disse Jânio. Inclusão social na cidade

A usina também utiliza óleos e gorduras residuais (OGR) para a produção de biodiesel. Até o momento, 167 toneladas de OGR já foram processadas. Dessa forma, a Petrobras Biocombustível também gera postos de trabalho na área urbana e agrega valor e renda a uma atividade já realizada pelos catadores.

A empresa tem convênio com a Rede de Catadores de Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará. O objetivo dessa parceria é desenvolver ações em conjunto com associações para a coleta de OGR, em especial, o óleo de fritura, que será destinado à produção de biodiesel.

As ações previstas no convênio buscam estabelecer uma estrutura que permita qualificar a coleta desse óleo, geralmente jogado na natureza, e aproveitá-lo como fonte de matéria-prima para biodiesel.