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05/10/2011 - 09:58

Banco Central do Brasil - O Leviatã Ibérico: Uma Interpretação do Brasil Contemporâneo


O cientista político Eduardo Raposo interpreta o Brasil através de uma análise político-social do Banco Central. Publicação da Hucitec/PUC-Rio traz entrevistas inéditas com ex-presidentes do Banco Central.

Uma interpretação do Brasil a partir da análise do Banco Central e de sua história. No livro Banco Central do Brasil O Leviatã Ibérico – Uma Interpretação do Brasil Contemporâneo, Eduardo Raposo responde a uma série de indagações da sociedade brasileira sobre uma instituição que ocupa as páginas dos noticiários há muitos anos. Sem correspondente no mercado editorial brasileiro, o livro, editado em parceria pelas Editoras Hucitec e PUC-Rio, não trata propriamente das atividades econômicas do Banco Central - responsável pela saúde da moeda nacional - em sentido estrito, mas de sua dimensão política.

A publicação apresenta a pré-história do Banco Central, desde a fundação do Banco do Brasil, em 1808, que passou a desempenhar funções de controle da atividade monetária, passando pela criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), instituída por decreto-lei de fevereiro de 1945, até a criação do Banco Central do Brasil no governo de Castelo Branco, e sua reformulação no contexto da criação do Plano Real nos governos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso.

A análise agrega fatos econômicos e políticos, expressando a convicção que não se pode dissociar estas duas dimensões quando se examina uma instituição pública com a importância de um banco central. O cientista político Eduardo Raposo defende a tese de que a estabilidade da moeda depende, para além do equilíbrio das contas públicas e da autonomia do Banco Central, da estabilidade política e institucional do próprio Banco Central. Para fazer esse mapeamento das visões e impasses da instituição, traçados ao longo do livro, o autor realizou inúmeras pesquisas e entrevistas com ex-presidentes do BC, como Fernão Bracher, Ibrahim Eris, Gustavo Franco, Francisco Gros, entre outros.

A paradoxal expressão “Leviatã Ibérico”, que dá título ao livro, se refere à cultura híbrida em meio da qual tanto a Sumoc quanto o Banco Central do Brasil se formaram. “Apesar de serem portadoras de uma racionalidade econômica, legal e contratual, vinda de seu contato com os temas da modernidade e de lutarem por suas autonomias e por suas liberdades operacionais para controlar os instrumentos e as políticas consideradas necessárias para atingir seus objetivos, essas instituições não poderiam deixar de compartilhar das tradições hierárquicas e corporativas que também fazem parte da formação social e institucional brasileira”, explica Raposo, que ainda completa: “O moderno Banco Central do Brasil, composto por técnicos admitidos por concurso e que agem com relativa autonomia se vê, também, prisioneiro das características corporativas da formação social brasileira, configurando nosso hibridismo institucional, marca da civilização brasileira”.

Perfil-Eduardo Raposo é professor e pes­quisador do Departamento de So­ciologia e Política da Pontifícia Uni­­ver­sidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) há 22 anos, onde foi diretor, tendo coordenado a implantação do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Sociais. É mestre e doutor em Ciência Política. Estudou no Ins­ti­tuto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e no Instituto de Estudos Políticos de Paris (IEP) da Fon­dation Nationale des Sciences Politi­ques (SciencesPo), para onde retor­nou no mês de dezembro de 1998 como professor convidado. Foi pes­quisador da Fundação Getúlio Vargas do Rio (FGV) por nove anos e entre suas principais publicações, desta­cam-se: O Nordeste e a política – diá­logos com José Américo de Almeida (em parceria com Aspásia Camargo); 1964 – 30 anos depois (org.); 1930 – Seis versões e uma revolução; O pensa­mento político de Max Weber e as concepções weberianas da socie­dade brasileira; Instituições fortes, moeda estável e Banco Central do Brasil Autô­nomo (em parceria com Yuri Kasahara).

.[Diretoras: Hucitec e PUC-Rio; 292 Páginas; Série Estudos Brasileiros, Nova Fase, Versão 3 com temas: Banco do Brasil;Instituições financeiras,; Política governamental; Preço sugerido: R$ 48].

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