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07/10/2011 - 10:57

Sociedade Brasileira de Hipertensão alerta para avaliação 24 horas

Seguindo a recomendação da BHS – Sociedade Britânica de Hipertensão, que publicou na Nice e Lancet estudo sobre a medição da pressão ao longo do dia, SBH recomenda a avaliação da pressão arterial fora do consultório, complementando o diagnóstico de risco mais preciso.

Para a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) é fundamental identificar individuos com risco cardiovascular elevado. No entanto, a medição da pressão em consultório, mesmo realizada com técnica apropriada, pode superestimar a pressão do paciente, o que é conhecida como hipertensão do avental branco, da mesma maneira que ela pode subestimar os valores, ou apresentar a hipertensão mascarada.

Segundo a Diretriz Brasileira, o indivíduo é considerado hipertenso a partir da medição 14x9. O diagnóstico da hipertensão é feito a partir da medida da pressão arterial e deve ser realizada por toda avaliação de saúde, por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais de saúde devidamente capacitados. Isso é fundamental não apenas para o diagnóstico, mas também para o acompanhamento do tratamento da pressão arterial. Na Inglaterra, a nova Diretriz da Sociedade Britânica de Hipertensão recomenda a medição 24 horas como novo procedimento para o diagnóstico mais correto.

“Nunca pensamos que a presença do médico fosse capaz de elevar tanto a pressão arterial das pessoas. Em algumas pessoas, existe a elevação da pressão, ou a pressão do avental branco. Temos ainda a situação oposta, que é a hipertensão mascarada, quando dentro do consultório a pressão dele é normal e fora do consultório a pressão é elevada, sendo ainda mais grave”, comenta Décio Mion, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

Na Liga de hipertensão do Hospital das Clínicas em São Paulo, ao avaliar 183 pacientes sob placebo, ao comparar as medidas de pressão de consultório com a pressão ambulatorial, temos 22% de normotensos, 46% hipertensão, 20% hipertensão do avental branco e 12% hipertensão mascarada. Sendo que as medidas obtidas pelo médico comparadas com as medidas feitas pelas enfermeiras ou pelo paciente são sempre maiores, comprovando o efeito do médico na medição da pressão arterial.

Hoje não temos apenas duas opções de diagnóstico e sim quatro quadros de diagnósticos possíveis. Por isso, a medição da pressão ambulatorial e em casa auxiliam no correto diagnóstico, e os médicos deveriam considerar sempre que possível a MAPA (medição 24 horas em ambulatório) e a MRPA (medida em casa).

O risco da hipertensão mascarada é o mesmo que o risco da hpertensão mantida, ou seja, existe uma massa importante de pacientes hipertensos diagnosticados como normotensos, acarretando em um elevado risco de incidência cardiovascular.

De acordo com o Dublin Study, que analisou o risco de mortalidade cardiovascular em cinco anos e comparou a medida de pressão em consultório e em ambulatório, mostrou que a MAPA mostra uma melhor correlação com risco cardiovascular do que as medidas realizadas em consultório.

Dentro os parâmetros obtidos pelos três métodos, (medida em consultório, ambulatório e residencial), a MAPA tem os melhores dados para analisar, por apresentarem maiores índices de correlação ao diagnóstico, lesão em órgãos alvos e prognóstico cardiovascular.

Estudo Pamela, que mediu mais de 2.000 pessoas, mostra que o risco cardiovascular aumenta a medida em que o indivíduo tem um, dois ou três dos exames (consultório, casa, MAPA) alterado. Por isso, o conjunto das três avaliações é fundamental, mas segundo pesquisa do Datafolha com médicos das Sociedades afins, os profissinais indicam para somente 28% o exame da MAPA, em situações para conferir se o aumento da pressão é somente no consultório e para avaliar o efeito da medicação. Sendo que 68% recomendam medir fora do consultório, sendo que o nefrologista é quem mais indica a medição da pressão fora do consultório.

Novo equipamento de medição 24 horas -Entre as novidades do Congresso Brasileiro de Hipertensão, foi apresentado o CardioMapa, equipamento que reune o Holter (monitoração eletorcardiográfica do coração) e a MAPA, que faz a medição da pressão arterial. Assim, em um único equipamento é possível estudar as alterações eletrocardiográficas associadas ou não a sintomas, diagnóstico de arritmias, e avaliação terapêutica do coração. Além da avaliação da pressão arterial ambulatorial antes e durante o tratamento. O uso é recomendado para pacientes com as duas indicações isoladamente ou tem necessidade da realização dos dois exames simultaneamente.

Hipertensão Arterial -Dados do Ministério da Saúde apontam que a hipertensão atinge mais de 50% na terceira idade, está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, e é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal termina.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), inclusive a hipertensão, são responsáveis por 59% dos óbitos no mundo, chegando a 75% das mortes nos países das Américas e Caribe. No caso do Brasil, 62,8% do total de mortes por causas conhecidas, em 2004, estavam relacionadas à DNT. [www.sbh.org.br].

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