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24/09/2011 - 11:21

FAE anuncia vencedores do I Prêmio Desafios do Milênio


Premiados na categoria Saúde

Como contribuir de forma direta para construir um mundo melhor? Essa é a tradução do objetivo do I Prêmio Desafios do Milênio, criado pela FAE para promover a interdisciplinaridade, gerar debates e apresentar soluções inovadoras para os principais Desafios do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os desafios de mobilidade, habitação, energia, saúde e inclusão foram temas de pesquisa, dedicação, trabalho e coroação de alunos e professores da FAE, que tiveram cinco meses para a elaboração dos projetos. Dezenas de projetos foram encaminhadas e 24 deles foram escolhidos, após avaliação técnica do Instituto HSBC de Solidariedade.

Os trabalhos finalistas foram apresentados junto com cases reais e iniciativas de sucesso em cada uma das cinco áreas propostas, na Praça de Eventos da 11ª Feira de Gestão, nos dias 20, 21 e 22 de setembro. Após a visita dos jurados, o público também pôde votar.

Participaram da comissão julgadora o vice-governador Flávio Arns, jornalistas, personalidades locais e representantes das empresas patrocinadoras. As equipes vencedoras receberam, além do troféu Prêmio FAE Desafios do Milênio, uma viagem para imersão, de cinco dias, para Siena College, localizada em Nova Iorque (EUA). Além disso, os projetos serão apresentados no Shopping Palladium, durante o período de 23 a 27 de setembro, e posterior exposição em outras unidades da FAE.

A revista eletrônica Desafios do Milênio FAE traz um resumo de todos os trabalhos finalistas, no endereço: http://www2.fae.edu/feiradegestao2011/edicao2011/internas.vm?id=33148662 .

Energia- A ideia de Julian Kurzawscki Modro (graduando de Engenharia de Produção da FAE), com o trabalho "Remanufatura: uma nova fronteira para a produção sustentável", foi a vencedora do concurso. Orientado pelo professor Francisco Ferraes Neto, o projeto prevê a utilização de matéria-prima reciclada no setor industrial.

Para o estudante, a sociedade de consumo enfrenta o dilema de manter o crescimento sem esgotar os recursos naturais. "O desenvolvimento sustentável apresenta duas grandes necessidades: a utilização de energia limpa e matérias-primas renováveis e, neste cenário, a remanufatura gera diminuição do impacto ambiental causado pelas indústrias", justifica.

A remanufatura consiste em desmontar um produto tanto quanto necessário para consertá-lo e utilizar partes para montar um novo produto, remanufaturado, mantendo as mesmas características e capacidades de um novo. "Ela utiliza menos recursos naturais e energia nos processos, adiciona valor aos produtos usados que serão reaproveitados, e gera economia na fabricação e para o consumidor final", acrescenta o estudante.

Em relação aos benefícios do processo, a remanufatura utiliza em média 50% da energia e 67% do trabalho dispendidos para fabricação de um produto novo - e o custo final para o consumidor varia de 45% a 60% do preço de um novo.

Habitação- Os alunos do curso de Administração Ingrid Ferraz, Jéssica Ansolin e Daniel Menoncin, foram premiados com o projeto "Comunidade Modelo", orientado pela professora Elizabeth Lopes. O trabalho agrega várias ações sustentáveis simples e viáveis em qualquer lugar do Brasil e do mundo, para a melhoria da qualidade de vida da população. Segundo a estudante do segundo ano de Administração, Ingrid Ferraz, inicialmente, as modificações seriam aplicadas no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, para depois serem levadas a outras localidades.

A comunidade modelo é pensada também a partir de outros Desafios do Milênio da ONU. O projeto, preocupado com a miséria e a fome, utilizaria terrenos baldios para o plantio de hortas, que seriam mantidas por membros da comunidade capacitados pela Fundação de Ação Social (FAS), da Prefeitura Municipal de Curitiba. Outro exemplo é a ligação entre habitação e o desafio da igualdade de gêneros: seriam formadas cooperativas femininas para o trabalho com compostagem e triagem de lixo reciclável, gerando renda e contribuindo com a diminuição de lixo na comunidade.

