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22/10/2011 - 10:39

O Lenhador no Rio de Janeiro


Editora Peirópolis lança, no dia 22 de outubro (sábado), às 11h, na Livraria do Museu da República, Rua do Catete, 153, Catete, Rio de Janeiro. O lenhador, publicado em 1918 no primeiro livro de poesia de Catullo da Paixão Cearense.

Organização: Francisco Marques (Chico dos Bonecos)| 72 Páginas |ISBN: 978-85-7596-221-3 |Formato: 17x24cm|Preço: R$ 38,00.

Um lenhadô derribava as árvre, sem percisão, e sempre a vó li dizia: “Meu fio: tem dó das árvre, que as árvre tem coração!”

Chega este mês às livrarias brasileiras o lançamento da Editora Peirópolis O lenhador, publicado em 1918 no primeiro livro de poesia do músico e compositor Catullo da Paixão Cearense. Organizada pelo também poeta Francisco Marques (o Chico dos Bonecos) e prefaciada por Manoel de Barros, a nova edição traz o poema em duas versões – no português formal e em linguagem sertaneja, como era declamado por Catullo, autor da celébre canção “Luar do sertão”. O lançamento, com sessão de autógrafos e presença do organizador, acontece neste sábado (22), às 11h, na Livraria do Museu da República, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, haverá também Sarau Catulliano, com declamações e cantorias, e o Tudobolô, com brinquedos mirabolantes feitos por Chico dos Bonecos.

Nascido na capital do Maranhão, Catullo tornou-se famoso pelo que hoje se chama “presença de palco” e por sua cantoria de viola e da poesia recitada. Um de seus grandes parceiros foi João Pernambucano, grande amigo de Catullo, com quem divide a autoria de "Luar do sertão". Outros parceiros do poeta foram Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Francisco Braga.

Responsável pela organização da obra, Chico dos Bonecos explica que seu interesse e contato com a poesia de Catullo surgiram a partir da letra composta em parceria com João Pernambucano. “Mario de Andrade o chamava de ‘o espantoso inventor de metáforas’. A influência de Catullo na minha poesia vem por este caminho, que é um dos caminhos milenares da poesia: a criação de imagens”, destaca o poeta.

Além da admiração de Mario de Andrade, Catullo também é mencionado em textos e obras de Humberto de Campos, Lima Barreto e Murillo Araujo, como mostra Chico no segundo capítulo do livro, “Mestre Catullo: vida, paixão e lua”. Nele, o leitor tem acesso a um apanhado de diversos trechos de obras de autores que comentaram a produção de Catullo, testemunharam sua performance em cantorias e recitais ou que fizeram dele personagem. Entre os comentários, Marques pinçou um trecho do texto "Catullo Cearense", de Mário de Andrade. O modernista diz: "Catullo tornou-se um poeta admirável, certamente o maior criador de imagens da poesia brasileira [...] O que distingue imediatamente Catullo Cearense da poesia propriamente popular é o que tem de mais precioso nele, a metáfora”.

As belíssimas imagens e ilustrações de cada um dos capítulos são de autoria do artista plástico Manu Maltez. Elas sugerem, instigam e deixam pistas ao leitor, mobilizando ainda mais a sua capacidade de participar das imagens catullianas.

O autor-O poeta, músico e compositor Catullo da Paixão Cearense nasceu no dia 08 de outubro de 1863, em São Luís do Maranhão. Filho de Maria Celestina Braga da Paixão e Amâncio José da Paixão Cearense, foi aos dez anos para o sertão do Ceará, onde ficou até os 17, quando tomou o rumo do Rio de Janeiro com a família. Seguiu para a Cidade Maravilhosa com uma bagagem sertaneja que o acompanharia por toda a vida.

Cedo Catullo integrou-se no mundo da música e da boemia carioca. Foi parceiro de Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Francisco Braga. Até mesmo o tenor Vicente Celestino foi intérprete de suas canções. Associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época. Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, pois era boêmio, e morreu na pobreza em maio de 1946. Suas mais famosas composições são “Luar do Sertão” (em parceria com João Pernambuco), de 1908, que na opinião de Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro; e “Flor amorosa”, composta juntamente com Joaquim Calado em 1867.

O organizador-Francisco Marques (Chico dos bonecos) é poeta, contista e arte-educador. Formado em letras pela UFMG, inventa, pelos sete cantos do Brasil, oficinas e espetáculos ao redor de brinquedos milenares e planetários – sempre contemporâneos e futuristas. É autor dos livros, também pela editora Peirópolis, Galeio- Antologia poética para crianças e adultos; Muitas coisas, poucas palavras; Desvendério – Quem conta um conto omite um ponto e aumenta três e Muitas coisas, poucas palavras.

Editora Peirópolis-Criada em 1994, a Editora Peirópolis tem como missão contribuir para a construção de um mundo mais solidário, justo e harmônico, publicando literatura que ofereça novas perspectivas para a compreensão do ser humano e do seu papel no planeta. Suas linhas editoriais oferecem formas renovadas de trabalhar temas como ética, cidadania, pluralidade cultural, desenvolvimento social, ecologia e meio ambiente por meio de uma visão transdisciplinar e integrada. Além disso, é pioneira em coleções dedicadas à literatura indígena, à mitologia africana e ao folclore brasileiro. A editora está afinada com os propósitos do terceiro setor, participando ativamente do crescente movimento de sua profissionalização.[www.editorapeiropolis.com.br]. [http://www.livrariamuseudarepublica.com.br].

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