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22/10/2011 - 11:15

Ante perspectivas de retomada de fusões e aquisições na área financeira, estudo da KPMG dá dicas baseadas em lições aprendidas

Cinco lições podem ser a chave para evitar armadilhas comuns na fase de integração pós-fusão de instituições.

O estudo The Architecture of Integration - An essential guide to successful mergers and acquisitions in Financial Service (ou A Arquitetura da Integração – Um guia essencial para fusões e aquisições bem-sucedidas em Serviços Financeiros, em português), elaborado pela KPMG International, examina as atividades de fusões e aquisições (F&A) entre 2007 e 2010 para apurar como alguns fatores podem ter contribuído para o sucesso ou fracasso das operações. O relatório toma como base a pesquisa anual de F&A da empresa, publicada agora em 2011 sob o título A New Dawn: good deals in challenging times (ou “Um Novo Começo: bons negócios em tempos difíceis), além de entrevistas detalhadas com especialistas da área de Financial Services de firmas-membro da KPMG de todo o mundo.

As principais conclusões do levantamento são: a onda de negócios após o período de recessão já está no fim, mas há uma nova onda de operações em perspectiva, a única questão é saber quando ela vai se quebrar; a competição no mercado virá de compradores da região Ásia-Pacífico e de um recrudescente setor de private equaty; o corte de custos deu lugar ao crescimento da receita como condutor principal dos negócios, sendo que crescer a partir de aquisições é considerado novo padrão de normalidade; os mercados ainda estão céticos em relação à avaliação dos ganhos com sinergias, mas seus agentes podem ser persuadidos diante de argumentos bem sustentados; e velhas questões, como o mau planejamento, comunicação deficiente e a falta de atenção às diferenças culturais entre empresas, ainda persistem - resolver esses problemas é agregar um valor real aos negócios.

"Tendo lidado com as consequências de uma recessão espetacular – talvez aquela em que ainda podemos experimentar um mergulho duplo –, a sabedoria convencional sobre como executar um negócio bem-sucedido desapareceu sob uma montanha de novas regulamentações e de mudanças radicais nas dinâmicas de mercado. As organizações da área de Financial Services que desejam continuar no setor tiveram que pensar muito sobre como e onde querem operar neste novo e estranhamente imprevisível ambiente de mercado", afirma Jeremy Anderson, líder mundial da área de Financial Services da KPMG e sócio da firma no Reino Unido.

Com base nos dados do estudo, para 67% dos entrevistados da área de Financial Services concordam enfaticamente ou tendem a concordar que as operações de F&A devem iniciar sua retomada ainda este ano em alguns países do mundo. Porém saber quando e quem serão os players principais vai depender de uma combinação única de fatores e variáveis de mercado atualmente em jogo, segundo avalia Jeremy Anderson. "Os próximos três anos vão nos dizer", afirma o executivo.

“É interessante perceber que o Brasil vive um panorama diverso dos demais países, especialmente porque suas instituições de Financial Services não sofreram tanto quanto suas similares estrangeiras diante da crise de 2008/2009. Vivemos um crescimento na demanda por serviços desse segmento, especialmente pela ampliação do mercado consumidor, com a ascensão e a inclusão social de milhões de brasileiros. Também por aqui, o quadro é de estabilidade, com consolidação da área financeira. Além disso, fusões e aquisições têm acontecido com força ao longo de 2011. Mesmo assim, as dicas presentes no estudo da KPMG servem perfeitamente aos negócios feitos por aqui”, afirma Ricardo Anhesini, líder da área de Financial Services da KPMG na América Latina e sócio da firma no Brasil.

Com base nas indicações dos especialistas de firmas-membro da KPMG entrevistados para o estudo, é sugerido um foco mais atento em cinco temas recorrentes na fase de integração pós-fusão para garantir a conclusão bem-sucedida das transações de F&A:

1. Ter a necessária rapidez com uma forte dose de due diligence - Segundo o relatório, as instituições de Financial Services realizam menos due diligences do que a média global, que envolve os demais tipos de empresas. Quando a due diligence é completa, a integração pode ser simples. Com as estruturas adequadas postas em prática desde o início, a integração em F&A pode ser relativamente rápida; sem o planejamento adequado, a integração pode ser lenta e problemática;

2. Ter atenção plena aos ganhos com sinergias – Companhias de Financial Services focam muito mais em ganhos com sinergias do que a média global, especialmente na área de vendas cruzadas de produtos e serviços, de acordo com o relatório. No entanto, o estudo também apontou que esta atenção reforçada dá mais resultados em relação aos esforços nos cortes de custos, e menos nos ganhos com sinergias, o que pode levar a uma subavaliação do negócio e a um eventual colapso da transação;

3.Comunicar-se com confiança, abertamente e frequentemente com o mercado - Uma área óbvia, mas muitas vezes negligenciada, é a da comunicação regular e efetiva com as partes interessadas durante a fase de integração, especialmente se um negócio é baseado nos ganhos com sinergias;

4. Acompanhar e medir os progressos - De acordo com os especialistas da KPMG, há muita falta de controles e acompanhamento sobre os ganhos e custos sinérgicos assim que o negócio é completado;

5. Integração das culturas pode determinar a diferença entre o sucesso e o fracasso de um negócio - De acordo com a pesquisa de F&A da KPMG, reter os talentos desperta mais preocupação entre as companhias de Financial Services (32%) do que é percebido no resultado global do estudo (22%), apesar de a maioria admitir que sua gestão de integração cultural era pobre.

"À luz dos recentes anúncios de consolidação, reestruturação e reorganização dos modelos de negócios e de fusões, a margem de erro tornou-se estreita. Assegurar que a reestruturação traz valor para o setor financeiro depende em grande parte de como as lições do passado podem ser aprendidas, absorvidas e aplicadas. Os líderes da área da área de Financial Services estão sob pressão para absorver adequadamente as mudanças e garantir que os objetivos dos negócios sejam atingidos”, conclui Jeremy Anderson.

A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory presente em 150 países, com 138.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.

No Brasil, a empresa tem aproximadamente 4 mil profissionais distribuídos em 21 cidades de 12 Estados e Distrito Federal. [w ww.kpmg.com].

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