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27/10/2011 - 09:34

Vale atinge lucro líquido de R$ 29,4 milhões no 9M11


No 3T11 chegaram aos R$ 7,9 bilhões, 23,2% abaixo do 2T11. Já os investimentos atingiram US$ 4,5 bilhões, sendo US$ 3,5 bilhões gastos com desenvolvimento de projetos e pesquisa e desenvolvimento (P&D), e investimentos em responsabilidade social corporativa de US$ 373 milhões no 3T11, totalizando US$ 894 milhões nos primeiros nove meses de 2011.

Rio de Janeiro– Vale S.A. (Vale) anuncia outro trimestre de resultados recordes, refletindo excelente desempenho operacional e financeiro. A produção de minério de ferro, pelotas, cobre e carvão térmico1 alcançou recordes históricos, assim como a receita operacional, o lucro operacional e a geração de caixa.

A geração de caixa, fundamental para a criação de valor, atingiu marca recorde de R$ 16,1 bilhões no trimestre e R$ 61,1 bilhões nos últimos 12 meses, ao passo que o lucro contábil sofreu impacto não caixa de R$ 4,1 bilhões associado à desvalorização do real, nossa moeda funcional, em relação ao dólar americano.

Apesar da magnitude desse efeito não caixa, o lucro líquido atingiu R$ 7,9 bilhões, o que se constitui em resultado bastante robusto. Em meio a um ambiente de alta volatilidade dos preços dos ativos financeiros, que tem penalizado os acionistas, uma vez que uma recessão global foi precificada em nossas ações, a Vale continua criando valor. A geração de valor é fruto do crescimento de receita e da obtenção de altos retornos sobre o capital investido a taxas bem acima do custo de capital.

Novas plataformas de criação de valor foram entregues ao longo dos últimos trimestres: Bayóvar, Tres Valles, Onça Puma, Omã, Moatize I, Estreito e Karebbe. Como estes projetos estão em fase de inicio de produção e/ou em processo de ramp-up, o efeito pleno de sua operação sobre a receita e do fluxo de caixa só se materializará no futuro.

Na busca da melhoria contínua da alocação de capital, temos desenvolvido várias iniciativas com vistas ao aprimoramento do desenvolvimento de projetos no sentido de viabilizar a maximização de seus retornos para os acionistas, compreendendo desde o licenciamento ambiental até a transição para a fase operacional.

Ao mesmo tempo, passamos a adotar uma postura mais voltada para o retorno do excesso de caixa aos acionistas.

A remuneração aos acionistas em 2011 alcançará US$ 9,0 bilhões, uma cifra recorde, igual a três vezes o que foi pago no ano passado, o que implica em elevado dividend yield, recompensando, assim, os investidores que tem sofrido os efeitos de um fraco desempenho dos mercados de ações.

Simultaneamente ao retorno de caixa via dividendos/juros sobre capital próprio, está em curso um programa de recompra de ações de até US$ 3,0 bilhões até 25 de novembro de 2011, dos quais US$ 2,0 bilhões foram executados ano 3T11. Apesar do pessimismo sobre a macroeconomia nos mercados financeiros, permanecemos confiantes nos fundamentos de longo prazo dos mercados globais de minerais e metais e em nossa capacidade de continuar a gerar valor através dos ciclos de negócios.

