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22/08/2007 - 08:42

Estratégia de TICs mobiliza governo e indústria

O país forma anualmente 17 mil profissionais de desenvolvimento de software, quando a demanda é de 40 mil.

Entidades ligadas às TICs vão encaminhar, até o fim de agosto, propostas de desenvolvimento de seus setores à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A Agência irá consolidar essas ações e apresentá-las como subsídio aos debates da Consulta estruturada sobre ‘gaps’ em políticas rumo à competitividade global, prevista para fim de setembro e que terá a participação de representantes de todos os setores de TICs do País. Neste encontro serão definidas as bases para a formulação da Estratégia Nacional em TICs, a ser lançada até dezembro de 2007.

Outro subsídio para a Consulta Estruturada são os resultados de uma pesquisa empreendida pela ABDI junto aos Ministérios. Nela, foram levantados programas e projetos governamentais que utilizam as TICs, incluindo os recursos disponíveis nos Planos Plurianuais (PPAs) e cronogramas de execução. “Vamos apresentar estes dados em busca de uma convergência de ações entre governo e iniciativa privada”, afirma Gilberto Lima Jr., Coordenador da Estratégia Nacional de TICs pela ABDI.

A elaboração da Estratégia está sendo capitaneada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e coordenada pela ABDI e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). A Frente Parlamentar Mista de TICs, presidida pelo Deputado Julio Semeghini, também participa da elaboração da Estratégia, sendo representada pelo Secretário-Executivo Leonardo Bucher.

Propostas - Antes da Consulta Estruturada, foram realizadas reuniões de pré-consulta aos segmentos de infra-estrutura de internet, eletroeletrônicos e software, realizadas respectivamente em 9 e 10 de agosto, em São Paulo, e 2 de julho, no Rio de Janeiro, contando com a participação de mais de 70 pessoas de 30 entidades representativas e governamentais. Esses encontros prévios debateram seis temas: recursos humanos, financiamento, marcos regulatórios, certificação e padronização, mercados (doméstico e exportação) e inovação (P&D).

A pré-consulta ao setor eletroeletrônico, em 10 de agosto, reuniu órgãos governamentais, especialistas em TICs, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e empresas associadas como HP, Siemens, LG Eletronics, Itautec, Ecil e Motorola. Entre as propostas levantadas, destacam-se: extensão do Recof às Pequenas e Médias Empresas, com flexibilização das exigências; criação de ex-tarifários para componentes e insumos básicos; e incentivo à cultura da Inovação e do empreendedorismo nos segmentos público e privado.

No dia anterior, 9 de agosto, a pré-consulta ao setor de infra-estrutura de internet reuniu Abranet, Internet Sul, Global Info e Abrappiti, especialistas em TICs e órgãos do governo. O segmento se dispôs a somar esforços junto ao Governo Federal na implementação de programas de inclusão digital, devido à capilaridade dos provedores de internet no País – são mais de 1.500 distribuídos em quatro mil municípios. A idéia é criar “telecentros provedores” em parceria com o MDIC, que seriam estruturados pelos provedores de Internet. Esses centros funcionariam para atendimento comunitário, inclusão digital e formação de mão-de-obra para TICs.

A pré-consulta ao setor de software, em 2 de julho, trouxe à mesa Assespro, Softex, Abes, IBCD, Camara E-Net, Abinee, Brasscom, órgãos governamentais e consultores renomados como Tadao Takahashi e Mário Ripper. A Brasscom propôs capacitar 100 mil profissionais na língua inglesa até 2010, caso o governo dê a contrapartida de vincular 80% do valor devido de INSS à formação de mão-de-obra. O país forma anualmente 17 mil profissionais de desenvolvimento de software, quando a demanda é de 40 mil.

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