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24/09/2011 - 11:21

Transtornos alimentares na mulher são problemas psicológicos

Obsessão por comida ou por magreza reflete distúrbios da saúde mental; televisão é principal influenciadora na hora de escolher o que comer.

Alimentação saudável e adequada são fatores de proteção à saúde mental da mulher, de acordo com a Dra. Maria Del Rosario Alonso, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). “Os transtornos da conduta alimentar (TCA) são reflexos de problemas psiquiátricos mais profundos, sobretudo nas mulheres”, explicou a especialista durante o XV Congresso Brasileiro de Nutrologia.

Segundo a Dra. Rosario, esses problemas podem ser estressores (problemas psicológicos, alcoolismo e infecções, por exemplo), devidos a alguma vulnerabilidade biológica ou predisposição genética ou ainda resultantes de déficit nutrológico (a falta de alguns nutrientes no organismo). “Mas, além disso, podem ter relação especial com cada fase da vida da mulher”, destacou.

“Ainda na infância, é comum que as mães acabem transferindo para as filhas seus medos e preocupações relacionados à alimentação”, explicou a médica nutróloga. A criança já assimila os problemas da mãe e tende a levá-los para a vida toda. Já na adolescência, quadros de anorexia e depressão são mais comuns, devido à insegurança de muitas mulheres nessa fase com as mudanças no próprio corpo e aos cada vez mais fortes estímulos e influências sociais.

Anos mais tarde, outro problema cada vez mais comum é a substituição de algumas refeições por consumo de bebidas alcoólicas – o que os médicos nutrólogos chamam de drunkorexia. “Casos de abuso de álcool são muito frequentes em mulheres com transtornos da conduta alimentar”, comentou a Dra. Rosario.

A ortorexia nervosa também é um problema que merece atenção dos médicos. “É um transtorno que, apesar e ainda não reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, desencadeia complicações sérias nas mulheres. É aquela famosa ‘fome oculta’, com deficiências subclínicas de vitaminas e minerais”, explicou. Quanto mais avançada a idade, mais comum é o problema, pois a TCA pode afetar as mulheres na menopausa. “Um terço das mulheres idosas apresenta algum tipo de TCA”, completou.

Dietas escolhidas pela TV- Estudos recentes demonstram que 39% das mulheres adultas admitem que têm suas escolhas alimentares influenciadas pela televisão – o dobro da freqüência em homens, de 20%. “As mulheres usam a televisão para ‘aprender’ sobre dietas, novos alimentos e opções de tratamento, quando deveriam procurar orientação médica”, explica a Dra. Rosario. Essa forte influência da TV e de outros meios de comunicação é ainda mais perigosa para mulheres com TCA. A mulher que tem algum transtorno alimentar dificilmente percebe isso sozinha, precisa de preciso diagnóstico médico. “Enquanto isso, sua compulsão, seja por comida, bebida ou ausência de alimentação, leva a comportamentos cada vez mais nocivos à saúde”.

Perfil-A ABRAN é uma entidade médica científica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Fundada em 1973, dedica-se ao estudo de nutrientes dos alimentos, decisivos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da maior parte das doenças que afetam o ser humano, a maior parte de origem nutricional. Reúne mais de 3.200 médicos nutrólogos associados, que atuam no desenvolvimento e atualização científica em prol do bem estar nutricional, físico, social e mental da população.

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