Levantamento mostra que 87% dos brasileiros não conhecem a fibrilação atrial

Doença atinge cerca de um milhão de pessoas no Brasil e é responsável por um em cada seis casos de AVC (derrame), resultando em 15 milhões de eventos a cada ano em todo o mundo.

São Paulo– Um levantamento recente feito com 230 pessoas pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) e Biosense Webster durante um evento em São Paulo apontou para a necessidade de aumentar a conscientização da população brasileira sobre a fibrilação atrial: 87% dos entrevistados não sabem o que é ou nunca ouviram falar sobre a doença.

A fibrilação atrial, responsável por alterar a função cardíaca e causar o ritmo irregular dos átrios (câmaras superiores do coração), já afeta 2,5% da população mundial[1] e cerca de 1% da população brasileira (aproximadamente um milhão de pessoas)[2]. Com o envelhecimento da população, é esperado um crescimento significativo dos casos de fibrilação atrial no Brasil[3].

Outros dados do levantamento mostram que 77% das pessoas não sabem checar seu próprio pulso, uma das principais formas de detecção da doença, e 29% não conhecem nenhuma doença cardíaca. Além disso, 52,6% acreditam que eventos e campanhas em mídias, como TV, jornais, redes sociais, entre outros, são as ferramentas mais importantes para informar a população sobre o problema.

A entrevista foi realizada com pessoas entre 15 e 86 anos, sendo que 44% eram mulheres e 56% eram homens.

“A fibrilação atrial é uma das arritmias cardíacas mais comuns no dia-a-dia clínico. A doença é uma das principais causas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente chamado de derrame, uma condição grave que impacta na qualidade de vida e pode levar a pessoa à morte. Por isso, a importância da realização desse levantamento e da conscientização da população brasileira sobre a doença”, diz o cardiologista Dr. Guilherme Fenelon, presidente da Sobrac.

O AVC ocorre em 4,5% dos pacientes com fibrilação atrial. Ou seja, a doença é responsável por um em cada seis derrames, resultando em 15 milhões de eventos a cada ano em todo o mundo[4].

Tratamentos-A Dra. Denise Hachul[5], arritmologista clínica do Instituto do Coração (HCFMUSP) e membro da Diretoria da Sobrac, explica que a terapia de primeira linha consiste em drogas antiarrítmicas (DAAs). Porém, devido à eficácia limitada das drogas antiarrítmicas para manter o ritmo sinusal (ritmo normal do coração), associada à alta toxicidade desses fármacos, novidades no tratamento, como novos medicamentos antitrombóticos e a ablação por cateter, estão se desenvolvendo rapidamente e apresentando resultados de alta qualidade e segurança para o paciente[6].

“O tromboembolismo é consequência mais séria causada pela fibrilação atrial”, explica a Dra. Denise Hachul. Nesse contexto, a terapia antitrombótica se estabeleceu como parte fundamental do tratamento de pacientes com fibrilação atrial crônica.

“Mas quando o tratamento medicamentoso não tem o efeito desejado no controle do ritmo do coração e na manutenção da fibrilação atrial, a ablação por cateter é uma opção segura de tratamento”, diz a especialista Dra. Denise Hachul. Atualmente, a ablação por cateter é considerada uma terapia de primeira linha que apresenta baixas taxas de complicações e ótimos resultados – cerca de 70% dos pacientes ficam livres da arritmia.

“É importante entender que cada caso tem um diferente tipo de tratamento e todos eles precisam ser avaliados e orientados por um especialista na doença”, conclui a Dra. Denise Hachul.

Sobrac-Criada oficialmente em 1984, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), antigo Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica (DAEC), é uma entidade médica sem fins lucrativos, afiliada à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Os objetivos da SOBRAC são normatizar as atividades relacionadas às arritmias cardíacas no Brasil, promover o desenvolvimento científico e a valorização profissional da especialidade, além de orientar a população leiga a respeito dos problemas mais comuns ligados à arritmia cardíaca, por meio de campanhas educativas.

Perfil-Biosense Webster, Inc. foi pioneira em cateteres de eletrofisiologia de diagnósticos há mais de 30 anos e continua a liderar a indústria como um fornecedor inovador de ferramentas avançadas de diagnóstico, terapia e mapeamento. Como líder em sistemas de navegação e terapia de ablação, a tecnologia da Biosense Webster, Inc. inclui a maior base instalada de sistemas de navegação em todo o mundo em hospitais líderes e instituições de ensino. Com produtos próprios, como o Sistema de Navegação Cardíaca CARTO® 3, a empresa está mudando a maneira que eletrofisiologistas diagnosticam e tratam arritmias.

No Brasil, os produtos Biosense Webster, Inc. são comercializados pela Johnson & Johnson Medical Brasil, uma divisão da Johnson & Johnson do Brasil Indústria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda.