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27/10/2011 - 09:57

Cardiologistas alertam que AVC pode ser tratado em 80% dos casos, mas a prevenção é o melhor caminho

No Dia Mundial de Combate ao AVC [29 de outubro], a Sociedade Brasileira de Cardiologia intensifica a campanha “Eu sou 12 por 8” para lembrar a população da importância da prevenção. Haverá ações na internet com a participação de celebridades, em praças públicas e um congresso médico discutirá as novidades no tratamento

O Acidente Vascular Cerebral – AVC – atinge 250 mil pessoas todos os anos no Brasil, praticamente uma a cada dois minutos. Mais da metade, cerca de 130 mil, morre em consequência da doença e os sobreviventes passam a conviver com diferentes graus de sequelas, nas funções motora, sensitiva, mental, perceptiva e da linguagem. São 200 mil internações por AVC ao ano somente no SUS, um gasto aproximado de R$ 270 milhões aos cofres públicos, sem contar nas perdas de vidas humanas de valor incalculável.

Para o presidente do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, Marcus Vinicius Bolivar Malachias, o AVC, popularmente conhecido como derrame, pode ser tratado, mas poucos se beneficiam por procurarem assistência médica tardiamente ou pela falta de recursos em unidades de saúde. “Em 80% dos casos, nas primeiras quatro horas, existe a possibilidade de se remover o coágulo e restabelecer o fluxo sanguíneo cerebral. Isso pode ser feito por meio de cateteres que retiram mecanicamente o trombo ou através de medicamentos que o dissolvem”, explica.

Segundo o cardiologista é preciso ficar atento a uma dor de cabeça forte e sem causa aparente, uma súbita perda da sensibilidade no rosto, dificuldade para falar, dormência no braço e até a completa paralisia em um dos lados do corpo.

O atendimento tardio é considerado a maior causa de incapacitação da população na faixa etária superior a 50 anos, sendo responsável por 10% do total de óbitos e 40% das aposentadorias precoces no Brasil. “Precisamos informar a população sobre os sintomas e mais ainda a importância de controlar a hipertensão, já que 60% dos AVCs são provocados pela pressão alta não tratada”, conta Malachias.

Um hipertenso não controlado tem sete vezes mais risco de sofrer um AVC que aquele que mantém a pressão em “12 por 8”. No Brasil há 40 milhões de portadores de hipertensão, cerca de 30% da população adulta. “Menos de 20% deles estão sob controle, ou seja, cerca de 32 milhões de brasileiros não fazem o tratamento adequado da hipertensão e estão continuamente em risco de sofrer um AVC, entre outras complicações cardiovasculares, como infartos, angina e insuficiência cardíaca” alerta o presidente do Departamento de Hipertensão da SBC.

Os atores Caio Castro e Paloma Bernardi acabam de entrar na campanha “Eu sou 12 por 8” da SBC, que tem ainda a participação dos também atores Lázaro Ramos, Carolina Ferraz, Guilhermina Guinle e Letícia Sabatella; os músicos Samuel Rosa (Skank), Ney Matogrosso, MV Bill e Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii); os apresentadores de TV Sarah Oliveira, Lucas Mendes e Ricardo Amorim, o ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário, o Fenômeno, e a modelo e ex-miss Brasil Natália Guimarães. Todos aderiram à ação humanitária e vestiram a camiseta da campanha. [www.eusou12por8.com.br].

Em Fortaleza, no Ceará, os médicos e profissionais de saúde do Brasil inteiro estarão reunidos para o VIII Congresso Departamento de Hipertensão Arterial da SBC, na Fábrica de Negócios. O evento, de 27 a 29 de outubro, vai debater os novos tratamentos, as mais recentes descobertas científicas e as questões relacionadas à prevenção.

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