Os principais destaques do desempenho da Vale no 3T11 foram: • Receita operacional recorde de R$ 28,6 bilhões no 3T11, 6,2% maior do que o recorde anterior de R$ 27,0 bilhões no 4T10. • Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), de R$ 14,4 bilhões, 9,7% maior do que os R$ 13,2 bilhões no 2T11. • A margem EBIT alcançou 51,6%, em linha com os 52,5% no trimestre anterior. • Lucro líquido de R$ 7,893 bilhões, equivalente a R$ 1,49 por ação, 23,2% abaixo do 2T11. • Geração de caixa recorde, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 16,1 bilhões, 1,2% acima dos R$ 15,9 bilhões no último recorde no 3T10. O Ebitda dos últimos doze meses findos no dia 30 de setembro de 2011 também atingiu um valor recorde de R$ 61,1 bilhões. • Vendas de bulk materials recorde – minério de ferro, pelotas, manganês, ferro ligas, carvão metalúrgico e térmico – de R$ 21,6 bilhões no 3T11, 7,0% maior que o recorde anterior no 3T10. • Investimentos atingiram US$ 4,5 bilhões, sendo US$ 3,5 bilhões gastos com desenvolvimento de projetos e pesquisa e desenvolvimento (P&D). • Investimentos em responsabilidade social corporativa de US$ 373 milhões no 3T11, totalizando US$ 894 milhões nos primeiros nove meses de 2011. • Remuneração ao acionista de R$ 5,3 bilhões, equivalente a R$ 1,0236 por ação, a ser paga no dia 31 de outubro de 2011, totalizando um recorde histórico de R$ 15,0 bilhões neste ano, equivalente a R$ 2,8853 por ação. • Retorno de caixa ao acionista via recompra de ações no valor de US$ 2,0 bilhões até 30 de setembro de 2011. • Posição de caixa de US$ 7,565 bilhões, o que dá suporte a um balanço extremamente saudável, com baixa alavancagem, medida pela relação dívida total / LTM Ebitda ajustado, igual a 0,63x e prazo médio da dívida de 10,1 anos.

Perspectivas dos negócios -O desempenho da economia global melhorou no último trimestre, crescendo acima do esperado à medida que os efeitos de choques negativos, como o terremoto no Japão e o choque de preços de alimentos e petróleo, se dissiparam. Entretanto, o PIB global deve ter se expandido a um ritmo inferior à sua tendência de longo prazo. Após forte desaceleração desde março, a produção industrial global se reacelerou e, de acordo com os últimos dados disponíveis referentes a agosto, atingiu ritmo de 5% ao ano, principalmente por causa de o bom desempenho da China, EUA e Japão. No entanto, dados os baixos níveis de encomendas relativamente a estoques, é provável que a expansão da produção industrial se arrefeça ao longo dos próximos meses.

Até agora, apesar do forte aumento da volatilidade de preços de ativos financeiros e das perdas de riqueza causadas pela crise da dívida soberana da Zona do Euro, não há retroalimentação significativa da turbulência financeira na economia real. Observando-se as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China, não há sinais de que caminhem em direção à uma recessão. Os últimos dados para ambos os países são animadores, com produção industrial e vendas no varejo crescendo continuamente.

A nosso ver, o risco de os países desenvolvidos apresentarem lento crescimento por um longo período, juntamente com estagnação em algumas economias, é maior do que o risco de o mundo entrar em recessão.

Recuperações de recessões caracterizam-se normalmente por taxas de crescimento acima da tendência de longo prazo, que posteriormente se desaceleram e convergem para um ritmo sustentável ao longo do tempo. Contudo, a recuperação dos EUA e da Zona do Euro da Grande Recessão de 2008/2009 tem se processado a taxas inferiores à da tendência de longo prazo, apesar dos fortes aumentos de gastos públicos para estimular a atividade econômica e recapitalizar bancos. Sem ter tido sucesso em promover o crescimento econômico, os gastos governamentais deixaram como subprodutos.

Os EUA e a China representam 34% do PIB global medido com base na paridade do poder de compra. grandes déficits públicos e crescentes níveis de dívida em relação ao PIB. O desequilíbrio fiscal levantou dúvidas a respeito da sustentabilidade da dívida, questão que tem se constituído na fonte primária da turbulência financeira deste ano.

Investimentos: • A melhoria na alocação do capital- Na busca da melhoria contínua da alocação de capital temos desenvolvido várias iniciativas com vistas ao aprimoramento do desenvolvimento de projetos no sentido de viabilizar a maximização de seus retornos para os acionistas, compreendendo desde o licenciamento ambiental até a transição para a fase operacional. Para agilizar a obtenção de licenças ambientais, que tem se constituído no principal fator de risco de atraso no desenvolvimento de projetos, estão em andamento diversas ações. Entre estas, cabe destacar o investimento em treinamento, a elaboração de um Guia de Boas Práticas de Licenciamento Ambiental e

Meio Ambiente, o qual busca a interface entre as fases de implantação de projetos e licenciamento ambiental, a constituição de equipes de especialistas de alto nível, o maior envolvimento das áreas operacionais, o aumento da interação com os órgãos de proteção ambiental e a criação de um Comitê Executivo de Licenciamento Ambiental, que delibera sobre ações que contribuam para a agilização dos processos de licenciamento.

