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18/10/2011 - 10:28

Fitch Ratings não acredita na credibilidade do Brasil na virada de mesa

As agências que analisam os ratings do países no mundo, assim como das diversas empresas, podem mudar o comportamento dos investidores e beneficiar ou até prejudicar capitalizações de organizações e de países. O reflexo de um nota negativa faz com que a rolagem da dívida fiquemais cara, aumentando a taxa de juros em virtude do risco de calote que poderá haver do devedor.

A Fitch Rating, através de sua representante ShellyShetty, deve manter a nota BBB por um longo período, afirmando que, embora o Brasil possua uma reserva cambial significativa e tenha passado pela crise internacional de 2008 sem grandes problemas, o país não teria garantida a melhoria da nota para um próximo degrau durante um longo prazo, pois, é entendido que há fragilidade no controle da inflação e reformas fiscais, além de uma mudança de orientação do crescimento de consumo para investimento.

A grande incoerência é que países como o Brasil e outros da América Latina, que possuem potencial de crescimento frente a alguns países da Europa que passam por uma crise mais forte e com a probabilidade de calote da dívida, entre eles a Grécia, ainda possuem uma nota similar ou maior que vários países em desenvolvimento e que estão passando pela crise sem maiores problemas. Será que, diante disso, não há necessidade de uma análise mais apurada e uma atenção maior aos países emergentes?

Vários países da Zona do Euro tiveram redução de suas notas, como por exemplo a Grécia para CCC, Itália para A+, Espanha para AA-, Portugal para BBB-. Atualmente, a nota do Brasil é BBB e estamos bem próximos da nota de Portugal, que já vem tendo problemas contínuos na retração de sua economia.

A maior parte dos países da Zona do Euro possuem problemas pontuais, inclusive desemprego bastante severo, que fazem com que o PIB interno do país reduza significativamente. Isso prejudica o refinanciamento de suas dívidas e limita o crescimento econômico, além de prejudicar todos os outros países que fazem parte do grupo.

O Brasil vem experimentando um aumento progressivo da empregabilidade, aumento das suas reservas cambiais, superávit de sua balança comercial, superávit primário com ascensão. Essas situações existentes no país que permitem a expansão do consumo e do investimento, são fatores positivos que possibilitam que as crises internacionais passem e demonstrem que o Estado brasileiro possui perspectivas futuras de sustentabilidade.

As empresas Brasileiras vêm apresentando desempenhobem favorável, isso faz com que a nota do Rating Nacional de Longo Prazo demonstre confiabilidade e segurança nos investimentos internos ou externos. É possível notar algumas empresas no país com triplo A: Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás, Companhia de Bebidas das Américas – AmBev, Furnas Centrais Elétricas S.A, Globo Comunicação e Participações, entre outras.

Não é a primeira crise que estamos vencendo, os problemas relacionados a redução na produção e riscos de desemprego existem, mas o Brasil esta maduro para enfrentar adversidades com inteligência.

.Por: Reginaldo Gonçalves, coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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