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14/10/2011 - 14:46

Análise LCA: vendas do varejo deverão crescer 6,8% em 2011 e 6% em 2012, após alta de 10,9% em 2010

Segundo o IBGE, em agosto o volume de vendas do comércio varejista restrito (que não inclui veículos, peças e material de construção) superou em 6,2% o do mesmo mês de 2010. Descontadas as influências sazonais, as vendas recuaram 0,4% na comparação marginal. Dessa forma, o indicador devolveu parte da forte elevação observada entre junho e julho (+1,2%, na série dessazonalizada).

Os resultados ficaram abaixo das medianas das expectativas do mercado (+6,9% YoY e -0,1% MoM, segundo a Bloomberg, e +6,85% YoY e -0,1% MoM segundo a Agência Estado) e das estimativas da LCA (+7,7% YoY e +0,3% MoM).

Dos oito segmentos da pesquisa, seis apresentaram variação negativa na margem. O volume de vendas do segmento de Tecidos, vestuário e calçados apresentou o pior resultado: -2,8% ante julho, após retração de 3,4% no mês anterior.

O grupo de Hipermercados, supermercado e produtos alimentícios apresentou queda de 0,1% na margem, ante alta de 1,6% em julho. As vendas de Móveis e eletrodomésticos também apresentaram pequena retração (-0,4%), após expressivo crescimento no mês anterior (+1,4%).

A forte alta do grupo de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+7,3%) compensou parcialmente o resultado negativo dos demais setores (após ter recuado 12,4% na passagem de junho para julho). Apesar da alta volatilidade na margem, o segmento segue com crescimento robusto em relação a 2010 (alta de 25,3% ante agosto do ano passado).

O volume de vendas do comércio ampliado apresentou queda ainda mais expressiva, de -2,3% entre julho e agosto. As vendas de Veículos, motos, partes e peças recuaram 4,6% no mês. Dados da Fenabrave mostram que os licenciamentos de automóveis e comerciais leves também apresentaram resultado fraco em setembro (queda de 1,6%, de acordo com dados dessazonalizados pela LCA). As vendas do segmento de Material de Construção caíram 2% em agosto.

Perspectivas-Apesar da alta volatilidade dos dados, o resultado fraco das vendas do comércio de agosto está alinhado com o comportamento relativamente negativo dos principais condicionantes do consumo.

Embora as concessões de crédito sigam em expansão, as condições de crédito têm apresentado piora contínua na margem, com elevação de juros (puxada pelos spreads bancários) e prazos em nível inferior ao verificado em 2010.

Os dados de geração de empregos do Caged e da PME também apontam um esfriamento do mercado de trabalho, embora a pesquisa do IBGE ainda indique que os ganhos salariais seguem elevados e que a taxa de desemprego permanece em nível bastante baixo. Ao mesmo tempo, os índices de confiança do consumidor calculados pela FGV e pela Fecomercio têm mostrado redução na margem, embora sigam ainda em patamares historicamente elevados.

Em razão do resultado abaixo do esperado, a LCA altera de 7% para 6,8% a previsão para o volume de vendas do varejo restrito de 2011 (ante alta de 10,9% em 2010). Para 2012, a LCA mantém a projeção de crescimento de 6%.

LCA -Presente no mercado há 16 anos, a LCA é uma das mais respeitadas e atuantes consultorias econômicas do país. Com uma equipe de mais de 60 especialistas em economia, conta com ampla experiência em inteligência de mercados, economia do direito, investimentos e finanças corporativas, análises macroeconômicas e políticas. Além da expressiva atuação nacional, hoje a LCA atende clientes internacionais e já exportou sua tecnologia e produtos para mais de dez países da Europa, Américas e Ásia.

Entre os clientes da LCA estão empresas líderes de bens de consumo e de produção, players de destaque nos serviços e no varejo, os principais escritórios de advocacia, bancos, instituições financeiras e grandes investidores em infraestrutura.

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