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19/10/2011 - 05:02

Pele negra: o que você precisa saber para seus cuidados específicos


A pele negra possui características fisiológicas peculiares que tem impacto considerável nos cuidados diários, bem como na realização de tratamentos cosméticos. A dermatologista Dra. Luciana Conrado (CRM-SP 67597), membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), mestre e doutora em dermatologia, relata que uma das principais diferenças da pele negra em relação à pele clara é a maior produção de melanina, responsável pela pigmentação da pele. “Isso diminui a propensão aos tumores cutâneos, pois a melanina funciona como um protetor solar natural e minimiza os efeitos deletérios da radiação ultravioleta, como o fotoenvelhecimento”.

Outra característica deste fototipo é que as camadas cutâneas estão fortemente unidas em uma estrutura rígida que a torna mais firme e resistente do que a pele branca, minimizando o aparecimento de rugas, flacidez e celulite. “É importante lembrar que essas características não protegem a pele negra a ponto de dispensar o uso de filtros solares. Recomenda-se a utilização diária de produtos com FPS 15, principalmente para quem se expõe ao Sol”, alerta a dermatologista.

Sensibilidade-Entretanto, a maior produção de melanina, apesar de proteger contra os malefícios do sol, aumenta também a possibilidade de pigmentação, deixando a pele mais propensa a manchas, pois tende a escurecer e a produzir mais pigmento quando sofre qualquer forma de agressão, como uma cirurgia, uma queimadura ou mesmo um procedimento cosmético.

A pele negra também tem maior tendência à oleosidade e ao desenvolvimento de acne, pois suas glândulas sebáceas produzem maior quantidade de sebo. “Como este tipo de pele mancha com mais facilidade, as lesões de acne (cravos e espinhas) não devem ser manipuladas. Em decorrência da maior oleosidade e dos pelos encaracolados, essas pessoas apresentam mais frequentemente pelos encravados e foliculite (inflamação e/ou infecção do orifício por onde o pelo se exterioriza)” esclarece Dra. Luciana Conrado.

Dentre as patologias mais comuns da pela negra está a chamada “dermatose papulosa nigra”, lesões que são pequenos pontos acastanhados a negros, elevados que surgem na face. Este problema acomete entre 35% e 77% das pessoas negras e pode ter transmissão genética. No entanto, o tratamento é simples: com cauterizações ou curetagem pode-se resolver o problema, tendo muito cuidado para não desenvolver outras manchas na tentativa de remover a lesões.

Cuidados e tratamentos para a pele negra-Valorizar os traços e características raciais é segredo de beleza para qualquer fototipo. Na pele negra recomenda-se higienizar o rosto duas vezes ao dia, preferencialmente com sabonetes líquidos, para evitar a formação de cravos e espinhas. O ressecamento da pele do corpo favorece o aparecimento de manchas mais claras, esbranquiçadas. Portanto, não se pode descuidar da hidratação diária, especialmente nas regiões mais ressecadas. Banhos longos e excessivamente quentes não são recomendados, assim como o uso de buchas e outros “esfoliantes” que possam agredir a pele, causando maior ressecamento.

Dra. Luciana Conrado explica que, como existe um risco maior de desenvolvimento de manchas escuras em função de tratamentos cosméticos ou cirúrgicos, é preciso ter muito cuidado antes de realizar qualquer procedimento dermatológico.

“Os ‘peelings’ e laser sempre foram indicados com muita cautela para a pele negra. Hoje, as técnicas encontram-se bem mais estabelecidas e seguras para esses pacientes, observando-se os cuidados após a realização dos procedimentos e sempre com o acompanhamento médico. Os ‘peelings’ indicados são os superficiais e a depilação a laser deve ser feita com equipamentos específicos para a pele negra e bronzeada, que agridem menos. Em geral, não se recomenda o uso do laser ablativo ou a realização de ‘resurfacing’, pois são procedimentos mais agressivos e que apresentam maior risco de desenvolver queloides, forma de cicatrização exuberante e inestética, que são muito comuns na pele negra. Em qualquer situação, não esqueça: o ideal é sempre realizar tratamentos supervisionados por profissionais qualificados”, finaliza a dermatologista.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) -Fundada em 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) atua nas áreas de Cirurgia Dermatológica e procedimentos relacionados, por meio da promoção do ensino, pesquisa, realização de congressos e eventos científicos. A Cirurgia Dermatológica é uma área da Dermatologia que engloba todos os procedimentos realizados na pele e tecido celular subcutâneo, sejam eles diagnósticos, cirúrgicos, cosmiátricos ou oncológicos.

A SBCD atua somente segundo normas éticas e padrões técnicos rigorosamente aprovados pela comunidade científica mundial. Com 1500 associados, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica está entre as maiores sociedades de Dermatologia do mundo.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica é formada apenas por associados altamente qualificados, detentores de título de especialista e aprovados por rigoroso concurso e prova realizada e certificada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica é formada apenas por associados altamente qualificados, detentores de título de especialista e aprovados por rigoroso concurso e prova realizada e certificada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).

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