Máquinas agrícolas e de construção: mudanças à vista

O cerco está se fechando. A humanidade tem avançado a passos largos no caminho de seu desenvolvimento. Os pessimistas de plantão de décadas passadas jamais poderiam supor que estivéssemos atingindo os patamares de qualidade de vida que estamos atingindo hoje. Olhe para a sua vida e confirme: o mundo está mais acessível para todos, seja em relação aos deslocamentos sobre a superfície com voos cada vez mais seguros, viagens cada vez mais rápidas e preços cada vez mais acessíveis, seja do ponto de vista do acesso universal à informação sobre o assunto que se quiser. Estamos vivendo cada vez mais, o ar está, graças às políticas de controle ambiental, cada vez mais limpo, os automóveis cada vez melhores.

Quantos aparelhos manipulamos que facilitam e dão outra dimensão à nossa vida, que há até bem pouco tempo sequer imaginávamos a existência! Temos a impressão de que a ciência está se desenvolvendo com velocidade tamanha que, seja lá qual for o mal que tenhamos, temos a esperança de que a qualquer momento podemos ver o Willian Bonner aparecer na televisão dizendo: “Cientistas anunciam a cura de...”. Por conta disso tudo, vivemos hoje um mundo de maiores oportunidades e, sobretudo, esperanças. O impossível, definitivamente ficou para trás.

Mas o caminho desse progresso todo é difícil e lento. Avançamos, é certo, mas à custa de muita pesquisa, debate e acordos. O papel dos legisladores tem sido fundamental, transformando em leis muitas das conquistas humanas para que tenham a abrangência necessária. O assunto deste artigo é justamente mais uma dessas conquistas: a NR12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, que passa a vigorar em nosso país a partir de 2012.

Por incrível que possa parecer, os operadores de máquinas dos segmentos de construção, agrícola e outros semelhantes, vinham dando a sua contribuição para o crescimento do país sem uma legislação que os protegesse. Equipamentos sofisticados muitas vezes, nem tanto outras, podem ser comercializados normalmente, mesmo apresentando riscos evitáveis para os seus operadores. Máquinas com potencial elevado de segurança podem ser comercializadas em versões light expondo o trabalhador a risco em nome de uma aquisição competitiva.

Mas agora o cenário vai mudar, em tempo para um país sede da Copa do Mundo: agora, as máquinas terão de vir de fábrica com uma série de características e acessórios para proteção das pessoas. E, diga-se, a norma não se atém às questões pessoais dos trabalhadores, mas também às questões coletivas para o ambiente de trabalho, ou seja, mais do que um equipamento seguro, estaremos tendo em nossas construções e fazendas um novo princípio a ser vivido e incorporado: a segurança como prioridade. Tivesse essa legislação chegado antes e, talvez, nosso ex-presidente poderia ter a sua mão completa.

A nova lei terá impactos sobre o setor produtivo. Haverá incremento de tecnologia. Haverá incremento de custo algumas vezes. A sua empresa já está preparada? Em que essas mudanças afetarão a rotina de trabalho? Venha conferir no 20º. Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade da SAE, no painel do Comitê de Máquinas Agrícolas e de Construção, que neste ano acontecerá na Expo Center Norte no dia 04 de outubro no auditório Jaçanã 3. A sua presença será fundamental.

. Por: Vicente Pimenta, diretor do Comitê de Máquinas Agrícolas e de Construção do Congresso SAE Brasil 2011.