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05/10/2011 - 10:25

Brasil apresenta baixo alinhamento do ensino com necessidades de mercado, aponta relatório da BRAiN

O Brasil é a maior economia mundial com bônus demográfico – crescimento esperado da oferta de mão de obra maior que a demanda prevista para o mercado de trabalho. No entanto, há desafios a superar do ponto de vista da formação, como, por exemplo, um baixo alinhamento do ensino às necessidades do mercado de trabalho e uma aderência do ensino de línguas inferior à da maioria dos países emergentes. Essas são algumas das conclusões do relatório “Talentos e Capital Humano para o Polo de Investimentos e Negócios no Brasil”, que está sendo lançado pela BRAiN – Brasil Investimentos e Negócios.

O Relatório, um levantamento propositivo e detalhado de mais de 90 páginas, mostra que a diferença entre oferta e demanda de trabalhadores no decênio 2010-2020 deverá ser positiva, de 1,6% no Brasil; nos Estados Unidos, o gap deverá ser negativo, de 0,6% - o que significa que pode haver déficit de mão de obra; na Rússia, também será negativa (0,6%). E, nos países da Ásia a situação será ainda mais grave, com uma escassez de mão de obra prevista de 1,7% na China, de 2,3% no Japão e de 2,6% na Coréia do Sul.

Já no que diz respeito ao alinhamento do ensino às necessidades de mercado, o Brasil enfrenta um desafio: está o nível 4, ao lado de países como Peru, China e México, mas abaixo de Chile, Argentina e Índia, por exemplo.

Alinhamento do Ensino às Necessidades de Mercado: .[Fonte: Relatório “Talentos e Capital Humano para o Polo de Investimentos e Negócios no Brasil” (BRAiN)].

O relatório mostra ainda que, na comparação com outros países emergentes, o ensino de idiomas no Brasil é um dos menos aderentes às necessidades de mercado, em situação inferior à de todos os demais BRICs, ficando abaixo das necessidades na opinião de 43% dos empresários que atuam no País. Essa situação se agrava considerando o baixo nível de intercâmbio internacional de pessoas em idade escolar. Os dados, relativos a 2006, mostram que o País ficou à frente somente de México e Argentina e bem abaixo de países Chile, Japão e Estados Unidos.

Alinhamento do Ensino de Idiomas às Necessidades de Mercado : .[Fonte: Relatório “Talentos e Capital Humano para o Polo de Investimentos e Negócios no Brasil” (BRAiN)].

Satisfação de executivos nacionais com a capacidade de trabalhadores brasileiros em idiomas estrangeiros: .[Fonte: Relatório “Talentos e Capital Humano para o Polo de Investimentos e Negócios no Brasil” (BRAiN), a partir de dados do IMD].

Por conta da dificuldade de formação de talentos e do baixo alinhamento às necessidades de mercado, tem aumentado o índice de empresários que avaliam a possibilidade de recorrer ao recrutamento internacional: se, em 2007, 20% dos empresários da América Latina consideravam essa possibilidade, para o período 2010-2015 o porcentual sobe para 60%, acima da média global (57%).

O relatório Talentos e Capital Humano para o Polo de Investimentos e Negócios no Brasil avalia, ainda, outros aspectos da formação de talentos para a atratividade do País, tais como Qualidade e Quantidade de Educação, Demografia, Formação de Pessoas (investimentos como proporção do PIB, por exemplo) e Circulação de Talentos.

Perfil BRAiN- Lançada em março de 2010, a BRAiN – Brasil Investimentos & Negócios – é uma entidade multissetorial de caráter privado que tem como objetivo articular e catalisar a consolidação do Brasil como polo internacional de investimentos e negócios, com foco regional na América Latina, mas com projeção e conexões globais.

A BRAiN conta com 13 associados: ANBIMA, BM&FBovespa, Febraban, Fecomercio-SP, Banco Bradesco, Banco do Brasil, Banco Santander, Banco Votorantim, BTG Pactual, CETIP, Citibank, HSBC e Itaú-Unibanco.

A missão da entidade é criar um ambiente favorável e sustentável para transformar o Brasil em um polo internacional de investimentos e negócios.

Estudos e Relatórios-Como forma de cumprir seus objetivos, a BRAiN já desenvolveu dois outros levantamentos sobre a competitividade do Brasil e da América Latina. O primeiro relatório, “O Brasil como um dos polos da nova rede de negócios da América Latina”, reúne, de maneira resumida, os ganhos que o país terá com a estruturação de um polo no Brasil e a visão da entidade sobre como o trabalho deve ser direcionado. O segundo estudo, “Atratividade do Brasil como Polo Internacional de Investimentos e Negócios”, identifica e detalha sete pilares considerados fundamentais para que uma determinada região possa assumir o papel de polo de investimentos e negócios: ambiente macroeconômico, ambiente institucional, talentos e capital humano, infraestrutura física, infraestrutura financeira, conectividade e imagem do País. [www.brainbrasil.org].

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