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09/09/2011 - 08:34

ABCP dissemina uso de pavimento de concreto em BRTs

O sistema tem custo adequado ao orçamento das cidades e pode ajudar a resolver o problema do transporte público brasileiro.

Excesso de veículos é, em função principalmente do aquecimento da indústria automotiva, sinônimo de congestionamento. Grandes, médias e até pequenas cidades sofrem hoje do mesmo mal. Todas têm o mesmo diagnóstico, proporcional ao seu tamanho: falta de infraestrutura viária adequada para suportar o crescimento desenfreado da frota de veículos, tanto de carros de passeio quanto de caminhões, e precariedade dos meios de transporte.

Um dos grandes desafios que as cidades brasileiras terão nos próximos anos é oferecer transporte público de massa com qualidade. O Bus Rapid Transit (BRT) tem se revelado uma solução eficiente, visto que o ônibus, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), é o meio de locomoção utilizado por cerca de 45% dos brasileiros que usam transporte público”, afirma Ronaldo Vizzoni, gerente de infraestrutura da ABCP.

Além da decisão de implantar um BRT, é preciso também executar um projeto de infraestrutura que contemple um pavimento de qualidade, durável, capaz de suportar trânsito pesado, constante, repetitivo e de baixa manutenção. Por esse motivo, a grande maioria dos projetos desenvolvidos no Brasil está optando pelo pavimento de concreto. Trata-se da solução mais adequada por ter vida útil maior do que as demais alternativas, não sofrer deformações plásticas – como as famosas “trilha de rodas” ou buracos – e reduzir custo de operação dos veículos.

Para se ter uma ideia, na última década, quase 100 sistemas de BRT foram instalados em países como França, Peru, China e África do Sul. Instituições como o Banco Mundial passaram a recomendar e a financiar projetos de ônibus rápido, mais baratos e fáceis de ser implantados do que o metrô.

Segundo Vizzoni, uma ampla malha de ônibus, bem executada, desafogará o metrô e o trânsito, visto que haverá uma adesão maior da população em prol do transporte público. De olho nos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará, a tendência é que o BRT ganhe espaço nos próximos anos. Dez das 12 cidades-sede da Copa de 2014 planejam construir corredores expressos. Segundo Vizzoni, o BRT é uma das boas soluções para transportes coletivos nas grandes cidades, embora a solução ideal seja sempre o metrô.

BRT – Trata-se de um sistema de transporte de ônibus, sejam articulados ou biarticulados, que permite o tráfego em corredor exclusivo, sem qualquer cruzamento ou interrupção. O passageiro passa a ter acesso ao transporte por meio de estações centrais, formadas por plataformas instaladas no mesmo nível do piso interno do veículo. Permite-se, com isso, movimento seguro e rápido aos usuários, além de acessibilidade universal a todos os cidadãos portadores de deficiências de locomoção.

A velocidade média comercial dos serviços de um BRT é elevada, na faixa de 22 km/h para serviço parador e de 35 km/h para serviço expresso ou semi expresso. Os sistemas BRT apresentam grande capacidade de atendimento de demanda. Podem chegar a níveis semelhantes aos praticados pelas mais carregadas linhas de metrô. Outra vantagem é que os sistemas de BRT podem ser implantados em pouco tempo. “Temos profissionais, empresas e capacidade de gestão do sistema”, explica Vizzoni.

Exemplo de Sucesso - A parceria entre a ABCP e a prefeitura de Curitiba pode ser citada como grande case de referência em pavimentação urbana com a implantação da chamada “Linha Verde”.

A Linha Verde foi implantada na antiga BR 116, transformada em avenida e corredor de transporte. A avenida tem dez faixas de tráfego, incluindo canaletas de uso exclusivo do transporte. As pistas ao lado das canaletas são vias rápidas. As pistas ao lado das rápidas são as locais, para acesso ao comércio e aos bairros. Há duas faixas para estacionamento.

“O corredor de transporte da Linha Verde permitiu a implantação de novas linhas de ônibus. A primeira delas reduziu em 17% o tempo de viagem. Esta linha tem os primeiros ônibus da América Latina a circular apenas com biocombustível à base de soja”, afirma Alex Maschio, gerente da regional Sul da ABCP. O projeto completo prevê 18 km de pavimento de concreto ligando os bairros Pinheirinho e Atuba.

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