Telhado de grama (para horta e absorção da água da chuva), piso feito de pneu reciclado e calha à base de garrafa pet (utilizada para acumular água da chuva para limpeza e consumo) também estão entre o padrão arquitetônico dos domicílios propostos. "Essas modificações simples podem diminuir a incidência de alagamentos, doenças transmissíveis pela água e colaborar com a estética da comunidade e melhora do bem-estar", completa Ingrid.

Saúde- O projeto "Implantação de um Banco de Sangue no Hospital e Maternidade São José dos Pinhais" foi o vencedor da categoria Saúde. Desenvolvido pelos estudantes do curso de Administração Leonardo Teruhiko Masuoka e Emmanuelle do Rocio Koerbel e pela pós-graduanda em Gestão do Negócio do Esporte e Turismo, Tauana Lissa Tokumi, o trabalho teve a orientação da professora Solídia Elizabeth dos Santos.

Tauana explica que a necessidade da criação de mais uma unidade de coleta de sangue no Paraná surgiu pela constatação do potencial da cidade de São José dos Pinhais em atender municípios vizinhos. "Esse novo posto de coleta serviria também para desafogar o atendimento centralizado, e único, em Curitiba, que hoje é feito exclusivamente pelo Hemepar", diz.

A ideia foi bem aceita pela população da cidade vizinha da capital paranaense. Pesquisa realizada pela equipe de estudantes mostra que 56% dos moradores de São José dos Pinhais doariam sangue caso houvesse um hospital na região que realizasse a coleta.

Inclusão- A professora Solídia Elizabeth dos Santos também foi orientadora do trabalho "Criação de uma Cooperativa Agrícola na comunidade da Macieira", das estudantes de Economia Natália Gallo e Luma Vidal Heinhardt, vencedor da categoria Inclusão. O objetivo do projeto é criar uma cooperativa agrícola na Macieira, região localizada em Bocaiúva do Sul, para a venda de produtos orgânicos.

De acordo com o trabalho, atualmente, as 131 famílias que moram na localidade não produzem o suficiente para vender em grande escala, diretamente para uma distribuidora, como o Ceasa. Isso acarreta na venda da produção a terceiros, por um preço baixo.

O grupo, que já trabalha na comunidade há cinco anos, tinha como foco as crianças. Estudantes de 5º a 8º série dividiam uma mesma sala, antes do grupo construir uma nova escola na comunidade. Segundo Natália, agora eles direcionam as atenções para os adultos. "Queríamos fazer algo para que eles pudessem se desenvolver sozinhos", ressalta.

Além de se tornarem parte de uma cooperativa, os moradores farão cursos sobre sustentabilidade e agronomia, e terão acesso a serviços de saúde, prestados por ONGs conveniadas ao projeto. Os estudantes pretendem também oferecer apoio jurídico e contábil na abertura do negócio.

Mobilidade- Com a orientação da professora Evelin Lucht, o acadêmico de Economia Marcelo Ling Posta foi o vencedor da categoria Mobilidade, com o projeto "Eu curto Carona: combine caronas pelo Facebook".

Trata-se da proposta de criação de um aplicativo no site de relacionamentos pessoais onde os usuários podem marcar encontros com o objetivo de utilizar a capacidade máxima de um veículo, fazendo com que outros carros não sejam utilizados simultaneamente. "Além de contribuir diretamente com a solução dos problemas de mobilidade na cidade, a carona ajudaria a diminuir a emissão de poluentes, levando em consideração que um número menor de carros estaria em circulação", justifica o estudante.

Artigos e Disciplina- O I Prêmio Desafios do Milênio coroou também os três melhores artigos, criados por estudantes da pós-graduação e mestrado da instituição. Os vencedores foram: Leopoldo Magno Guimarães (Políticas públicas e sustentabilidade na moradia popular), Marília Azevedo Bassan (Mobilidade sustentável como desafio do milênio) e Daniela Ribeiro Coutinho (Transição demográfica e epidemiológica: desafios para a saúde no Brasil).

Já o professor Luís André Fumagalli foi premiado pela criação da disciplina "Processos Estratégicos de Desenvolvimento Sustentável", que será oferecida em 2012 para alunos da graduação, pós-graduação e mestrado da FAE, como disciplina optativa de 36 horas/aula.

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