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15/10/2011 - 08:11

O Instituto Paulo Gontijo anuncia ganhador do III Prêmio PG de Medicina Internacional

Vencedor receberá o prêmio e apresentará seu trabalho durante a abertura do 22nd International Symposium em Sydney, em novembro, na Austrália.

O pesquisador da Universidade da Pensilvânia, Dr. Aaron Gitler, é o vencedor da 3a. Edição do Prêmio PG de Medicina Internacional, promovido pelo Instituto Paulo Gontijo, instituição idealizada pelo físico e engenheiro Paulo Gontijo que tem o objetivo de fomentar o estudo da ciência e contribuir com a humanidade no desenvolvimento do conhecimento na área da saúde. O estudo intitulado - Ataxin-2 intermediate-length polyglutamine expansions are associated with increased risk for ALS, aborda a questão da ataxina 2 (ATXN2), uma proteína poliglutaminas (polyQ) mutado em SCA2, um modificador potente de TDP-43 em toxicidade modelos animais e celulares que estão associados com o risco aumentado de ELA.

Para o Dr. Aaron Gitler, foi um imenso prazer receber o prêmio, principalmente pela qualidade dos candidatos e das pesquisas apresentadas. “Estou muito feliz e honrado por ter ganho este prêmio, principalmente quando se leva em consideração a qualidade dos outros pesquisadores, em todo o mundo, renomados dedicada a ELA. É, realmente, um grande privilégio”, afirma Gitler.

O vencedor receberá o valor de $ 20 mil (vinte mil dólares) e uma medalha de ouro que será entregue pela primeira vez em território estrangeiro e abrirá o mais importante evento voltado à ELA - o 22nd International Symposium on ALS/MND (22° Simpósio Internacional de ELA/DNM), que acontecerá em Sydney, no dia 30 de novembro, além de ter a oportunidade de apresentar sua pesquisa durante a abertura oficial do evento. Segundo o Dr. Mamede de Carvalho, presidente da comissão julgadora, isso mostra a importância do prêmio para o desenvolvimento cientifico dedicado à ELA, além do alto nível dos trabalhos apresentados, “é evidente o aumento do número e da qualidade dos candidatos, qualidade expressa pela proximidade na pontuação dos concorrentes, sendo de apenas 11% entre o 3º e o 1º classificados.” Afirmou Mamede. Este ano, foram inscritos 25 trabalhos, de pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Japão, França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Holanda e Portugal.

“O Instituto Paulo Gontijo introduz, com este prêmio, uma tradição semelhante a um Nobel para jovens investigadores na ELA. Certamente o inspirador deste Instituto teria motivos de grande jubilo com este sucesso”, conclui.

O Prêmio PG é dedicado ao estudo referente à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA); doença do neurônio motor e tem como objetivo incentivar e promover a participação de jovens investigadores de todo o mundo. Segundo Marcela Gontijo, vice-presidente do IPG, o prêmio é a realização de um sonho e busca cada vez mais se tornar um marco dentro da área de pesquisa e da medicina. “Para mim uma grande realização, porque sei da vontade que meu pai (Paulo Gontijo) tinha de fazer deste ato uma homenagem a Ciência. Assim como o Nobel, o PG foi idealizado com o objetivo de se tornar uma referência para a comunidade cientifica”, garantiu Marcela.

A partir desta edição de 2011, o Prêmio PG de Medicina Internacional passa a acontecer anualmente junto ao Simpósio Internacional de ELA, o que de acordo com Marcela, concretiza todos os esforços de direcionar e potencializar este incentivo para a comunidade cientifica e acadêmica, não apenas no Brasil, mas Internacionalmente.

Participam da comissão julgadora: Professor Mamede de Carvalho – Portugal |.Prof.Orla Hardiman – Irlanda|.Dr. Francisco Rotta – Brasil|.Dr. Walter G. Bradley - Estados Unidos |.Prof. Brian Dickie – Inglaterra.

A pesquisa - A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular degenerativa e progressiva, decorrente da morte dos neurônios motores que, até o momento, não possui cura. Apesar de ser conhecida há mais de um século e ter atacado nomes conhecidos, como o físico Stephen Hawking e o jogador de beisebol Lou Gehrig, pouco se sabe sobre as causas da doença. Apesar de representarem apenas 10% dos casos, as formas hereditárias são as mais estudadas, pois nelas é possível identificar um elo comum entre grupos de pacientes: mutações em determinados genes, que são transmitidas de uma geração para outra.

O trabalho do Dr. Gitler constitui um marco nos estudos da ELA, pois traz à tona a interação entre duas proteínas responsáveis por diferentes doenças neuromusculares. Há pouco mais de três anos, mostrou-se que mutações que alteram a proteína TDP-43 levam a uma forma hereditária de Esclerose Lateral Amiotrófica, denominada ELA10.

Utilizando modelos distintos, o Dr. Gitler conseguiu identificar um dos modificadores da ação da TDP-43; a proteína Ataxina 2. Esta proteína, quando alterada, leva ao quadro de Ataxia Espinocerebelar, outra grave doença neuromuscular. A Ataxia Espinocerebelar é causada quando o número de repetições CAG no gene ATXN2 ultrapassa 34. Entretanto, quando são encontrados entre 27 e 33 repetições define-se um quadro de pré-mutação.

Os dados do referido trabalho mostram que: 1) justamente, as pré-mutações no ATXN2 são capazes de aumentar a toxidade da TDP-43; 2) na medula espinhal de pacientes com ELA são formados complexos moleculares contendo a Ataxina2 e a TDP-43 em regiões distintas daqueles observadas no grupo controle; 3) 4,7% dos pacientes com ELA avaliados apresentam pré-mutação no gene ATXN2.

Dessa forma, o trabalho sugere que expansões no ATXN2 constituem um fator comum a ELA e que a interação entre as duas proteínas poderia ser um alvo para estudos terapêuticos.

IPG - O Instituto Paulo Gontijo é uma instituição idealizada pelo físico e engenheiro Paulo Gontijo e comandando por sua filha Marcela Gontijo e equipe. Tem o objetivo de fomentar o estudo da ciência e contribuir com a humanidade no desenvolvimento do conhecimento na área da saúde. O IPG ainda incentiva os estudos sobre a ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica, nas áreas de diagnóstico, genética tratamento e epidemiologia. Todo o ano, desde 2007, estimula pesquisadores e jovens na busca pela inovação da medicina através do Prêmio PG de Medicina.

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