Ao lado dessas iniciativas, passamos a adotar a obrigatoriedade da realização de rigorosa análise de riscos de desvios dos custos e prazos em relação ao planejamento, com revisões periódicas que permitam a atuação preventiva, implantação de processo para facilitar a transição suave do projeto para operação, a utilização de engenharia de valor, a intensificação do treinamento em procedimentos e práticas de gestão de projetos e o compartilhamento do conhecimento e das lições aprendidas com a execução dos projetos.

Crescimento orgânico-No 3T11, investimentos, excluindo aquisições, totalizaram US$ 4,529 bilhões, dos quais US$ 3,113 bilhões foram gastos com a execução de projetos, US$ 387 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D), e US$ 1,029 bilhão na manutenção das operações existentes.

Capex - excluindo aquisições - nos primeiros nove meses do ano somou US$ 11,308 bilhões, um aumento significativo de 49% sobre os US$ 7,614 bilhões investidos no mesmo período de 2010, porém ainda muito abaixo do orçamento, devido aos atrasos em licenciamento ambiental e aquecimento do mercado de trabalho, oferta de equipamentos e serviços de engenharia. Nossos investimentos continuam refletindo o foco em crescimento orgânico como nossa prioridade estratégica. Do total investido nos nove primeiros meses de 2011, 77% foram alocados para financiar o crescimento, envolvendo execução de projetos e P&D.

Investimentos em P&D, no 3T11, compreenderam US$ 110 milhões em exploração mineral, US$ 32 milhões na exploração de gás natural, US$ 211 milhões em estudos conceituais, de pré-viabilidade e de viabilidade de projetos e US$ 35 milhões para desenvolver novos processos e inovações tecnológicas.

Investimentos de US$ 1,659 bilhão foram realizados no segmento de bulk materials, US$ 1,062 bilhão em metais base, US$ 1,131 bilhão em logística, US$ 307 milhões em fertilizantes, US$ 191 milhões em geração de energia, US$ 54 milhões em projetos siderúrgicos e US$ 126 milhões em atividades corporativas e outros segmentos de negócios.

O início da produção da mina de cobre do Salobo, em Carajás, foi reprogramado para o segundo trimestre de 2012. Atrasos na engenharia do projeto, que levaram à substituição dos empreiteiros anteriores, foram o determinante para o reagendamento.

• Projetos iniciados no 3T11-Moatize I, a primeira fase do projeto de carvão de Moatize, na província de Tete, Moçambique, iniciou a produção no 3T11. Moatize é um ativo de classe mundial, com reservas de vida longa, mineração a céu aberto e de baixo custo operacional. A operação possui capacidade nominal de produção de 11 Mtpa, compreendendo 8,5 Mtpa de carvão metalúrgico e 2,5 Mtpa de carvão térmico. O principal produto a ser vendido é o Chipanga prime hard coking coal (HCC). Ao mesmo tempo, estamos realizando estudos para o lançamento também de um produto com as características de um HCC regular.

Moatize é o nosso primeiro projeto de carvão greenfield e o primeiro projeto concluído pela Vale no continente africano. No 3T11, o Conselho de Administração aprovou o aumento do CAPEX para US$ 1,882 bilhão, para finalizar o projeto, dos quais executamos US$ 1,637 bilhão até setembro 2011.

No 3T11, a Vale iniciou a operar as duas turbinas da usina hidrelétrica de Karebbe, em Sorowako, na Indonésia. A operação de Karebbe suportará nossos planos de expansão da produção no país e ao mesmo tempo, terá um papel importante nos esforços para reduzir os custos de produção de nossas operações de níquel na Indonésia. O capex de Karebbe aprovado pelo Conselho de Administração totalizou US$ 410 milhões, dos quais executamos US$ 377 milhões.

• Projetos recentemente aprovados pelo Conselho de Administração-Desde a publicação dos nossos resultados do 2T11, a expansão de Moatize e o projeto do Corredor de Nacala foram aprovados por nosso Conselho de Administração depois de chegarem a um estágio mais avançado de desenvolvimento.

