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13/09/2011 - 09:25

Conferência Mundial sobre Investimentos da WAIPA (WAIPA World Investment Conference): mudanças evidentes no poder econômico mundial

Geneva-A crise e o desemprego alarmante dos jovens em muitos países realçam esse fato com veemência: atrair Investimentos Estrangeiros Diretos (FDI -- Foreign Direct Investment) é um dos maiores desafios que todos os países estão enfrentando, porque esses investimentos atendem as necessidades prementes de gerar empregos, know-how e crescimento.

Ministros e autoridades de 156 países-membros da Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (WAIPA -- World Association of Investment Promotion Agencies) discutiram esse desafio durante a Conferência Mundial sobre Investimentos (WIC -- World Investment Conference), em Geneva, nesta semana. O presidente da WAIPA e vice-ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento do Brasil, Alessandro Teixeira, declarou: "Nossa conferência tem nos oferecido uma ocasião especial para discutirmos matérias tais como as mudanças impostas pela crise financeira, as oportunidades trazidas pelas mudanças no poder econômico global e o desencontro entre os objetivos dos investidores e as necessidades das nações".

Os Estados Unidos continuam atraindo a maior parte dos investimentos estrangeiros diretos, mas a participação desse país caiu de cerca de 33% nos anos 80 para uma média de 15% depois de 2000. Desde 2006, a participação do Reino Unido caiu de 10,7% para 3,7% e a da França (-2,2%) continua perdendo terreno. Ao contrário, a participação da China manteve-se bem estável dos anos 80 aos anos 00s (com cerca de 6,5%), mas está progredindo agora para 8,5%. Desde 2006, as participações de outras economias vem aumentando rapidamente e passaram a fazer parte da lista dos dez mais: Hong Kong está chegando a 5,5%, Rússia a 3,3%, Cingapura a 3,1% e o Brasil pulou de 1,3% para 3,9%.

No lado dos países que fazem investimentos externos, as tendências são similares, mas menos pronunciadas. De 2006 a 2010, os EUA progrediram de 16% para 24,9%, a China de 1,5% a 5,1%, Hong Kong de 3,2% para 5,7% e a Rússia de 1,6% para 3,9%. Mas, todos os demais países "maduros", na lista dos dez maiores investidores – Alemanha, França, Suiça, Japão, Canadá e Bélgica -- estão perdendo algum terreno (mas não mais do que 1,5%).

Os investimentos estrangeiros diretos no mundo caíram de US$ 1,97 trilhão em 2007 para US$ 1,19 trilhão em 2009. As previsões para 2012 são otimistas (US$ 1,46 trilhão) e espera-se voltar aos níveis recordes de 2007 por volta de 2014. Mas a maioria dos participantes da Conferência da WAIPA concordaram que a crise ainda vai limitar os investimentos externos de países "maduros". De fato, exceto pelo Japão, a crise é regional, limitada ao mundo ocidental. No momento, a Europa está claramente esperando se sair melhor graças ao crescimento dos países do BRIC e de outras economias que estão emergindo rapidamente. Mas os europeus já estão cientes de que novos e famintos concorrentes estão aparecendo, notadamente no Sudeste Asiático, onde um tremendo crescimento é gerado pela grande capacidade de integração dos países da região.

As Agências de Promoção de Investimentos devem fomentar o comércio e os investimentos regionais, porque é onde o dinamismo está. Elas devem mostrar as oportunidades a governos e demonstrar que capacidades produtivas têm de ser adaptadas para novas atividades econômicas. Elas devem identificar alternativas e soluções.

As Agências de Promoção de Investimentos podem ajudar firmemente os governos a rever suas visões e seus planos. Mas, o papel delas deve ser melhor reconhecido pelos governos. Todos os governos têm um ministro do comércio e a Organização Mundial do Comércio é muito influente, mas, desafortunadamente, não existe tal coisa no mundo dos investimentos diretos.

Um dos riscos das agências de promoção é tentar estar na moda e ser badalada. Há muitas coisas que precisam ser feitas que não são badaladas. Os especialistas recomendam a adoção de capacidade de produção para novos propósitos em vez do ingresso em setores desconhecidos. Tecnologias e energias verdes são de um interesse crucial para todos os países. Mas, se as expectativas são grandes, as indicações sobre como chegar lá continuam, frequentemente, indefinidas e as agências têm de deixar isso claro para o mundo político.|PR Newswire.

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