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26/10/2011 - 09:19

Brasil recebe Olimpíada Científica


Rio de Janeiro e Minas Gerais são anfitriões da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

Acontece no Brasil, até 30 de outubro, a III Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). O evento é realizado nas cidades do Rio de Janeiro e de Passa Quatro, sul de Minas de Gerais, e conta com a participação de cerca de 40 estudantes do ensino médio de oito países da América Latina: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai.

É segunda vez que nosso país sedia e evento. Até hoje, ganhamos seis medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze. Cinco jovens nos representam. Foram selecionados pelos resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). São eles: Felipe Marino Moreno, Tábata Cláudia do Amaral, Lucas Moraes de Oliveira e Victor Moraes de Oliveira, do estado de São Paulo, e Rafael Bordoni, do Amazonas. E como líderes da equipe brasileira, estão os professores Júlio Klafke e Eugênio Reis.

No primeiro dia de olimpíada, os jovens participaram de uma palestra, no Planetário do Rio de Janeiro, sobre a infra-estrutura dos planetários no Brasil e a evolução do ensino de astronomia no país. O debate foi realizado pelos professores Maria Helena Steffani, presidente da Associação Brasileira de Planetários, Fernando Vieira, diretor de astronomia do Planetário do Rio de Janeiro, Dr. João Canalle, presidente da OLAA e coordenador nacional da OBA, Thaís Mothé-Diniz, do Observatório do Valongo e Jaime Fernando Villas da Rocha, professor da UNIRIO.

Após a palestra, foi realizada a primeira etapa da OLAA. Os estudantes fizeram uma prova de reconhecimento do céu, através de uma projeção na cúpula do Planetário. A prova continha três perguntas, sorteadas pelos próprios alunos em três recipientes.

Nos próximos dias, os participantes vão realizar outras atividades na cidade de Passa Quatro em Minas Gerais. Eles farão, por exemplo, uma prova teórica em trios compostos por integrantes de diferentes nacionalidades. Em seguida, esses mesmos grupos vão participar de um desafio de lançamento de foguetes feitos de garrafas pet. As últimas avaliações serão individuais e vão exigir o reconhecimento do céu real, o manuseio de telescópio e uma prova teórica.

As equipes participantes ainda vão ter a oportunidade de conhecer o Laboratório Nacional de Astrofísica de Brazópolis, em Minas Gerais, onde estão os maiores telescópios de uso profissional em território brasileiro. A programação ainda contará com debates sobre a infraestrutura do país para o estudo e pesquisa na Astronomia e na Astrofísica.

Para o Dr. João Canalle, astrônomo e presidente da OLAA, a olimpíada científica vai promover o intercâmbio de conhecimentos entre os alunos e o de experiências didáticas entre os professores que lideram os grupos: "Por meio de iniciativas como a OLAA, desejamos despertar o interesse dos jovens pela astronomia”, enfatiza.

Eduardo Janot, presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), também enxerga as olimpíadas científicas como "pontes" para aproximar os estudantes da astronomia e promover maior integração do país no continente e no mundo. Ele ressalta também que o Brasil está envolvido em projetos importantes, como o consórcio científico na construção do supertelescópio E-ELT (sigla em inglês para Telescópio Extremamente Grande Europeu) em Cerro Amazones, no Chile.

- Nós somos o único país não-europeu a participar desse programa. Mas para continuarmos crescendo na área científica precisaremos de mais profissionais especializados. Esse é um ótimo momento para fazer com que os alunos se interessem pela astronomia - defende.

A Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica foi fundada em outubro de 2008 na capital uruguaia, Montevidéu. A primeira OLAA foi realizada no Brasil em 2009 e a segunda aconteceu na Colômbia em 2010. Já a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O grupo responsável é constituído pelos astrônomos João Batista Garcia Canalle (UERJ), Thaís Mothé-Diniz (UFRJ), Helio Jacques Rocha-Pinto (UFRJ), Jaime Fernando Villas da Rocha (UNIRIO) e pelo engenheiro aeroespacial José Bezerra Pessoa Filho (IAE). [http://www.oba.org.br].

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