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18/10/2011 - 08:57

Brasil reduz óbitos por rotavírus

Especialistas debatem o tema e afirmam que vacina é efetiva e segura.

O Rotavírus causa diarréia que mata mais de 500 mil crianças no mundo, gerando cerca de 2 milhões de hospitalizações por ano. Para debater o assunto, especialistas de várias regiões do Brasil se reúnem em outubro (26 a 29) durante a 13ª Jornada Nacional e 3ª Jornada Paulista de Imunizações. No Brasil, a vacina que previne a doença foi incluída no Programa Nacional de Imunizações - PNI em 2006 - o país foi um dos primeiros a introduzir a vacina no calendário de vacinação infantil. Estudos apontam que houve uma significativa redução das hospitalizações por gastroenterite (que pode provocar uma forte desidratação), uma das principais conseqüências da infecção por rotavírus em crianças menores de um ano, em comparação ao período anterior à adoção da vacina na rede pública (1998 a 2005).

Redução da mortalidade -Estudos conduzidos no país apontam que a redução de mortes entre crianças brasileiras menores de um ano foi de 30% em 2007 na comparação com os anos de 2004 a 2005 e de 39% em 2008, números próximos aos do México (46%). “Isso significa um grande impacto na condição real de prevenção do óbito”, declara Alexandre Linhares, médico pesquisador do Instituto Evandro Chagas (IEC) e da Secretaria de Vigilância em Saúde do Pará. Ele fala sobre o tema no dia 27/10 durante as jornadas de imunizações em São Paulo.

Em junho de 2011, pesquisadores brasileiros, em conjunto com mexicanos, publicaram artigo no The New England Journal of Medicine em que relatam resultados de segurança e efetividade da vacinação nos dois países. De acordo com o médico Juarez Cunha, do Rio Grande do Sul e que também tratará do assunto durante as jornadas de imunizações, “a vacina previne aproximadamente 640 mortes e 70 mil hospitalizações pela doença todos os anos no Brasil”, antecipou.

Benefícios da Vacina -Dados obtidos em análises envolvendo o IEC no estado do Pará mostram que a vacinação reduz em 48% as hospitalizações por rotavírus em crianças menores de 1 ano, comparados os períodos pré e pós introdução da vacina no Brasil. Além disso, há um resultado positivo entre as crianças de 1 a 4 anos que eventualmente não haviam sido vacinadas. De acordo com o médico Alexandre Linhares, isso representa um impacto direto com redução de 20% no número de hospitalizações por rotavírus. “Os benefícios da vacina vão além da faixa etária estabelecida para receber a imunização. É o que chamamos de imunidade de rebanho, quando o vírus passa a circular em níveis mais baixos e os mais velhos não ficam doentes”, explicou Linhares.

As informações acima também são confirmadas pela pesquisa realizada por especialistas em São Paulo no período pré e pós-inclusão da vacina (2004 a 2008), quando se observou redução de 59% nos casos de gastroenterites por rotavírus em crianças hospitalizadas com menos de 5 anos.

A Vacina Oral Rotavírus Humana monovalente (VORH) está disponível nos postos de saúde. A vacina pentavalente (que protege também contra formas graves de diarréia) está disponível nas clínicas privadas. A imunização pode prevenir hospitalização e consultas em emergências por essa infecção em mais de 80% dos casos. Segundo o médico Juarez Cunha, 70 mil crianças foram avaliadas no período de pré-licenciamento de cada uma das vacinas e não houve complicações importantes. Entretanto, a vigilância continua mesmo após a inclusão da vacina no PNI. “Não há evidências de eventos adversos graves que justifiquem a crença de que não temos uma vacina segura”, apontou Linhares.

Entenda mais sobre a doença-Transmissão: pessoa a pessoa, através da via fecal-oral.

.Sintomas: diarréia severa, vômitos, febre, podendo se tornar grave com desidratação e morte.

.Grupos: É estimado que até os 3 anos de idade toda criança já tenha sido infectada pelo rotavirus, independentemente do país de origem ou do seu status socioeconômico.

.Vacina: disponível nos postos de saúde por via oral, em duas doses (aos 2 e 4 meses de idade). Na rede privada também está disponível a vacina pentavalente (três doses). De acordo com o calendário de vacinação do prematuro da SBIm, a vacina contra o rotavírus só pode ser administrada após a alta hospitalar, respeitando-se o limite de idade para a primeira dose. Isso porque se trata de uma vacina de vírus vivos atenuados.

.[13º Jornada Nacional de Imunização e 3º Jornada Paulista de Imunização, de 26 a 29 de outubro de 2011,no Centro de Convenções Rebouças - São Paulo (SP). Mais informações: Telefone: (11) 3255 5674 | www.jornadasbim.com.br ].

Os médicos Alexandre Linhares (PA) e Juarez Cunha (RS) fazem palestra nos dias 27 e 29 de outubro, respectivamente, durante a Jornada Nacional de Imunizações da SBIm.

Os eventos têm o apoio das seguintes instituições: sociedades Brasileira e Paulista de Pediatria, Sociedade Paulista de Infectologia, Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem, Sociedade Latino-Americana de Infectologia Pediátrica e Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, além do Programa Nacional de Imunizações - PNI.

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