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30/09/2011 - 09:44

Atividade industrial surpreende e sobe 0,8% em agosto

Apesar de alta inesperada, previsão para a indústria até o fim do ano é de acomodação, afirma diretor-titular-adjunto de economia da Fiesp .

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista cresceu 0,8% em agosto sobre julho, na série com ajuste sazonal. Sem o ajuste, o índice avançou 6,1% na comparação com o mês anterior, informou nesta quinta-feira (29) Walter Sacca, diretor-titular-adjunto do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp.

“Em agosto nós apresentamos um crescimento contrariando o que falamos no mês passado: que não esperávamos coisa muito brilhante na evolução do INA para esse mês”, afirmou Sacca, embora tenha mantido perspectiva de acomodação da atividade até o fim de 2011.

O destaque foi a alta de 2,6% do componente de vendas reais. Entre janeiro de 2010 e agosto de 2011, o item apresentou um incremento de 14,5%. Os motivos de crescimento das vendas, no entanto, podem ser o aumento da participação da produção importada no movimento de vendas domésticas.

“Há bastante força na suposição de que essa exuberância de mercado não tenha uma ligação muito grande com a exuberância da produção industrial, mas sim tenha um componente de produtos importados maior do que havia no passado”, explicou Sacca.

No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi de 3,1%. De janeiro a agosto de 2011 o índice acumula variação positiva de 2,6% em relação ao mesmo período de 2010 sem ajuste sazonal.

Apesar da melhora, a expectativa para o final de 2011 continua sendo de perda de ritmo da produção. “A gente mantém um quadro de perspectiva de arrefecimento na atividade industrial no final desse ano”, afirmou Sacca, acrescentando que depois da recuperação no desempenho acumulado, “não há muito brilho.”

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) registrou ligeira alta na série livre de influência sazonal, de 83 em julho para 84,1 em agosto. Na comparação com agosto do ano passado, o componente se manteve praticamente estável.

Dos setores avaliados pela pesquisa, destacam-se os ganhos em:

Metalurgia básica, com expansão de 1,2% sobre julho com ajuste sazonal, embora o resultado não seja capaz de compensar a queda de 4,8% acumulada pelo indicador ente junho e julho; Produtos minerais não metálicos, com aumento de 1,5% em agosto contra julho com ajuste sazonal. No universo das quedas, o componente de celulose, papel e produção de papel registrou baixa de 0,9% em agosto versus julho com ajuste sazonal.

Expectativa -A percepção dos empresários com relação ao cenário econômico em setembro, medida pelo Sensor Fiesp, ficou em 48,9 em setembro contra 48,5 em agosto. Abaixo de 50, a medição indica uma tendência negativa. “Mas tem estabilidade porque no mês passado já estava abaixo dessa pontuação”, reforçou Sacca.

A apuração de setembro registrou estoque a 38,1 pontos ante 42,9 no mês anterior, sugerindo acumulo das reservas. Este é o pior nível desde o abril de 2009, quando chegou a 34,7.

Câmbio -Walter Sacca avalia que o atual patamar do dólar trará mais ganhos do que perdas para a indústria no longo prazo.

“Infelizmente tudo na vida tem um lado positivo e um lado negativo. Dentro do panorama da macroeconomia e dentro do dinamismo do mercado global todas as mudanças bruscas podem deixar algum respingo negativo, mas os efeitos de médio e longo prazo sem duvida deverão ser muito mais positivos para a indústria de transformação.”

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