Moatize II vai nos permitir alavancar nossos ricos recursos de carvão em Moçambique. O projeto de mina a céu aberto irá adicionar 11 Mtpa de capacidade nominal de produção para as nossas operações, que terá um total de 22 Mtpa, duplicando a CHPP (planta de lavagem de carvão) e expandindo a infraestrutura.

A composição da produção de Moatize II está estimada em 70% de HCC e 30% de carvão térmico. O capex aprovado pelo Conselho é de US$ 2,07 bilhões e o início das operações está previsto para o segundo semestre de 2014.

Dado que a operação de carvão é intensiva em logística, estamos investindo no Corredor de Nacala, que engloba a construção/renovação da ferrovia e a construção de um terminal marítimo, com uma capacidade nominal estimada de 18 Mtpa de carvão, com potencial de alcançar uma expansão futura de até 30 Mtpa. O início do projeto está previsto para o segundo semestre de 2014 e os investimentos aprovados pelo Conselho de Administração somam US$ 4,444 bilhões, sendo US$ 3,435 bilhões para a ferrovia e US$ 1,009 bilhão para o terminal marítimo.

A ferrovia de Nacala com 912 km de comprimento envolve a recuperação de 682 quilômetros de estradas de ferro existentes no Malaui e Moçambique, a construção de 230 quilômetros, composta por uma extensão de 201 quilômetros ligando Moatize à Nkaya, no Malaui, e 29,3 quilômetros ligando a estrada de ferro existente ao novo terminal marítimo de carvão a ser construído na costa de Moçambique. O terminal marítimo de carvão de Nacala, localizado em Nacala-à-Velha, Moçambique, é um dos melhores portos da África oriental e será capaz de receber navios do tipo Handymax, Panamax e Capesize Alinhada com a decisão de investir no Corredor de Nacala e de acordo com a compra inicial de 51% da participação da Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Norte SA (SDCN) em setembro de 2010, adquirimos uma participação adicional de 16% de US$ 8 milhões, atingindo 67% de participação na empresa que controla cada uma das estradas de ferro existentes em Moçambique (CDN) e Malaui (CEAR). Também no 3T11, a Vale desembolsou US$70,1 milhões pela participação de 9% na Norte Energia S.A. (NESA), uma sociedade que tem como objetivo exclusivo a implantação, operação e exploração da usina hidrelétrica de Belo Monte no Pará, conforme divulgado previamente.

O desempenho dos segmentos de negócios: . Bulk materials: • Minerais ferrosos - O volume vendido de minério de ferro e pelotas atingiu 79,015 milhões de toneladas métricas (Mt), 7,5% maior que no 2T11. Os embarques de minério de ferro foram de 65,699 Mt, 8.3% superior ao 2T11, enquanto que as vendas de pelotas totalizaram 13,316 Mt, em linha com 12,861 Mt no trimestre anterior. Apesar do aumento, as vendas foram menores do que a produção recorde de 85,032 Mt no 3T11. A diferença entre produção e vendas foi devido a três fatores principais: (a) a necessidade de reconstituir os estoques operacionais necessários para a manutenção de eficiência na distribuição; (b) o acúmulo de estoques demandado pelo ramp-up das operações de pelotas e o start-up do centro de distribuição de Omã; (c) a diminuição da demanda por minério de ferro no Brasil, o que levou a um aumento transitório nos estoques, enquanto os produtos são realocados para outros mercados.

No 3T11, a primeira de nossas duas usinas de pelotização no complexo industrial de Sohar, Omã chegou a plena capacidade em 4,5 Mt por ano. A segunda usina de pelotização está prevista para iniciar o processo de ramp-up no 4T11.

A participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas aumentou para 45,0% no 3T11. Mesmo crescendo em termos absolutos, a participação das vendas para a Europa demonstrou um leve decréscimo de 20,6% para 20,1%, enquanto que as vendas para o Japão cresceram de 11,2% para 11,5% no 3T11.

É importante ressaltar que as receitas reportadas para o minério de ferro e pelotas são líquidas dos custos de frete marítimo, com isso os preços de venda cost and freight (CFR) são comparáveis com a média dos preços FOB. No 3T11, a Vale vendeu 22,4 Mt de minério de ferro e pelotas na base CFR, contra 17,4 Mt no 2T11. O volume vendido de manganês no 3T11 alcançou 356.000 toneladas métricas, com um aumento de 27,1% com relação ao 2T11, o que foi parcialmente compensado pelo decréscimo no preço médio realizado.

