RHI AG inicia construção da primeira fábrica no Brasil

Nova unidade da líder mundial de refratários será no Distrito Industrial de Queimados, região metropolitana do Rio de Janeiro, com investimento inicial de €85 milhões.

Rio de Janeiro - A RHI AG, empresa austríaca líder global no segmento de produtos refratários para os setores de siderurgia, cimento, metais não ferrosos e vidro, inicia neste mês a construção da sua primeira fábrica no Brasil, localizada no Distrito Industrial de Queimados, região metropolitana do Rio de Janeiro. Nesta primeira fase, o investimento será de €85 milhões e vai gerar 200 empregos diretos e 400 indiretos. O início das operações está previsto para o terceiro trimestre de 2013.

O Brasil é altamente estratégico para os negócios globais da companhia e a nova fábrica tem como objetivo explorar as oportunidades no crescente mercado nacional e da América do Sul em geral, atendendo principalmente a indústria siderúrgica. Queimados foi escolhida para se tornar uma central de operações da empresa no continente, por oferecer amplas vantagens logísticas - à beira da Rodovia Presidente Dutra e a apenas cinco quilômetros do Arco Rodoviário, estrada que ligará o Porto de Itaguaí ao município de Itaboraí - e proximidade com os mais importantes centros comerciais do País. A unidade brasileira da RHI AG ocupará uma área de 120.000 m² na região.

“Este é o primeiro passo para estabelecer uma plataforma de produção e um passo importante que faz parte do nosso plano de crescimento global nos países do BRIC. A proximidade da nova fábrica permitirá que a RHI AG atenda melhor os clientes, particularmente da indústria siderúrgica no Brasil, assim como os outros principais mercados da América Latina”, afirma Franz Struzl, CEO da RHI. De acordo com Struzl, “a indústria de aço brasileira está crescendo e nós queremos participar deste enorme crescimento, perto dos nossos clientes. O investimento da RHI AG no Rio de Janeiro confirma ainda mais a boa fase de desenvolvimento que o Estado e o País passam, com uma contribuição decisiva da empresa para gerar ainda mais empregos e oportunidades localmente”.

Para o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, “o investimento da RHI é uma decisão acertada, já que o estado busca a liderança do setor siderúrgico, principal cliente dos produtos refratários da empresa. Serão investidos R$ 18 bilhões no setor nos próximos anos. Além da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, planta de cinco milhões de toneladas que começou a operar ano passado, outras duas usinas do mesmo porte – uma da chinesa Wisco e outra do grupo Ternium – serão erguidas no Norte Fluminense, no Complexo do Açu. O setor terá ainda expansões de plantas existentes em outras regiões do estado, como a da Gerdau, que praticamente duplicará sua capacidade de produção”. Já o prefeito de Queimados, Max Lemos, reforça que a fábrica oferecerá novas oportunidades locais. “A comunidade de Queimados será plenamente beneficiada com este novo empreendimento, que trará várias oportunidades de emprego e geração de renda direta e indireta”, afirma.

“O ciclo da siderurgia é importante para o Rio de Janeiro e esse investimento veio por conta disso. Uma empresa de refratários, portanto, adiciona valor ao setor. E faz isso em Queimados, município importante para a Baixada Fluminense, onde o governador Sérgio Cabral estabeleceu uma zona em que é possível dar incentivos tributários para atrair novas empresas. Por tanto, atingimos nosso objetivo”, avaliou secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústrias e Serviços, Julio Bueno.

Produção- Os refratários da RHI AG são essenciais para o crescimento industrial do País, pois não se produz aço sem produtos refratários. Todas as unidades operativas que trabalham com altas temperaturas, como altos-fornos, aciarias, fornos de reaquecimento, fornos para produção cimento, metais não ferrosos e vidro, precisam ser revestidas de massas e tijolos refratários, para resistir a temperaturas de mais de 1200 graus Celsius. Com o crescimento das siderúrgicas e fábricas de cimento no País, o Brasil se tornou um campo altamente promissor para os negócios da empresa, que já domina aproximadamente 15% do mercado nacional de refratários na indústria siderúrgica, com clientes como ArcelorMittal, CSN, Grupo Gerdau, ThyssenKrupp CSA, Usiminas e 5% de outras indústrias, com clientes como Votorantim e Holcim, entre outros.

A previsão é de que a produção anual da nova fábrica da RHI AG seja inicialmente de 60 mil toneladas. Deste total, mais da metade será destinado ao mercado interno e o restante à América Latina. Em 2010, 7% das vendas do Grupo foram na América do Sul e a intenção é aumentar este percentual significativamente. A empresa tem planos de expandir a capacidade de produção, gerando ainda mais postos de trabalho, em uma segunda fase. A RHI AG emprega atualmente 101 pessoas no Brasil.