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27/10/2011 - 10:31

Presidente da CNI prega empresários em Brasília participando das decisões

São Paulo – “È necessário agir, falar, se fazer ouvido”, declarou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ao pregar como essencial a participação dos empresários nas decisões do Congresso Nacional e do governo. “Os empresários precisam estar presentes em Brasília”, conclamou, no dia 26 de outubro (quarta-feira), no discurso de abertura do 6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Informou ele que a CNI monitora, atualmente, mais de 130 políticas públicas e mais de 4.500 projetos de lei, enquanto sua congênere britânica acompanha menos de 20 projetos. “Essa avalanche de projetos revela importantes disfunções do nosso sistema político. Foi difundida no Brasil a ideia de que o trabalho do Congresso é produzir projetos e Brasília se tornou uma verdadeira fábrica de projetos de lei. O problema vem do fato de que uma parte importante deles é puro combustível para a indústria do Custo Brasil”, criticou.

O presidente da CNI disse ser fundamental que o empresário use sua experiência para influir nas decisões tomadas na Capital Federal. “Não podemos estar ausentes dos ambientes onde acontece a construção de políticas. São processos complexos, exigem mobilização e participação para se obter avanços. Ausência será omissão, se tornará custos para as empresas e a conseqüência será um país com menor capacidade de crescer”, enfatizou Robson Braga de Andrade.

Ataque e defesa- Lembrou que a ausência dos empresários na Constituinte de 1988 acarretou efeitos negativos até hoje na competitividade das empresas. “Temos de estar presentes. Há mudanças acontecendo e há oportunidades para atuar. É um jogo de ataque e defesa. Às vezes estamos numa trincheira nos defendendo de projetos criadores de novos custos, outras vezes estamos eliminando obstáculos ou criando competências para a indústria se desenvolver”, assinalou.

Segundo Andrade, “a ação no Congresso é complexa, cheia de riscos”, enquanto no governo a ação de representação exige “diálogo constante com as autoridades”. Na sua visão, é preciso sempre dialogar. “ Fortalecer o campo do diálogo tem sido nossa obsessão. É difícil, dá trabalho, ás vezes as discussões não avançam, mas é assim mesmo que se constrói numa democracia”, completou.

Citou como vitórias importantes da ação de representação da CNI no Congresso os projetos que resultaram no novo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), na adoção do Cadastro Positivo, na criação do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Em oposição, mencionou a prorrogação da RGR ( Reserva Global de Reversão), um dos vários encargos da tarifa de energia elétrica. “Esta batalha nós perdemos. Quando um tema envolve perda de receitas pelos governos, a tarefa é inglória. Mas é preciso persistir”, pontuou.

O presidente da CNI destacou ainda, nas ações de representação da entidade, a atuação junto ao STF ( Supremo Tribunal Federal), no qual a CNI impetrou mais de 70 ADINs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade). “Elas representam a defesa final da indústria perante o Estado”, definiu.

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