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15/10/2011 - 08:53

Gestão mais eficiente do capital de giro pode liberar US$ 35 bilhões no caixa dos fornecedores da indústria automotiva

Estudo da Ernst & Young aponta que ter dinheiro em caixa é fundamental para a sobrevivência das companhias do setor em um cenário mundial de crise e de mudanças.

São Paulo – A gestão do capital de giro tornou-se o principal foco de preocupação entre as empresas que compõem a indústria automotiva, como fornecedores de autopeças. De acordo com o estudo Cash On The Road, produzido pela Ernst & Young, alcança US$ 35 bilhões o valor vinculado sem necessidade ao capital de giro e que poderia ser utilizado para outros investimentos.

A pesquisa analisou as 40 maiores companhias, em vendas, nos EUA, Europa e Japão. “O estudo sugere que entre US$ 17 bilhões e US$ 35 bilhões estão vinculados, sem necessidade, a processos de capital de giro. Isso equivale a algo entre 4% e 7% das vendas”, afirma Rene Martinez, sócio de consultoria para o mercado automobilístico da Ernst & Young Terco.

A necessidade de se manter dinheiro em caixa é resultado de um cenário com novas tendências que desafiam a indústria automobilística, tais como consolidação e competição no setor, redução da capacidade produtiva, reestruturação das operações e expansão acelerada em países em desenvolvimento. Além disso, a crise de 2008 e os recentes eventos no Japão também expuseram a vulnerabilidade de muitos participantes da cadeia de valor da indústria automotiva.

Capital de giro e principais desafios -Segundo o estudo, vários fatores têm impactado, desde 2002, o volume de capital de giro mantido pelas companhias. Entre as principais razões estão mudanças nos termos de pagamento para os fabricantes de equipamentos originais (OEM, na sigla em inglês); volatilidade no preço das matérias-primas (como combustível, resina, borracha, alumínio e aço), sobretudo na segunda metade de 2010; flutuações cambiais; e globalização das vendas (com as vendas fora da América do Norte, que contabilizaram 47% do total entre as companhias analisadas – aumento de 9 pontos percentuais em relação a 2002).

Buscando uma gestão de capital de giro mais eficiente, o foco de atenção do setor está voltado principalmente para a área de Supply Chain, cuja indústria global tem crescido e se estruturado de forma cada vez mais integrada. Devido à sua complexidade, a área é mais vulnerável a interrupções e vem aumentando os riscos de gestão dos negócios.

Além disso, a falta de objetivos acordados mutuamente entre os OEMs e seus fornecedores, a ausência de processos e sistemas em comum dentro das organizações e ao longo dos vários parceiros de Supply Chain também dificultam a execução de uma gestão eficiente.

Eficiência operacional e flexibilidade-Os dados do estudo também jogam luz sobre alguns pontos nos processos envolvendo capital de giro que podem ser aperfeiçoados. “As empresas podem começar do mais básico: por exemplo, medir seu desempenho e aumentar o foco em capital de giro. Uma vez que as empresas melhorem suas análises de custos de capital de giro em diversas direções estratégicas, elas ficarão mais motivadas a desenvolver desde soluções simples e conservadoras até as mais inovadoras e arrojadas”, afirma Rene Martinez.

Segundo a pesquisa, as companhias do setor devem investir em lean manufacturing, na colaboração mais próxima com seus fornecedores e consumidores e na adoção de tecnologias em comum, para o compartilhamento de informações em tempo real sobre estoques e demanda.

Diante da alta volatilidade da demanda e do constante clima de incerteza, o setor deve prestar atenção especial em todos os processos que envolvam dinheiro em caixa, custos e serviços, a fim de atingir uma maior agilidade. “Todos querem descobrir a melhor forma de combinar eficiência operacional com flexibilidade e respostas mais ágeis. Especificamente no Brasil a atenção deve ser redobrada na área tributária, localização geográfica e na saúde financeira e operacional dos fornecedores”, afirma Martinez.

Ernst & Young e sobre a Ernst & Young Terco-A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria. Em todo o mundo, a empresa tem 141 mil colaboradores unidos por valores pautados pela ética e pelo compromisso constante com a qualidade. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial.

No Brasil, a Ernst & Young Terco é a mais completa empresa de consultoria e auditoria com mais de 4.100 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de grande, médio e pequeno portes, sendo que 117 companhias são listadas na CVM (dado referente a junho de 2010) e fazem parte da carteira especial da equipe de auditoria.

.[O estudo: www.ey.com/Publication/vwLUAssets/Cash-on-the-road-working-capital-in-the-automotive-industry/$FILE/cash_on_the_road.pdf ]. [www.ey.com.br].

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