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10/09/2011 - 14:03

O Catador de palavras


Livro de Antonio Ventura, com lançamento da Editora Topbooks.

“O poeta é como uma criança. Olha a vida, o mundo e o universo, sempre como se fosse pela primeira vez”, Antonio Ventura .

O catador de palavras é o livro do poeta Antonio Ventura que será lançado no próximo 13 de setembro no Rio de Janeiro, pela Editora Topbooks, na Livraria da Travessa, Ipanema.

Poeta marginal da Geração 70, o jovem poeta de 23 anos iniciou sua trajetória poética, vendendo seus poemas mimeografados no lobby do Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. De 1972 a 1975, foi como o poeta “pregou” sua poesia. Fazia parte de uma marginalidade necessária em tempos de ditadura. “Os poemas eram mimeografados em quatro folhas ofício. Sempre tiveram como título: Sete poemas de Antonio Ventura. Fiquei vendendo minha poesia e sobrevivendo assim até 1975, quando voltei para Ribeirão Preto”, conta o poeta.

Ventura começou antes, no entanto. Com 14 anos fez seu primeiro poema, Tédio, inspirado nos versos que lia de Álvares de Azevedo – não parou mais de poetar, ainda em Ribeirão Preto, onde nasceu. Em 1971, vem para São Paulo e atua como jornalista e crítico de cinema e de teatro na Revista Bondinho. Ventura não abandonou a escrita, recebeu Prêmio Governador do Estado de Poesia e em Conto, em 1971.

Tédio. Sinto vômitos de tédio. Pressão... Na cozinha barulho de crianças.Na rua um homem blasfema e uma criança pede esmolas. Outras batem em latas. E o barulho contínuo e longínquo das latas... E eu mole à mesa com ânsia de vomitar tédio.

“Na época em que vivi no Rio de Janeiro, o chamado grupo dos poetas marginais era muito disperso. Seus representantes encontravam-se pelas ruas, uns vendendo seus versos em pequenos livros mimeografados, outros, como eu, vendendo poemas em folhas avulsas. Vivíamos à margem da literatura da época, mas celebrávamos a história e a vida cada um à sua maneira. Eu sempre me considerei um poeta à margem, inconformado com meu tempo, mas nunca fiz poesia panfletária, sempre tive uma visão mais clássica do mundo com os olhos também voltados para a eternidade das coisas”, diz Ventura.

Ele nunca parou de escrever. O livro que lança agora, O catador de palavras, não é uma retomada de sua trajetória, porém a concretização e a reunião da sua produção poética e marco para sua literatura, como diz. “Sempre fui o mesmo poeta, um clássico. A marginalidade se deu de maneira marcante em minha poesia por um fator histórico, de indignação pela falta de liberdade daquela época, tempos de ditadura em que era proibido até de falar de flores. Já não tenho mais os cabelos compridos, mas serei sempre um rebelde, porque ser poeta foi e será a qualquer tempo um ato de rebeldia”, fala o poeta.

Livro - poesia: O catador de palavras |Autor: Antonio Ventura|Apresentação: Carlos Nejar|Apêndice - notas: Álvaro Alves de Faria, Antonio Carlos Secchin, Cecília Tozatto, Mário Chamie, Mário Moreira Chaves, Manaton Braff e Saulo Ramos. |Editora: TopBooks | 354 Páginas | Formato:23cm x 16cm |Preço de Capa: R$ 42,90. Lançamento no Rio de Janeiro, no dia 13 de setembro (terça-feira), às 19h, na Livraria da Travessa, rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema, telefone (21) 3205-9002.

.[ Redes sociais:(do livro) http://facebook.com/o.catador.de.palavras| (do autor): http://www.facebook.com/Poeta.Antonio.Ventura |(do livro) : @ocatapalavras | (do autor): @AntonioVentura_].

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