As vendas de ferro ligas totalizaram 101.000 toneladas métricas, em linha com o 2T11, e geraram uma receita de R$ 227 milhões, contra R$ 238 milhões no 2T11. As vendas dos produtos de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – totalizaram uma receita de R$ 21,159 bilhões no 3T11, aumentando 12,3% em relação aos R$ 18,841 bilhões no 2T11.

A margem EBIT para o segmento de minerais ferrosos foi 70,4% no 3T11, em linha aos 71,4% do 2T11. O Ebitda para o segmento de minerais ferrosos totalizou R$ 15,561 bilhões no 3T11, com um acréscimo de 11,5% em relação ao 2T11. O aumento de R$ 1,607 bilhão foi principalmente devido ao impacto do maior volume vendido e maiores preços realizados.

Carvão- A receita de vendas de carvão alcançou um valor recorde de R$ 476 milhões no 3T11, um acréscimo de 17,0% sobre os R$ 407 milhões no 2T11. A receita proveniente do embarque de carvão térmico foi de R$ 206 milhões, enquanto que a receita de carvão metalúrgico foi de R$ 270 milhões.

No 3T11, os embarques de carvão alcançaram 1,832 milhão de toneladas métricas, compreendidos por 1,263 milhão de toneladas métricas de carvão térmico – ante 1,454 milhão no 2T11 – e 569.000 toneladas métricas de carvão metalúrgico – ante 456,000 t no 2T11. Enquanto as vendas de carvão metalúrgico melhoraram, o desempenho no 3T11 ainda foi afetado pelas consequências das severas enchentes que atingiram no 4T10 o estado australiano de Queensland.

O Ebitda para o negócio de carvão foi negativo em R$ 18 milhões, comparado à geração de caixa de R$ 39 milhões no trimestre anterior. Ajustando para as despesas pré-operacionais de Moatize, R$ 45 milhões, o Ebitda alcança R$ 27 milhões. À medida que Moatize I começe a gerar receitas e as operações australianas se normalizem, esperamos que o negócio de carvão irá gerar um robusto fluxo de caixa.

Metais base-A receita no 3T11 totalizou R$ 3,735 bilhões, um pouco acima dos R$ 3,550 bilhões no 2T11. A queda nos preços reduziu a receita em R$ 691 milhões, enquanto que o aumento dos volumes embarcados adicionou R$ 788 milhões.

A receita de níquel alcançou R$ 2,353 bilhões no 3T11, em linha com o 2T11, R$ 2,330 bilhões. A redução dos preços diminuiu a receita em R$ 482 milhões, enquanto que alguma recuperação da produção após um período de manutenção e utilização de estoque acumulado aumentou as vendas em R$ 450 milhões. Os embarques de níquel aumentaram para 68.000 t a partir de 57.000 t no 2T11.

A receita de cobre totalizou R$ 1,046 bilhão no 3T11, crescendo 33,2% se comparado aos R$ 785 milhões do 2T11. Os embarques alcançaram 80.000 t, 45,5% acima do 2T11, devido ao nível recorde de produção nas nossas operações.

No 3T11, PGMs tiveram uma receita de R$ 135 milhões, aproximadamente a metade do atingido no trimestre anterior, R$ 254 milhões. A queda se deu principalmente pelo efeito continuado da paralisação do smelter de Copper Cliff no 2T11, o que afetou a nossa longa cadeia de produção e reduziu insumos para a nossa refinaria de PGM em Acton, no Reino Unido.

A margem EBIT de metais base caiu de 11,3% para 6,7% no 3T11. No entanto, a margem EBIT teria aumentado para 13.5% se os custos relacionados a VNC, Onça Puma e Salobo fossem desconsiderados. Estas operações estão em fase pré-operacional/ramp-up e, portanto, incorreram custos mas quase não geraram receita. O Ebitda no 3T11 totalizou R$ 1,031 bilhão, 14,3% menor que no trimestre anterior. O decréscimo foi devido principalmente a menores preços e maiores custos, o que foi parcialmente compensado pelo maior volume de venda, e menores despesas de SG&A.

