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22/10/2011 - 11:15

12º SENI encerra edição com temas contundentes da economia

Maior evento de comércio exterior da região Sul reuniu empresários e especialistas de economia, marketing e negócios internacionais em Jaraguá do Sul.

Especialistas e grandes personalidades do comércio exterior compartilharam seus conhecimentos sobre temas instigantes da economia com os participantes do 12º SENI - Seminário de Negócios Internacionais, no Teatro Scar, em Jaraguá do Sul, entre os dias 20 e 21 de outubro. (quinta e sexta-feira), Passaram pelo evento Julio Bin, Samir Keedi, Frederico Turolla, Miguel Jorge, Paulo Rabello de Castro, Sergio Silva do Amaral, entre outros especialistas do comércio exterior e líderes empresariais.

A programação da tarde de sexta, 21 de outubro, abriu com a palestra do economista e um dos coordenadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE), Paulo Rabello de Castro, que defende a simplificação da carga tributária e uma atitude mais proativa no enfrentamento da crise econômica. “Devemos estimular o censo de indignação, pressionar o governo e apresentar uma agenda propositiva para o Brasil”. Sobre a crise financeira mundial, o economista defende um acompanhamento minuto a minuto. “A receita para a superação está em ampliar a competitividade, a eficiência e o empreendedorismo, com redução de impostos e menos burocracia”, ensina.

Depois, o economista Frederico Turolla fez a mediação do tão esperado painel empresarial sobre Desindustrialização. Três executivos catarinenses, Carlos Tavares D’Amaral (Cia Hering), Marcelo Hack (Perini Business Park e Cisa Brasile) e Vicente Donini (Marisol), debateram o fato de o país estar vivendo nos últimos 40 anos um processo de evidente desaceleração da participação industrial no PIB. “Nos anos 70, a indústria representava 40% da economia e hoje tem meros 16%”, alerta Vicente Donini, completando que “vivemos uma fantasia econômica insustentável em longo prazo”. Já o superintendente do maior condomínio multissetorial do Brasil, Marcelo Hack, diz que “na prática estamos sofrendo uma migração setorizada da indústria para centros menores. E a região norte de SC, por ser o maior pólo logístico portuário da América Latina, sofre menos esse movimento que está inviabilizando os tradicionais centros econômicos do país”.

Encerrando a programação do 12º SENI, o ex-embaixador do Brasil em Londres e em Paris e atual presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Sérgio Silva do Amaral, falou sobre o tema “O Brasil e as novas fronteiras do comércio”. Amaral cita as quatro fronteiras em sua palestra: o deslocamento do eixo do comércio do ocidente para o oriente (China); as áreas novas de mercado; temas novos como cláusulas sociais e normas privadas que dificultam a exportação e a desvalorização da moeda. “A sociedade e o mercado buscam caminhos para se desenvolver. A China é, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio para os brasileiros, já que seu comércio cresceu 53% de 2009 para 2010”, revela Amaral.

Promovido pelo Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Joinville (Acij), o SENI foi realizado nos dias 20 e 21 de outubro, no Teatro Scar, em Jaraguá do Sul. A intenção é que, no ano que vem, o evento seja realizado em outra cidade catarinense, já que o objetivo do evento é ser itinerante.

Outras marcantes participações- A palestra do jornalista e ex-ministro Miguel Jorge, com o tema “Competitividade da indústria nacional e no mercado internacional” abriu a programação do dia 21 de outubro. Para ele, é preciso criar condições para que a indústria aumente sua produtividade, mas sem aumentar, por exemplo, as tarifas de importações. “O Brasil precisa de medidas comerciais mais sofisticadas”, diz.

Miguel Jorge aponta a ineficiência do governo e os problemas de infraestrutura como os maiores desafios à competitividade. “O governo brasileiro não facilita investimentos, inovações e exportações”, avalia, lembrando que, para se manter competitivo, são fundamentais investimentos constantes.

Dando continuidade à programação, Daniela Khauaja falou sobre internacionalização de marcas brasileiras. A doutora em Administração de Empresas com MBA em Marketing sugere que as organizações construam a marca de dentro para fora, mantendo-se fiel aos seus valores. “Toda a manifestação da marca deve ser consistente. É preciso definir uma estratégia global para internacionalizá-la”, comenta.

Para finalizar a manhã de palestras, o economista Frederico Turolla ministrou o tema “Investimentos diretos e a internacionalização das empresas brasileiras”. Ele analisou o momento ambíguo vivido pelo Brasil. “O país conquistou uma visibilidade internacional inédita, mas também se encontra na lanterna da competitividade. Alguma coisa está errada”, avalia. Segundo Turolla, vivemos uma disparidade entre o setor privado e o setor público. “Esse é o desafio número um da competitividade.”

Gestão de negócios sustentáveis abre o 12º SENI-Qual é o papel do indivíduo no desenvolvimento sustentável? O questionamento do especialista em Negócios Sustentáveis Julio Bin permeou a palestra de abertura do 12º Seminário de Negócios Internacionais, que começou nesta quinta-feira, em Jaraguá do Sul. Professor da Sustentare Escola de Negócios, Julio Bin fez um alerta. “Temos negligenciado a vida, mas a vida é limitada, não é S/A. Temos de pensar de forma sustentável no dia a dia e definir qual o nosso papel no Planeta.”

O professor explicou que a gestão sustentável permeia todos os segmentos e que esse processo deve acontecer, simultaneamente, no “eu” cidadão e no “eu” corporativo. “Sustentabilidade era responsabilidade corporativa e, hoje, é obrigação das empresas, é questão de cidadania”, avisa, lembrando que é preciso repensar o modelo atual de ganho, de crescimento econômico, de acúmulo de riqueza e poder. “Foram esses paradigmas que nos trouxeram à situação atual. O lucro a qualquer preço é um vício que precisa ser revisto.”

Além da palestra do professor Julio Bin, o primeiro dia do SENI teve quatro workshops. Samir Keedi abordou o tema “Incoterms 2010”. Samir é consultor da Aduaneiras para assuntos de Transporte Internacional e representante brasileiro do grupo consultivo da CCI-Paris na Revisão do Incoterms 2010. Em paralelo, o gerente de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, que tem mais de 20 anos de experiência no segmento, Gilson Luiz Barreto, ministrou o “Soluções em crédito para negócios internacionais”.

Também apresentaram temas o gerente estadual da Unidade da Anvisa em Santa Catarina, Telesmagno Neves Teles, e o supervisor da Unidade de Imagem e Acesso a Mercados na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Vinícius Estrela.

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