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21/09/2011 - 09:15

Mulheres têm mais dores nas costas que os homens

A maior parte das queixas de dor nas costas hoje em dia vêm do sexo feminino. Vários fatores influenciam para essa situação: uso constante de saltos altos, má postura no trabalho, falta de exercícios físicos, gravidez, doenças, estresse, entre outras condições que fazem com que a mulher esteja mais propensa a sofrer com esse tipo de problema. A modernidade e a chegada da mulher ao mercado de trabalho também contribui para esses fatores porque hoje a maioria das mulheres tem sua rotina intensificada com os cuidados com a família, filhos, trabalho (muitas trabalham em escritórios e passam o dia inteiro sentadas), além de agravantes como o uso do salto alto em atividades diárias.

As estatísticas evidenciam em mulheres um aumento na incidência de hérnias de discos e lesões da coluna relacionadas ao mercado de trabalho. O neurocirurgião especializado em coluna Marcelo Perocco explica que o uso constante do salto é muito prejudicial à coluna. O corpo humano tem um eixo que vai da cabeça ao centro da bacia, que se denomina Balance Sagital, e a utilização do salto alto favorece o desbalanço deste eixo, sobrecarregando a coluna da mulher. "Quanto maior a altura do salto, mais o quadril se pronuncia para trás, prejudicando a coluna. A curto prazo o uso de saltos pode gerar só dores lombares, mas se a coluna for exposta diariamente a esse esforço ela pode sofrer um desgaste maior, podendo gerar problemas mais graves no futuro, como uma hérnia de disco". - alerta o especialista.

Além dos fatores acima outros que afetam a coluna das mulheres são: . Estresse emocional: Ligeiramente mais comum nas mulheres a dor cervical pode ser causada por estresse emocional.

.Seios grandes: Os seios muito grandes e pesados podem contribuir para o stress na coluna causando até deformidades. Nestes casos a redução mamária precisa ser considerada.

.Ciclo menstrual: Por conta das alterações hormonais o ciclo menstrual pode causar dores nas costas, principalmente musculares.

.Osteoporose - As mulheres são muito mais propensas a desenvolver osteoporose que os homens. Os ossos femininos são naturalmente mais finos e leves e a osteoporose tem maior probabilidade de ser geneticamente transferida para a filha mulher do que para o filho homem. Microfraturas da coluna ocorrem na osteoporose, sendo a fonte de dor na coluna e no quadril.

.Fibromialgia: Muito mais comum em mulheres que em homens essa doença reumatológica acomete mulheres com dores intensas em todo o corpo.

. Artrite na coluna afeta mulheres e homens mas como as mulheres tem um esqueleto anatomicamente mais frágil, os resultados da artrite acometem mais o sexo feminino.

.- Câncer de mama e pulmão podem causar dores na coluna torácica e lombar alta, e quando aparecem dores nessa região que não estão relacionadas a esforços físicos ou traumas, estas doenças devem ser excluídas.

.Gravidez também é um fator contribuinte para o maior número de mulheres com dores nas costas, principalmente no terceiro trimestre da gestação. Muitos estudos relatam que mais de 50% das gestantes sofrem com problemas na coluna durante a gravidez. Isso ocorre pelas mudanças estruturais que acontecem no corpo feminino. Com o crescimento do bebê o centro de gravidade da gestante se desloca para frente e para compensar ela se curva para trás, causando a lordose.

Segundo o neurocirurgião Marcelo Perocco o ideal seria que cada mulher entendesse as necessidades de seu corpo, evitando situações que lhe causem dor, como o uso do salto alto por exemplo, que deve ser evitado quando possível. "A prática de exercícios físicos e fortalecimento muscular, além de uma alimentação saudável também evita problemas na coluna. E dores em períodos como a gravidez por exemplo podem ser amenizadas com exercícios leves, além de geralmente desaparecerem depois do nascimento do bebê." - finaliza o neurocirurgião.

.Perfil Dr. Marcelo Perocco Luiz da Costa: Médico pela Faculdade de Medicina Unoeste e neurocirurgião pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficencia de São Paulo; Membro Titular da Academia Brasileira de Neurocirurgia; Membro World Federation of Neurosurgical Societies; Membro SMISS - Society For Minimally Invasive Spine Surgery; Membro da Equipe de Técnicas Minimamente Invasivas para a Coluna do Hospital Abreu Sodré, AACD; Membro do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Paula, equipe do Dr. Rogerio Fabbrini; Membro do Grupo de cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral na equipe do Dr. Pil Sun Choi.

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