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25/08/2007 - 10:04

Odebrecht diz que consórcio com Furnas tem espaço para fundos

Rio de Janeiro- O consórcio que reúne Odebrecht e Furnas para disputar a primeira hidrelétrica do rio Madeira, a Santo Antônio, em Rondônia, está disposto a abrir espaço para fundos de pensão e BNDESPar, se vencer o leilão marcado para outubro.

Segundo o diretor de Investimentos em Infra-estrutura da empreiteira, Irineu Meireles, a BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverá entrar no empreendimento somente após o leilão, "para não desequilibrar", com uma fatia de 15 por cento.

Outros sócios estratégicos, Santander e Banif, já confirmaram presença no consórcio, segundo Meireles, com uma fatia de 20 por cento por meio de um fundo de investimento que será aberto também à entrada de outros sócios, "possivelmente os fundos de pensão", explicou o executivo da Odebrecht.

"Não temos obrigatoriedade de estar no controle, mas ainda estamos estudando (a particpação de cada investidor), só vamos poder tomar as decisões quando sair o edital", disse Meireles.

Incialmente, a Odebrecht teria 51 por cento do projeto de Santo Antonio e Furnas, 49 por cento. As duas empresas iniciaram os estudos para a construção das duas hidrelétricas do complexo do rio Madeira em 2001 e possuem um contrato que garantia Furnas como única estatal que disputaria a obra.

Orçada em cerca de 10 bilhões de reais, Santo Antônio terá capacidade para gerar 3.100 megawatts a partir de 2012. A segunda unidade, Jirau, com leilão previsto para 2008, irá gerar mais 3.350 MW.

Para viabilizar o leilão, no entanto, o consórcio abriu mão da exclusividade e todas as estatais poderão se associar a outras companhias privadas.

"Estamos acabando de ajustar com o governo o que foi dito pelo ministro (interino de Minas e Energia, Nelson Hubner), de que as outras (estatais) possam fazer parceiras...se o problema para a continuidade do leilão é essa, concordamos, para que não haja interrupção no programado", afirmou o executivo.

Sem limite - Já a limitação de 20 por cento para a participação das construtoras e fabricantes de equipamentos nos consórcios, proposto pelo Ministério de Minas e Energia, não será aceita tão facilmente se permanecer no edital do leilão, previsto para ser publicado em setembro.

"É um negócio inusitado esse do público interferir no percentual de participação privada. Quem tem que definir a estratégia de quanto vai participar, se tem ou nao apetite, é o privado", disse Meireles.

"O mercado inteiro está estranhando essa limitação, é restritiva, direciona a venda, tira a isonomia da competição", complementou.

Segundo o executivo, esses e outros argumentos contra o limite de 20 por cento foram encaminhados pelo consórcio à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja audiência pública sobre o edital de venda da usina termina nesta sexta-feira.

Ele afirmou que não faz sentido a justificativa do Ministério de Minas e Energia de que as construtoras e vendedoras de equipamentos elevariam o preço da tarifa no leilão. "Se quem estiver com uma construtora apresentar preço mais caro, perde para quem não tem construtora", lembrou.

A Aneel informou que a audiência pública sobre a usina de Santo Antônio termina no fim do dia e as contribuições podem ser enviadas até a meia-noite desta sexta-feira. O material será reunido e na próxima semana será consolidado para a elaboração do edital previsto para setembro.

Outra consulta pública, feita pelo Ministério de Minas e Energia, que defende a limitação da participação de construtoras e fabricantes de equipamentos, terminou no dia 17 e até o momento não foi divulgada, segundo a assessoria do ministério.| Por: Denise Luna/Reuters.

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