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23/09/2011 - 09:43

Produção industrial continuou fraca em agosto, informa pesquisa da CNI

Brasília – Mesmo com crescimento em relação a julho, ao registrar 54,9 pontos, a atividade industrial em agosto está abaixo do normal para o período. A utilização da capacidade instalada (UCI) efetiva em relação ao usual registrou 47,5 pontos no mês passado. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 22.09. Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 indicam evolução positiva, estoque acima do planejado ou UCI acima do usual.

A indústria operou, em média, com 76% da capacidade instalada em agosto ante 75% em julho. Segundo a pesquisa, mesmo com a tendência de elevação da atividade industrial em agosto por causa dos preparativos para a demanda do fim do ano, o crescimento na produção não foi suficiente para trazer o nível de atividade para o normal do período.

De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, além de uma expectativa de demanda menor do que o comum neste fim de ano, a indústria vem acumulando estoques indesejados desde janeiro e isso se acentuou nos últimos três meses, quando os indicadores de acúmulo de estoques superaram os 52 pontos. “Não faz sentido a produção crescer muito se ainda é preciso queimar estoques”, afirma.

Em agosto, o indicador de evolução do nível de estoques ficou em 52 pontos e os inventários permaneceram acima do planejado, ao registrar 53,6 pontos. “Sinal que a produção industrial, normalmente mais aquecida no fim de cada ano, poderá manter ritmo mais moderado de crescimento para ajustar os estoques industriais”, destaca a pesquisa.

O crescimento do emprego no setor está moderado. O indicador de evolução do número de empregados registrou 51,3 pontos, próximo da linha divisória dos 50 pontos.

Otimismo reduzido – Segundo o levantamento, o crescimento moderado da atividade industrial vem reduzindo o otimismo dos empresários para os próximos seis meses. As expectativas sobre a demanda, compras de matéria-prima e número de empregados recuaram.

O indicador de expectativas de aumento de vagas no mercado de trabalho, que registrou 51,5 pontos, se aproxima da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando manutenção no número de empregados na indústria.

O indicador de compra de matérias-primas, que recuou de 57,6 pontos em agosto para 54,8 pontos em setembro, mostra uma tendência de menor consumo de materiais. “Isso tem relação com o acúmulo de estoques indesejados. Como a produção deve reduzir o ritmo por isso, as empresas pretendem comprar menos insumos nos próximos meses”, explica Azevedo.

O indicador de demanda do mercado interno registrou 58,7 pontos. Já em relação às exportações, cujo indicador foi de 49,4 pontos em setembro, há pessimismo dos empresários.

A Sondagem Industrial foi realizada de 1º a 19 de setembro com 1.875 empresas, das quais 1.001 de pequeno porte, 602 médias e 272 grandes.

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