Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

19/10/2011 - 05:42

Quase 20% das empresas de construção já sentem os efeitos da Copa nos seus negócios, informa CNI

São Paulo – Oitenta e cinco por cento das empresas de construção civil acreditam que a Copa do Mundo de 2014 trará impactos positivos para o setor. Metade (47%) das empresas consultadas avalia que o megaevento esportivo provocará benefícios para a própria empresa. As informações constam da Sondagem Especial Indústria da Construção – Copa do Mundo 2014, divulgada nesta terça-feira, 18.10, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

Das empresas que esperam impactos positivos, 18% informaram já perceber esses efeitos em seus negócios. Da metade que acredita que a Copa trará benefícios para a própria empresa, 95% avaliam que será por meio do aumento das obras e serviços. Para fazer a pesquisa, a CNI ouviu, entre 1º e 15 de julho, 411 empresas de todo o país. Foram 212 de pequeno porte, 149 de médio porte e 50 grandes empresas.

A expectativa sobre os efeitos da Copa do Mundo no setor aumentam conforme o porte da empresa. Todas as empresas de grande porte ouvidas afirmaram acreditar no impacto positivo do megaevento esportivo. Entre as de médio porte, 86% concordam com a afirmação. O número cai para 81% entre as pequenas empresas. Das médias, 6% acham que o impacto será negativo e 8% que não haverá alterações. Entre as pequenas, 12% avaliam que a influência da Copa no setor será negativa e 8% dizem que não haverá impacto.

Mão de obra - De acordo com o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a razão para o pessimismo de algumas empresas pode ser a possibilidade de falta de mão de obra e aumento de custo que as obras da Copa poderão ocasionar. "A própria pesquisa mostra que isso pode acontecer. Então, as empresas que acham que os impactos podem ser negativos devem ter feito essa avaliação", afirmou.

O percentual das empresas que acreditam nos impactos positivos nas suas atividades cresce entre aquelas dos 12 Estados que serão sede do evento. Sai de 47% da média geral para 54% entre as empresas do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nos Estados que não terão jogos da Copa, o número cai para 32%.

Em relação às formas de impactos, 95% das empresas que avaliam que haverá benefícios para o setor acreditam que será via aumento das obras e serviços. A diversificação de produtos e/ou atividades foi apontada por 86% dessas empresas. Mesmo percentual obtiveram as respostas “maior visibilidade da empresa” e “disponibilidade de novas tecnologias”. Pouco abaixo estão a valorização de ativos da empresa, com 84% de respostas, e acesso a novas regiões de atuação, com 83%. Nessa pergunta os percentuais somam mais de 100% devido à possibilidade de múltipla resposta.

Gargalos - A CNI também investigou quais são, na avaliação dos empresários do setor, os maiores gargalos para a execução da Copa no Brasil. A falta/alto custo de mão de obra foi, disparada, a resposta mais assinalada, com 71% de citações.

"Hoje existe um problema da falta de mão de obra, e que vai continuar existindo, porque a demanda esta maior do que a oferta", assinalou Renato da Fonseca. "Não acreditamos que a obra não vai deixar de acontecer por causa da falta de mão de obra. Mas vai gerar aumento de custo e atrasos na entrega", completou.

A burocracia no processo licitatório foi a segunda opção mais assinalada, com 48% das respostas. Em terceiro lugar na lista dos maiores gargalos ficou o prazo curto para término da obra ou serviço, com 45% de citações, seguido da elevada tributação, com 43% das respostas.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira