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28/08/2007 - 08:59

Adolescência sem traumas

A adolescência é uma fase repleta de novos desafios. Vida social borbulhante, decisões sobre a futura profissão, descoberta da sexualidade. Transformações físicas e psicológicas em plena ebulição. Além de todas essas mudanças, 80% dos jovens têm que encarar um inconveniente bem chato: o surgimento das espinhas.

A acne atinge hoje cerca de 18 milhões de jovens brasileiros entre 13 e 18 anos. A incidência é maior na puberdade porque nessa fase há um aumento na produção de sebo pelas glândulas sebáceas, que associado à obstrução dos poros leva ao surgimento de cravos e espinhas. É na adolescência também que um hormônio chamado testosterona começa a ser produzido. Ele age sobre as glândulas sebáceas, o que aumenta a oleosidade da pele, fazendo com que cravos e espinhas apareçam com mais facilidade, com intensidades variáveis e lesões mais ou menos aparentes.

O rosto é geralmente o principal alvo da doença e por se tratar de um local difícil de esconder, o adolescente fica com seu “problema” exposto o tempo todo. A partir daí, outros sintomas podem surgir, como baixa auto-estima, alterações repentinas de humor, timidez e depressão. Sem falar na vergonha de ir à escola, participar de eventos ou simplesmente dar uma volta no shopping. Mas ninguém precisa deixar esse tipo de situação acontecer, pois é enfrentando o problema de frente que tudo se torna mais leve.

Muitos pais de jovens que sofrem com a acne, acham que tudo é coisa da idade, e que logo vai passar. Mas é importante ressaltar que para os adolescentes, a aparência é algo que conta muito. Além disso, é a saúde e bem-estar deles que estão em jogo. Estabelecer uma relação de apoio e respeito é fundamental. Por isso a ajuda e o incentivo dos pais na busca por soluções é imprescindível. Sites e programas de apoio como os Companheiros Unidos Contra a Acne, o CUCAS, que possui mais de 12.000 mil acessos diários, podem ser aliados importantes nesta batalha, tanto para os pais quanto para os adolescentes que buscam mais informações sobre a doença.

Mas o desejo de acabar de vez com as espinhas pode levar tanto os jovens, quanto seus próprios pais, a tomarem atitudes precipitadas. Soluções milagrosas não adiantam e podem resolver apenas em curto prazo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a acne uma doença e por isso o tratamento deve ser precoce e bem orientado. A Isotretinoína é uma das substâncias utilizadas há muitos anos, e é uma das únicas maneiras eficazes no combate à acne. Mas o tratamento deve sempre ser acompanhado de um especialista e por isso, o ideal é procurar um dermatologista, pois só ele poderá indicar a melhor terapia para cada caso.

. Por: Letícia Secco é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da American Academy of Dermatology, da European Academy of Dermatology and Venereology e gerente médica da Roche, responsável pelo Roacutan (isotretinoína), medicamento para acne.Site: www.cucas.com.br

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