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27/10/2011 - 10:09

Fibria: venda da Unidade Piracicaba conclui reposicionamento estratégico no negócio celulose

A Fibria concluiu no trimestre o reposicionamento estratégico de centrar-se no negócio celulose e na base florestal, com a venda da Unidade Piracicaba (SP) para a OJI Paper por US$ 313 milhões. As vendas de celulose no período totalizaram 1,2 milhão de toneladas, 7% maiores que as registradas no terceiro trimestre de 2010. A receita operacional líquida foi de R$ 1,45 bilhão, estável em comparação ao trimestre anterior, e a dívida líquida somou R$ 9,542 bilhões, o que representa queda de 6% em relação ao mesmo período no ano passado. O crescimento de 20% da dívida em comparação ao segundo trimestre de 2011 se deve à valorização do dólar em face do real, que resultou em impactos contábeis no balanço da empresa, sem efeito de caixa.

Destaques do balanço no trimestre: conclusão da venda da Unidade Piracicaba por US$ 313 milhões. Dívida líquida de R$ 9.542 milhões, 20% superior ao 2T11 e 6% menor em relação ao 3T10, devido à valorização do dólar de 19% frente ao Real no 3T11. Redução do endividamento de curto prazo para 9% (2T11: 14% e 3T10: 19%) após pagamento da última parcela aos ex-acionistas da Aracruz. Saldo de caixa representou 1,7x a dívida de curto prazo no 3T11.

Resultado líquido base caixa (que exclui efeitos de variação cambial, depreciação, entre outros) de R$ 0,9 por ação, 6% inferior ao 2T11 e 37% em relação ao 3T10. Redução de R$ 201 milhões no investimento de capital aprovado para 2011, para R$ 1.440 milhões. Paradas programadas para manutenção nas Unidades Jacareí e Três Lagoas concluídas com sucesso. Produção de celulose de 1,3 milhão t, 2% superior ao 2T11. Venda de celulose de 1,2 milhão t, estável em relação ao 2T11 e 7% superior se comparada ao 3T10. Custo caixa de produção de celulose de R$ 481/t. Excluindo o efeito das paradas ficou em R$ 446/t, aumento de 2,5% em relação ao 3T10, abaixo da inflação registrada no período (7,3%). Ebitda de R$ 476 milhões, redução de 3% e 34% em relação ao 2T11 e 3T10 respectivamente. Prejuízo de R$ 1.114 milhões, devido ao efeito da valorização do dólar no resultado financeiro, efeito este majoritariamente contábil. Fibria foi escolhida como líder do setor no mundo na carteira 2011/2012 do Índice Dow Jones World de Sustentabilidade. Fibria obteve licença de instalação do Projeto Três Lagoas II.

“A crise na Europa e nos Estados Unidos no terceiro trimestre impactou a demanda global por commodities e contribuiu para a redução do preço da celulose. As incertezas quanto à economia causaram a valorização do dólar frente ao Real, observada principalmente no mês de setembro. Este efeito impactou na elevação da alavancagem da Fibria, já que 92% da dívida encontrava-se em moeda estrangeira no 3T11. Por outro lado, por ser uma Companhia exportadora (mais de 90% das vendas destinadas ao mercado externo), o dólar valorizado trará efeitos positivos no resultado operacional.

Em maio de 2011, a Fibria aprovou a Política de Gestão de Endividamento e Liquidez que estabelece uma disciplina financeira em qualquer contexto de mercado. Fatores exógenos, como os citados anteriormente, impactaram a alavancagem da Companhia, superando o limite de 3,5x Dívida Líquida / Ebitda, sem que isso representasse quebra de covenants contratuais.

A Companhia mantém seu foco no Projeto Competitividade por meio de iniciativas como a otimização da estrutura, revisão e simplificação de processos e redução de despesas, conforme já podemos observar na variação do custo caixa de produção no 3T11. Foi aprovada a redução do Capex para 2011 em R$ 201 milhões, para R$ 1.440 milhões. A Fibria planeja uma redução adicional do Capex estimado para o ano de 2012, a ser confirmado após aprovação do orçamento de Capital em Assembleia Geral no início do ano que vem. A Companhia tem focado em ações que promovam eventos adicionais de liquidez, por meio do ativo florestal de Losango, bem como outros ativos não estratégicos. Outras ações têm como foco a redução do investimento em capital de giro.