Fertilizantes-No 3T11, a receita total de fertilizantes continuou a crescer, atingindo R$ 1,700 bilhão, 23,0% acima dos R$ 1,382 bilhão do trimestre anterior.

Ao contrário dos produtos de mineração, cujos preços são mais influenciados pelas condições de demanda, os preços dos fertilizantes estão mais orientados pela oferta. Como os preços dos alimentos, que tendem a ser fortemente afetados por condições climáticas, os agricultores são incentivados a expandir a área plantada e promover ganhos de produtividade, assim, utilizando mais fertilizantes. Depois de uma queda acentuada em 2009, a demanda global por fertilizantes expandiu, e mesmo com uma maior utilização da capacidade das operações existentes, o preço tem tendência ascendente.

A receita com as vendas de potássio totalizou R$ 131 milhões no 3T11, 21,3% acima do 2T11. O volume de vendas atingiu 152.000 t no 3T11, 10,1% maior do que 138.000 t no trimestre anterior. As vendas de produtos fosfatados alcançaram R$ 1,165 bilhão no 3T11, com um aumento de 25,3% na comparação trimestral. O total de embarques do MAP foi de 245.000 t, TSP de 184.000 t, SSP de 774.000 t, DCP de 133.000 t, e rocha fosfática, 680.000 t.

As vendas de nitrogenados subiram para R$ 353 milhões, 13,9% acima dos R$ 310 milhões do trimestre anterior. As vendas de produtos relacionados somaram R$ 51 milhões no 3T11. A margem EBIT para o negócio de fertilizantes foi de 7,6% no 3T11, em linha com os 8,2% do 2T11. O Ebitda para o negócio de fertilizantes cresceu para R$ 385 milhões no 3T11, 14,2% superior ao trimestre anterior. O aumento de R$ 48 milhões em comparação ao 2T11 foi devido, principalmente, ao maior volume vendido e pelos maiores preços de venda, o que foi parcialmente compensado por maiores custos e despesas de SG&A.

Serviços de logística- Os serviços de logística produziram receita de R$ 1,011 bilhão no 3T11, aumentando de R$ 950 milhões no trimestre anterior e R$ 894 milhões no 3T10. Receitas de transporte ferroviário de carga geral totalizaram R$ 773 milhões, contra R$ 757 milhões no 2T11, devido à continuação do período de safra agrícola no Brasil, que tem início no segundo trimestre e se estende até o terceiro trimestre.

As ferrovias da Vale – Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM), Centro-Atlântica (FCA), e Norte-Sul (FNS) – bem como a participação proporcional em nossa coligada MRS, transportaram 7,268 bilhões de toneladas por quilômetro útil (tku) de carga geral para clientes no 3T11, aumentando 3,2% comparado ao 2T11, devido ao aumento do volume de produtos agrícolas transportados.

As principais cargas transportadas por nossas ferrovias no 2T11 foram produtos agrícolas (50,2%), insumos e produtos siderúrgicos (30,9%), materiais de construção e produtos florestais (11,4%), combustíveis (6,8%) e outros (0,7%).

A receita proveniente de serviços de operação portuária alcançou R$ 238 milhões no 3T11. Nossos portos e terminais marítimos movimentaram 7,755 milhões de toneladas métricas de carga geral, um volume 16,7% maior que os 6,643 milhões no 2T11. A frota de locomotivas da FCA continua temporariamente reduzida devido aos atrasos de fornecedores na entrega de novas locomotivas, o que ainda está impactando os volumes de transporte de carga ferroviária, uma vez que esses novos equipamentos irão substituir outros, que eram alugados e cujos contratos já expiraram.

No 3T11, a margem EBIT foi de 5,9%. Houve uma melhora nos volumes de serviços portuários e de transporte ferroviário devido à normalização das operações após o acidente em novembro de 2010 no terminal marítimo de Praia Mole, localizado no estado do Espírito Santo, Brasil. O Ebitda do segmento de logística foi R$ 224 milhões no 3T11, comparado aos R$ 176 milhões no trimestre anterior. O aumento de volume transportado, redução de despesas de SG&A e efeito positivo da variação cambial foram parcialmente compensados pela queda de preços e ligeiro aumento de custos. [www.vale.com].

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