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22/08/2007 - 10:09

O custo da troca de arquivos pela Internet

Peer-to-Peer (P2P). É incrível como um único termo pode gerar reações tão extremas.. Alguns consideram que se trata do futuro da distribuição de conteúdo, capaz de superar qualquer outro protocolo de comunicação. Para os usuários, trata-se de um mundo novo de compartilhamento de arquivos que oferece desde músicas e vídeos até softwares – conteúdo que na maioria das vezes é gratuito e acessível por meio de centenas de programas diferentes, disponíveis para qualquer um que disponha de um computador e de uma conexão à Internet.

As indústrias cinematográfica e fonográfica, que antes encaravam o P2P como inimigo por conta da expressiva presença de arquivos piratas, recentemente têm buscado alternativas para disponibilizar conteúdos legais usando a plataforma. Para empresas, trata-se de um pesadelo. Cada vez mais, funcionários tomam uma grande capacidade da rede corporativa usando tais programas, o que prejudica a produtividade e a realização das tarefas profissionais. Por último, no caso dos provedores de Internet (ISPs) é simplesmente uma epidemia, algo que é responsável, dia e noite, por 60% a 80% de seu tráfego total de dados.

Os programas do tipo P2P, como eMule e BitTorrent, permitem que os usuários troquem dados diretamente entre si. Além de copiar as partes dos arquivos (download) eles também enviam outros pedaços (upload), o que gera um intenso tráfego nessas duas direções. As redes DSL e cable, de banda larga, sofrem muito com isso, pois foram originalmente desenvolvidas para lidar apenas com um tráfego pesado de download.

É muito comum que as pessoas deixem aplicativos desse tipo rodando em segundo plano para baixar os arquivos. Isso resulta em congestionamento da rede (já que consome grande parte da capacidade total) durante o expediente e pode causar prejuízos. O funcionário que baixa um filme, por exemplo, prejudica quem faz ligações usando o VoIP ou precisa enviar e-mails. Para o provedor de Internet, a situação mais uma vez é desalentadora: não há geração de receitas com esse consumo excessivo de sua banda. A empresa pode, inclusive, gastar recursos caso decida ampliar sua infra-estrutura para atender à crescente demanda. Além disso, nas redes banda larga, poucos assinantes que trocam arquivos podem prejudicar a performance de navegação da maioria dos usuários.

A tecnologia P2P é uma mudança de paradigma no mundo atual, em que as redes de computadores tendem a ser coordenadas e centralizadas e não há incentivos para que os usuários sejam participantes ativos. Ao contrário, tem-se a transição da coordenação para a cooperação, ou seja, várias partes unidas em torno de um objetivo comum ― no caso, a cópia de determinado conteúdo. O protocolo representa o oposto do modelo de rede centralizada, em que um servidor principal gerencia as aplicações em uso e o tráfego da Internet.

Para empresas e provedores, a Internet virou uma ferramenta essencial para os negócios, e justamente por isso o P2P tornou-se uma verdadeira dor de cabeça para ambos. Entre as principais desvantagens, é possível citar os congestionamentos, a queda de velocidade de navegação pelas páginas da web, o gigantesco aumento da circulação de dados e, acima de tudo, o aumento de aproximadamente 30% nos custos operacionais.

A chave para detectar e, portanto, lidar com o P2P é a visibilidade da rede. Dispondo de ferramentas de controle, é possível listar as aplicações que estão ativas, os programas que estão consumindo a capacidade da rede e os funcionários ou assinantes que estão usando o P2P. Com um gerenciamento desse tipo, já se avançam alguns passos no sentido de maximizar a eficiência do tráfego, limitar ou bloquear a troca de arquivos e dividir o tráfego de modo que todos tenham velocidade adequada para cumprir de forma satisfatória todas as suas tarefas.

. Por: Osmar Correa é o Brazil Country Manager da Allot Communications.

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