De olho no “boom do crédito”: brasileiros estão se endividando cada vez mais

Bancos e devedores podem chegar a um acordo.

Recentemente, dados fornecidos pelo Instituto Assaf (IA), em São Paulo, revelaram o expressivo crescimento do crédito pessoal no Brasil, que chegou a 1137% desde janeiro de 2001. Não bastasse esse número impactante, o percentual de endividamento no País também teve um crescimento significativo e atingiu a marca de 46,5%, correspondendo a um aumento de 65% em relação ao mesmo período. Tudo isso significa que acordos proporcionados pelas financeiras são essenciais contra esse vertiginoso quadro de dívidas que, muitas vezes, parecem não ter saída. À frente das referidas negociações atua a Cercred - uma das principais empresas voltadas para a área de recuperação de crédito no País – através de eventos de conciliação.

Estes eventos despontam como uma eficiente ferramenta capaz de promover um acordo rápido, vantajoso e amigável entre as partes, desobstruindo, inclusive, o judiciário, e acontecem da seguinte maneira:

- Trabalhamos em um ambiente neutro, com direito a um café colonial. Os advogados do Coimbra e Bueno, o cliente inadimplente que pediu o empréstimo e os representantes do banco são colocados frente a frente. Assim, com todas as partes envolvidas no mesmo cenário, são fechados os acordos com mais facilidade, explica Mauricio Coimbra, sócio-diretor do grupo Crecred.

Ainda de acordo com a pesquisa, os brasileiros estão consumindo mais, porém, os índices elevados de juros preocupam, mesmo diante da queda da inadimplência de pessoas físicas, constatada nos últimos meses. Para se ter uma ideia, os juros verificados em cheques especiais saltaram 10% nestes 10 anos e os índices de mercado também apresentam elevados níveis em valores anuais. Esses números só ratificam a importância dos acordos entre bancos e endividados para a manutenção do equilíbrio econômico e a continuidade da aquisição de bens, que também fazem parte deste “boom”, correspondendo a um crescimento de 672% na aquisição de veículos, por exemplo, e de 982% no uso de cartões de crédito, reportando brasileiros a elevados índices de comprometimento financeiro.