A produção de celulose do 3T11 teve menor impacto das paradas programadas para manutenção se comparada ao trimestre anterior. As paradas ocorreram nas Unidades Jacareí e Três Lagoas (esta iniciada no final de junho). As vendas de celulose ficaram estáveis em relação ao 2T11.

As ações da Fibria no controle de custos e a estabilidade operacional das Unidades têm permitido resultados positivos, o que pode ser comprovado com a elevação do custo caixa de produção abaixo da inflação. Adicionalmente, os ganhos acumulados com o resultado das sinergias capturadas desde a criação da Fibria até o terceiro trimestre de 2011 convergiam para a realização da meta prevista de R$ 3,4 bilhões, a valor presente líquido, ao final de 2011. O Ebitda pro-forma (que exclui os resultados de Conpacel e KSR no 3T10) apresentou queda em relação aos resultados do 2T11 e 3T10 devido, principalmente, ao menor preço da celulose em reais e do maior custo do produto vendido base caixa, devido à produção do 2T11, cujo custo foi mais elevado.

O resultado financeiro líquido foi negativo devido principalmente à valorização do dólar em relação ao Real no 3T11, efeito majoritariamente contábil (ou seja, sem efeito caixa), quando da conversão do endividamento em moeda estrangeira para reais ao final de setembro. As operações de hedge contabilizadas totalizaram um resultado financeiro negativo de R$ 558 milhões, dos quais R$ 541 milhões representaram a variação contábil entre o resultado do 3T11 e do 2T11, ou seja, R$ 17 milhões de efeito caixa no período.

Em agosto, a Fibria recebeu a licença de instalação que autoriza a expansão industrial da Unidade Três Lagoas, no estado do Mato Grosso do Sul. A expansão será definida, ao final de 2012, quando a Companhia avaliará as condições de mercado.

Em setembro, a Fibria concluiu sua estratégia de manter foco no negócio celulose com a venda da Unidade Piracicaba (última unidade produtora de papel da Companhia) para Oji Paper Co. Ltd. pelo preço de US$ 313 milhões”, diz comentário executivo.

Mercado de Celulose-”As incertezas em relação à economia global que emergiram durante o terceiro trimestre de 2011, em particular na Europa, acabaram por criar um ambiente desafiador para o mercado de commodities, o que acabou por impactar a indústria de papel e celulose. As estatísticas do setor evidenciam que os resultados do 3T11 foram inferiores ao esperado. Tais incertezas também foram refletidas na demanda global por papéis de Imprimir e Escrever (I&E) que deu sinais de arrefecimento. Por outro lado, no segmento de tissue, a estatística mais recente sugere um crescimento de 2,7% para os primeiros 6 meses do ano quando comparado com o mesmo período do ano passado, em linha com a projeção de crescimento de 3% para 2011.

Os fatores mencionados acima resultaram em um trimestre desafiador para o setor de celulose de mercado. Em setembro os estoques mundiais dos produtores foram reduzidos para 38 dias (agosto: 41 dias), mas permanecem acima do patamar histórico de 33 dias, em função da demanda mais fraca e da crescente produção no 3T11. A demanda global apresentou crescimento de 5% no período acumulado entre janeiro e setembro de 2011 na comparação com o mesmo período do ano anterior.

As vendas de celulose da Fibria permaneceram estáveis na comparação com o segundo trimestre. Uma das principais razões para este resultado foi a estratégia comercial da Companhia por tipo de uso final e região. Cerca de 55% das vendas de celulose destinaram-se à produção de tissue, o que demonstra uma baixa dependência do segmento de I&E e traz maior estabilidade durante o ciclo econômico”, conclui o comentário.

. [Link com mais detalhes e ilustrações gráficas dos resultados: http://fibria.infoinvest.com.br/ptb/4693/PR_Fibria_3T11vFinal.pdf].

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