Barreiras comerciais prejudicam a saúde, o acesso ao esporte e à atividade física

Painel em evento da Organização Mundial do Comércio trata do impacto que as barreiras comerciais aos artigos esportivos causam à Saúde.

A Federação Internacional da Indústria de Artigos Esportivos (WFSGI, da sigla em inglês) promoveu nesta semana um seminário durante o Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. No painel “Aumentando o acesso público ao esporte por meio da abertura de mercados aos artigos esportivos”, foi abordada a necessidade de reduzir barreiras comerciais aos artigos esportivos, como calçados, acessórios e equipamentos. Os membros da OMC e Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam a necessidade de tomar responsabilidade pela Saúde, porém as barreiras comerciais bloqueiam o acesso ao esporte e às atividades físicas.

Na discussão, definiu-se que são necessárias políticas de comércio que apoiem estratégias de promoção da saúde global. Seriam, especificamente, políticas que abram mercados e que facilitem o movimento mundial dos artigos esportivos, os quais contribuem e encorajam a atividade física. “Qualquer governo seria mal aconselhado a aceitar o papel de ser sede dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo enquanto fecha suas fronteiras de comércio para a indústria global de artigos esportivos”, ponderou o grupo.

Segundo o diretor-executivo de MOVE, Gumercindo Moraes Neto, presente ao evento, nove grandes países possuem medidas protecionistas ao calçados esportivos e a China parece ser o principal alvo. “Acessórios e equipamentos esportivos estão sujeitos a medidas restritivas do comércio ao redor do mundo. Além de tudo, a indústria de artigos esportivos enfrenta as maiores tarifas comparada às outras indústrias, mas, até agora, não tivemos a oportunidade de desenvolver um forte lobby como as outras indústrias para combater estas medidas”, explica.