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14/09/2011 - 08:21

Projeto de inclusão, da ArcelorMittal, conquista prêmio de educação

Indústria de São Francisco do Sul recebeu Prêmio Elpídio Barbosa, por iniciativa educacional desenvolvida em parceria com o SENAI de Santa Catarina.

Florianópolis - Iniciativa da ArcelorMittal, de São Francisco do Sul, implementada em parceria com o SENAI de Joinville, o projeto de Desenvolvimento Profissional para Pessoas com Deficiência foi o vencedor da categoria Empresa-Escola do Prêmio Educador Elpídio Barbosa, concedido pelo Conselho Estadual de Educação. O anúncio dos resultados ocorreu nesta terça-feira (13), em Florianópolis, e a solenidade de premiação será realizada em outubro. O projeto consiste na formação profissional de pessoas com deficiência, ampliando a possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

"Nossa proposta é oferecer condições para que as pessoas busquem as melhores oportunidades de emprego", salienta o gerente geral da empresa, Álvaro José Ferreira Ribeiro. "A intenção não é apenas formar profissionais para a empresa. Se não pudermos absorver todos, eles terão chances de ser contratados por outras empresas", explica. "O nosso ganho é ter certeza de que estamos ajudando a transformar o amanhã, com essas pessoas se tornando realmente cidadãs incluídas na sociedade produtiva".

Depois de terem sido iniciadas duas turmas com o apoio da ArcelorMittal, o SENAI apresentou o projeto a outras organizações e já obteve o apoio de mais seis empresas de Joinville - Amanco, Krona, Schulz, Tigre, Tupy e Wetzel. O programa conta também com o envolvimento da Associação de Deficientes Físicos de Joinville, Conselho Municipal de Pessoas com Deficiências, Associação de Reabilitação da Criança Deficiente, Associação dos Surdos de Joinville e Secretaria de Educação de São Francisco do Sul, entre outras. As duas primeiras turmas envolvem 57 alunos (moradores de Joinville e São Francisco do Sul), e atendem a área eletrometalmecânica. A terceira turma - com 35 vagas, 22 delas já preenchidas - se inicia em outubro e será direcionada ao setor plástico.

O projeto está dividido em duas fases, sendo a primeira delas um curso de 300 horas, de qualificação profissional, de operador multifuncional, que serve para o nivelamento dos conhecimentos e habilidades dos alunos. Nesta etapa, no caso do curso na área eletrometalmecânica, os estudantes aprendem noções de desenho mecânico, tecnologia mecânica, metrologia, saúde e segurança no trabalho, informática e matemática. Na segunda fase, os estudantes realizam um curso técnico, com 1.260 horas, mais 300 horas de estágio curricular. Na formação eles são habilitados a executar e realizar a gestão de programas de manutenção industrial, incluindo manutenção preventiva. O estágio curricular permite o contato inicial com o mercado de trabalho. Cerca de 50% dos estudantes da primeira turma já está realizando estágio.

Superação- As dificuldades de locomoção que enfrenta desde o nascimento não impedem que Taiana Silva Vitorino, de 18 anos, busque alternativas para sua formação profissional. Pela manhã estuda em casa, à tarde estuda no SENAI e à noite faz faculdade de terapia ocupacional. "Antes de começar a fazer o curso, eu tinha outros planos; hoje, embora eu esteja fazendo a faculdade, estou pensando em me dedicar à área eletrometalmecânica", afirma. Usando a linguagem brasileira de sinais, o estudante Darlei Goulart Nunes, que é mudo, explica que está gostando muito de realizar o curso. "Meu pai me recomendou que fizesse o curso, que me esforçasse, mostrasse meu desenvolvimento", afirmou.

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