Sucesso exploratório no pré-sal é destaque na Feira Rio Pipeline 2011

O gerente de Planejamento do Pré-Sal, Mauro Yuji, destacou o alto índice de sucesso exploratório da Petrobras no pré-sal, em palestra na Feira Rio Pipeline 2011, realizada no dia 20 de setembro (terça-feira), no Centro de Convenções SulAmérica, Centro do Rio de Janeiro.

Yuji ressaltou que o índice de sucesso está acima de 80%: em oito de cada dez poços perfurados pela Companhia é encontrado petróleo. Ricardo Luis Beltrão, gerente geral de pesquisa & desenvolvimento em engenharia de produção do Cenpes, também palestrante no evento, ressaltou que o pré-sal é muito maior em extensão do que a Bacia de Campos, o que vai exigir uma grande quantidade de dutos.

Ao destacar o índice de 80% de sucesso exploratório, Yuji lembrou que, desde 2006, mais de 40 poços foram perfurados no pré-sal pela Petrobras. Para ele, está claro que o potencial da área é muito grande, uma vez que as áreas licitadas representam apenas 31% da área total da província. O executivo também impressionou os mais de 300 participantes do evento ao destacar a velocidade do aumento de produção (ramp-up) no pré-sal: “O ramp-up projetado é maior que o do Golfo do México e que o da Bacia de Campos”, disse. O executivo revelou que a produção no pré-sal já alcançou 130 mil barris por dia através de sete poços conectados aos sistemas de produção instalados nas Bacias de Santos e Campos.

Ao mostrar o mapa da província do pré-sal, com os sistemas de produção e dutos, sobre o mapa da cidade do Rio de Janeiro, ressaltou: “O raio de abrangência de um sistema de produção chega a 100 km2. Isso chegaria a Niterói”. Yuji destacou, ainda, a importância do escoamento da produção do pré-sal. “Em 2020, considerando que a Petrobras vai produzir cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) e o Brasil consumirá cerca de 3 milhões bpd, teremos uma grande exportação de 2 milhões de bpd. Essa produção precisa ser escoada”, disse.

Ricardo Luis Beltrão abriu sua palestra valorizando o imenso aprendizado da Companhia desde o início da exploração no pré-sal. “Já foram reduzidos os custos na área de poços de forma impressionante”, disse. Ele também ressaltou que a província do pré-sal tem uma extensão de área muito maior do que a Bacia de Campos. “E por isso, muito mais desafiadora para a área de escoamento. É preciso integração muito grande”, avaliou.

Beltrão destacou ainda que a estratégia de conteúdo nacional engloba não apenas a manufatura. “Hoje não basta que os fornecedores instalem suas fábricas aqui. Exigimos também que sua área de conhecimento fique no país, assim como seu setor de engenharia”, concluiu.