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05/10/2011 - 10:45

Sementes de mamona da Embrapa são distribuídas para agricultores familiares do Programa Petrobras Biocombustível

A Embrapa Transferência de Tecnologia, unidade da Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, iniciou a entrega de 340 toneladas de sementes de mamona das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu aos agricultores familiares do Programa Petrobrás Biodiesel. A distribuição deve ser finalizada em janeiro de 2012 e integra as ações do Programa Petrobrás Biocombustível (PBio), que atenderá aproximadamente 70.000 famílias, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, do Governo Federal.

Da mamona, aproveita-se quase tudo, já que o óleo extraído de suas sementes é matéria-prima para a fabricação de produtos elaborados como biodiesel, plásticos, fibras sintéticas, esmaltes, resinas, lubrificantes e próteses. Como subproduto da industrialização da mamona, obtém-se a torta, que possui a capacidade de restaurar terras esgotadas. Por tudo isso, esse vegetal, que não entra na cadeia alimentícia, pode ser considerado um “petróleo verde”. Com a mistura compulsória de biodiesel no combustível diesel, a mamona foi um dos produtos escolhidos pelo Governo Federal como uma das matérias-primas prioritárias do programa biodiesel devido à geração de emprego e renda em regiões pouco favorecidas do país, como é o caso do Nordeste, uma vez que essa cultura envolve uma grande parte de agricultores familiares.

Assim, a produção de mamona surge como alternativa de renda agrícola para o semiárido nordestino por ser uma cultura resistente à seca e por absorver forçar de trabalho familiar, gerando emprego permanente e desenvolvimento social. Essa ação na região do semiárido nordestino ganha ainda mais relevância social quando observado que cerca de 50% dos estabelecimentos da agricultura familiar estão nessa Região, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA.

De acordo com dados da Conab de 2011, a produtividade média nacional da mamona está em torno de 644 kg/ha e a safra 2010/2011 aponta uma produção de 142,3 mil toneladas. Essa baixa produtividade observada no País deve-se, em partes, ao uso de sementes de baixa qualidade que são multiplicadas pelos próprios agricultores. Essa prática aumenta a heterogeneidade da espécie e geralmente apresenta baixa produtividade.

Para a solução desse problema, o programa Petrobrás Biocombustível distribuirá aos agricultores uma média de cinco quilos (suficiente para o plantio de um hectare) de sementes das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu, ambas desenvolvidas pela Embrapa. O programa ainda oferecerá Assistência Técnica e compra garantida, por meio de contrato com as cooperativas de produtores. Depois que a Petrobrás adquirir o óleo bruto de mamona diretamente de agricultores familiares, realizará o pré-tratamento na unidade de Candeias na Bahia e o transformará em óleo refinado.

As cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu foram selecionadas para a região do semiárido brasileira e têm potencialidade para diferentes ecossistemas que utilizam plantio e colheita manual, baixo uso de insumos e precipitações adequadas ao desenvolvimento da planta (pelo menos 500 mm). A produtividade média é de 1.500 kg/ha em sequeiro e pode ser cultivada em monocultivo ou consorciada com culturas como feijão, amendoim e outras, o que potencializa o uso agrícola da terra.

A produção das sementes de mamona destinadas ao PBio foi coordenada pelo Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campina Grande – PB e a distribuição aos agricultores familiares será feita por intermédio da Petrobras. |. Isaac Leandro de Almeida e Lucas Tadeu Ferreira |. Colaboração de Daniel Ferreira (EN/Campina Grande).

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